PROGRAMA LAGOAS DO NORTE Elaboração dos Projetos Básicos e Executivos das Obras de Requalificação Urbana e Ambiental e Plano de Reassentamento das Áreas 2, 3 e 4 da Região Lagoas do Norte – Município de Teresina/PI PLANO DE REASSENTAMENTO INVOLUNTÁRIO – PRI EDITAL 1 Inicialmente preparado pelo Consórcio Teresina Sustentável Versão 1: Revisado e alterado pela UGP/UPS, com “não-objeção” do BIRD em julho de 2018. Versão 2: Revisado e alterado pela UGP/UPS, com adendo – Publicado em fevereiro de 2019. Versão Atual: Revisado e alterado pela UGP/UPS em Março de 2020. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO................................................................................................................................................... 3 PARTE 1 – CONTEXTUALIZAÇÃO .......................................................................................................................... 5 1. DESCRIÇÃO DO PROJETO ...........................................................................................................................5 1.1. PROGRAMA LAGOAS DO NORTE ...............................................................................................................5 1.2. AÇÕES DO PROGRAMA QUE GERAM NECESSIDADE DE REASSENTAMENTO ............................................6 1.3. JUSTIFICATIVA DAS INTERVENÇÕES E NECESSIDADES DE REASSENTAMENTO .........................................7 1.4. ALTERNATIVAS CONSIDERADAS PARA REDUÇÃO DOS IMPACTOS DE REASSENTAMENTO DO PROJETO .................................................................................................................................................................10 1.5. CARACTERIZAÇÃO CULTURAL E MEIOS DE VIDA .....................................................................................13 PARTE 2 – IDENTIFICAÇÃO DAS AFETAÇÕES DO PLANO DE REASSENTAMENTO INVOLUNTÁRIO ....................... 16 1. IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA DE AFETAÇÃO DO PRI – EDITAL 1 ...................................................................16 1.1. Delimitação das áreas de intervenção por frente de obras .....................................................................18 1.2. Apropriação dos espaços urbanos requalificados no PRI 1 .....................................................................22 2. ESTIMATIVA DE AFETAÇÃO ......................................................................................................................22 3. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA ....................................................................................................23 4. IDENTIFICAÇÃO DAS AFETAÇÕES POR TRECHO DE OBRAS ......................................................................33 PARTE 3 – PROGRAMA DE REASSENTAMENTO INVOLUTARIO DO PLN .............................................................. 58 1. DIRETRIZES DO PROGRAMA DE REASSENTAMENTO ...............................................................................58 2. PÚBLICO ALVO .........................................................................................................................................59 2.1. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE E DATA DE CORTE.....................................................................................61 2.2. TIPOS DE AFETAÇÃO ................................................................................................................................62 3. POLÍTICA DE ATENDIMENTO ....................................................................................................................63 3.1. FORMAS DE COMPENSAÇÃO .....................................................................................................................63 3.2. AVALIAÇÃO E COMPENSAÇÃO POR PERDAS ...........................................................................................72 3.3. COMPENSAÇÃO DE PERDAS IMATERIAIS E MEIOS DE VIDA REALIZADAS PELO PLN ...............................76 3.4. APOIO AO PROCESSO DE RELOCAÇÃO DAS FAMÍLIAS AFETADAS ...........................................................79 3.4 ATENDIMENTO À POPULAÇÃO VULNERÁVEL ..........................................................................................79 4. MARCO LEGAL..........................................................................................................................................81 5. SELEÇÃO E PREPARAÇÃO DAS ÁREAS PARA RELOCAÇÃO ........................................................................95 6. CARACTERIZAÇÃO DOS IMPACTOS DE VIZINHANÇA DO RESIDENCIAL PARQUE BRASIL .........................97 7. INTERAÇÃO COM A COMUNIDADE RECEPTORA ......................................................................................99 8. ESTRATÉGIAS PARA MINIMIZAÇÃO DOS IMPACTOS DURANTE AS OBRAS ............................................104 9. ARRANJO E CAPACIDADE INSTITUCIONAL .............................................................................................105 PARTE 4 – PROCEDIMENTOS PARA PREPARAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO .......................................... 107 PARTE 5 - ESTRATÉGIA DE PARTICIPAÇÃO E ENGAJAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS............................... 123 1. ESTRATÉGIA DE PARTICIPAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS ................................................................123 2. MECANISMO DE RECLAMAÇÕES E QUEIXAS .........................................................................................128 PARTE 6- ESTRATÉGIA DE MONITORAMENTO E DE AVALIAÇÃO EX-POST ........................................................ 134 1. MONITORAMENTO ................................................................................................................................134 2. AVALIAÇÃO EX-POST ..............................................................................................................................135 PARTE 7: RESPONSABILIDADES, CRONOGRAMA E CUSTOS .............................................................................. 136 1. RESPONSABILIDADES ORGANIZACIONAIS .............................................................................................136 2. CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO ...................................................................................................136 3. ESTIMATIVADE CUSTOS .........................................................................................................................137 2 APRESENTAÇÃO A Prefeitura Municipal de Teresina realiza ações visando o cumprimento das metas previstas pela operação de crédito obtida junto ao Banco Mundial – BIRD, destinada à implantação do Projeto “Lagoas do Norte – Fase 2”. O Projeto “Lagoas do Norte – Contrato 8586-BR” tem por objetivo a melhoria do quadro ambiental da cidade de Teresina em especial da região norte da cidade, e para alcançar este propósito realizará obras de (I) saneamento, (II) proteção contra cheias, (III) requalificação urbana,(IV) melhorias habitacionais e (V) gestão ambiental. A realização dessas obras implicará na afetação de imóveis urbanos, seguidos de possíveis deslocamentos de população e atividades econômicas. O Banco Mundial (BIRD) determina que toda operação de crédito para projetos envolvendo desapropriação de imóveis, deslocamento de população e de atividades econômicas deve contar com um plano específico para tratamento do tema (Política Operacional - OP 4.12). Em atendimento à OP4.12, o Programa elaborou em 2007 o Marco de Reassentamento Involuntário onde estão descritas as diretrizes para preparação e execução do Plano de Reassentamento Involuntário – PRI. Em 2014 foi realizada a atualização do MRI – Marco de Reassentamento Involuntário do Programa. Cada frente de obra irá requerer a elaboração do PRI específico para uma obra ou para um conjunto de obras – esta definição será determinada pela estratégia de implantação das obras previstas no escopo do Programa. Este documento consiste na atualização do Plano de Reassentamento Involuntário (PRI), dos imóveis situados na área do Edital-1, com polígono que compreende um conjunto de obras a serem implementadas nas lagoas Mazerine, São Joaquim, Piçarreira e Oleiros. Este documento apresenta a terceira atualização do PRI Edital 1. ● A primeira versão foi originalmente aprovada em 18/06/2018. ● A segunda versão, publicada em fevereiro de 2019, foi motivada pela viabilização do Residencial Parque Brasil e a modificação agregada ao PRI foi a oferta do reassentamento em unidade habitacional do referido Residencial Parque Brasil. Esta modalidade de reassentamento é ofertada aos proprietários, posseiros e famílias coabitantes de imóveis com afetação total, incluindo a transferência para o Aluguel Social Temporário (aos proprietários e posseiros) até a entrega definitiva dos imóveis no residencial. As opções anteriores de reassentamento monitorado e indenizações mantiveram-se inalteradas / disponíveis para todas as famílias afetadas aplicados os critérios de elegibilidade. ● A terceira versão aqui apresentada foi motivada pela necessidade de incluir famílias que ocuparam o território no intervalo de tempo entre 2014 (ano do Cadastro) - até 14 de outubro de 2019 (definida e amplamente divulgada como data final de corte para elegibilidade às compensações previstas pelo Programa Lagoas do Norte) – e famílias inseridas na área de afetação devida a: alterações na dimensão do imóveis e/ou na poligonal de projeto. 3 Este documento está organizado em cinco partes. A primeira parte traz uma contextualização do Programa Lagoas do Norte, sobre a necessidade de reassentamento e as alternativas consideradas para a redução desses impactos adversos. A segunda parte lida com os impactos na área direta de intervenção abrangida por este Plano. A terceira parte descreve o Programa de Reassentamento em seus objetivos, diretrizes, fundamentação legal e política de atendimento às pessoas afetadas parcial e totalmente. A quarta parte apresenta os procedimentos de implementação do PRI. A quinta parte apresenta a estratégia de engajamento e participação das partes interessadas. A última parte lida com a estratégia de monitoramento e avaliação, custos e cronograma. 4 PARTE 1 – CONTEXTUALIZAÇÃO 1. DESCRIÇÃO DO PROJETO 1.1. PROGRAMA LAGOAS DO NORTE O Programa Lagoas do Norte – PLN é desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Teresina-PMT, em parceria com o BIRD e o Governo Federal, e tem como objetivo atuar, a partir de ações integradas com abrangência multisetorial, em 13 bairros da zona norte da cidade de Teresina, onde residem cerca de 100 mil habitantes. O Programa foi iniciado em 2008, e o período denominado Fase 1 durou até2016. Na Fase 2 do Programa (iniciada em 2016) tem como objetivos modernizar e ampliar a capacidade de gestão da Prefeitura Municipal de Teresina nas áreas financeira, urbana, ambiental, prestação de serviços básicos e desenvolvimento econômico, e melhorar a qualidade de vida da população residente na área de abrangência do Programa Lagoas do Norte. A maior motivação para a execução da segunda fase do PLN reside na certeza de que a descontinuidade deste Programa acarretaria perdas significativas para a comunidade, por se tratar de obras executadas através de um "sistema hidráulico interligado” anulando, desse modo, a melhoria ambiental até agora realizada. Teresina é hoje uma das várias capitais brasileiras que enfrentam problemas relativos ao seu desenvolvimento urbano. O município vem experimentando certo crescimento econômico nos últimos vinte anos, porém, por outro lado, convive com o aumento do déficit habitacional, impermeabilização do solo, aumento populacional, inclusive sofrendo um alto impacto das migrações no estado do Piauí que a tomam como referência. A região das Lagoas do Norte, localizada na confluência dos rios Parnaíba e Poti, distante em média 6 km do centro da cidade de Teresina, é habitada principalmente por famílias de baixa renda que ocuparam a região de forma desordenada e inadequada ao longo de várias décadas. Esta região apresenta um contexto de grande vulnerabilidade ambiental: (I) Aterramento parcial ou total de lagoas naturais ou artificiais para a construção de moradias; (II) Ocupação da plataforma dos diques de contenção para construção de moradias; (III) Ocupação de áreas localizadas abaixo da cota de inundação periódica das lagoas e canais. A situação é ainda mais agravante nos 13 bairros beneficiados pelo Programa Lagoas do Norte (São Francisco, Mocambinho, Poti Velho, Olarias, Alto Alegre, Itaperu, Mafrense, São Joaquim, Nova Brasília, Aeroporto, Alvorada, Matadouro e Acarape) localizados na área mais baixa da cidade e que possuem grande densidade demográfica. 5 Figura 1: Área de atuação do Projeto – situação da região com enchentes A área total do Programa Lagoas do Norte, com aproximadamente 1.300ha compreende 13 bairros da zona norte da cidade e está sob influência direta das lagoas existentes na região, onde vivem cerca de 100 mil pessoas. A região, ao longo dos anos e como reflexo da ocupação desordenada, acumulou sérios problemas sociais e ambientais. Na estação chuvosa, as águas pluviais e o extravasamento dos leitos dos rios Parnaíba e Poti provocam inundações das lagoas e das áreas baixas, causando graves consequências para os residentes. Além disso, tem-se a permanente poluição das lagoas e das orlas, devido à ocupação irregular e por serem áreas receptoras do lixo e dos esgotos lançados pela população. 1.2. AÇÕES DO PROGRAMA QUE GERAM NECESSIDADE DE REASSENTAMENTO Na Fase 2 do Programa serão contempladas, no Componente 2 do PLN ações de requalificação urbana e ambiental, e reassentamento nas áreas do entorno das lagoas do Mocambinho, Mazerine, São Joaquim, Piçarreira e Oleiros, incluindo a faixa ao longo do Canal do Matadouro (área remanescente da Fase 1 do PLN) com as seguintes ações: ● Reabilitação do sistema de macrodrenagem para controle de enchentes; ● Implantação do sistema de esgoto sanitário; ● Melhorias no sistema de abastecimento de água; ● Implantação de drenagem urbana; 6 ● Implantação e melhorias de equipamentos urbanos e de lazer; ● Relocação de famílias em ocupações de áreas de risco; ● Produção de novas habitações por meio de Loteamentos para Reassentamento e a regularização fundiária das propriedades existentes; ● Urbanização das áreas nas margens das lagoas e canais (faixa de preservação ambiental); 1.3. JUSTIFICATIVA DAS INTERVENÇÕES E NECESSIDADES DE REASSENTAMENTO Os resultados do Relatório de Avaliação Ambiental e Social – RAAS do Programa de Melhoria da Qualidade Ambiental de Teresina – Programas Lagoas do Norte, publicado em 2014, indicam a necessidade de reassentamento involuntário de famílias que estão em áreas sujeitas a alagamento e degradação ambiental. Em 1999 (JB Engenharia, 1999) foi realizado um estudo de alternativas para a área com a finalidade de avaliar as condições hidráulicas do sistema de lagoas, projetando os espaços urbanos para a sua fixação, visando impedir a expansão da mesma sobre as áreas das lagoas e buscando projetar os dispositivos hidráulicos para evitar inundações na região. Cruze Tucci(2006) desenvolveram o estudo de concepção de controle de inundações para esta região e dimensionaram o acréscimo de capacidade do sistema de bombeamento para manter os níveis de inundações dentro de limites da urbanização existente e o controle de inundações. O estudo considerou a manutenção das Lagoas ao longo do tempo e a necessária desocupação de faixas marginais às lagoas – situados em cota inferior à de inundação. Segundo a atualização do Relatório de Controle de Inundações e Manutenção dos Níveis das Lagoas do Norte, Cruz e Tucci (2014) os cenários de risco que condicionam as possíveis inundações na região estão ligados a uma ou mais das seguintes condicionantes: ● Na microdrenagem por falta de capacidade de algum conduto ou trecho; ● Em áreas específicas ou na macrodrenagem devido à falta de capacidade de conexão entre as lagoas ou mesmo nas próprias lagoas em função do seu volume; ou ● Na falta de capacidade de bombeamento do sistema de esgotamento; ● Volume de armazenamento e dos condutos de ligação entre as lagoas; e ● Limitada capacidade de infiltração numa sequência de dias chuvosos. O Marco de Reassentamento Involuntário das famílias afetadas descreve claramente que, buscar-se-á minimizar a quantidade de deslocamentos necessários, uma vez entendido a inevitabilidade de relocação da população nas áreas consideradas de risco, porém preservando a rede de relações sociais, culturais e econômicas existentes nos locais de relocação, objetivando inserir uma população de baixa renda nas oportunidades de desenvolvimento urbano, econômico e social da cidade. Os imóveis passíveis de desapropriação estão localizados às margens e sobre as lagoas (em níveis inferiores aos níveis de inundação previstos) ou em locais que receberão elementos da infraestrutura 7 proposta pelo Programa, de modo a viabilizar a reabilitação do sistema de macrodrenagem para controle das enchentes. Neste contexto, o Programa visa implementar ações de ordenamento do uso e ocupação do solo e de saneamento ambiental na região, visando conter o forte processo de degradação ambiental verificado na área local, além de implementar outras ações paralelas que visam à inserção social da população. A figura a seguir apresenta o território de abrangência do PLN, conforme a distribuição de suas quatro áreas: 8 Figura 2: território de atuação do Programa Lagoas do Norte. 9 Teresina possui um Plano Diretor de Ordenamento Territorial – PDOT aprovado em 2019, que prevê o seguinte zoneamento para a área de intervenção do PLN: Tabela1: Zoneamento Territorial de Teresina Área de Intervenção Zoneamento previsto no PDOT Observações ● Zona de Interesse Ambiental-ZIA Área 1 Conforme a Lei n° 56.431 de 20 de dezembro ● Zona de Desenvolvimento de Corredor Norte-ZDCN de 2019, as Zonas Especiais de Uso ● Zona de desenvolvimento de corredor de manejo Sustentável – ZEUS - e as Áreas de sustentável -ZDCMS Preservação Permanente – APP são parcelas ● Zona Especial de Interesse Social (Nova Brasilia)- do território que apresentam uma ou mais ZEIS das seguintes características: qualidade ● Zona Especial de Uso sustentável-ZEUS ambiental peculiar e significativa; patrimônio ambiental a ser protegido; compõe de forma significativa a paisagem ● Zona Especial de Uso sustentável-ZEUS Área 2 local; constitui ecossistemas importantes. ● Zona de Interesse Ambiental-ZIA As Macrozonas de Interesse Ambiental - MZIA - caracteriza-se principalmente pela ● Zona de Interesse Ambiental-ZIA sua suscetibilidade aos alagamentos e Área 3 inundações e, consequentemente, pela sua ● Zona de Ocupação Moderada 2-ZOM2 ● Zona de Desenvolvimento de Corredor Norte-ZDCN importância para o sistema de drenagem do ● Zona Especial de Uso sustentável-ZEUS município, contemplando as áreas identificadas pelo Plano Municipal de Drenagem Urbana. A MZIA é prioritária para ● Zona de Ocupação Moderada 2-ZOM2; investimentos em infraestrutura de Área 4 drenagem que atendam às diretrizes do ● Zona Especial de Uso Sustentável-ZEUS. Plano Diretor de Drenagem Urbana. As Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS – são parcelas do território, delimitadas em lei, edificadas ou não, cuja função social é a promoção de Habitação de Interesse Social. Observa-se que a área referente a este PRI, corresponde a uma Zona Especial de Uso Sustentável-ZEUS e uma Zona de Interesse Ambiental – ZIA. A área destinada à construção do Residencial do PLN (Parque Brasil) corresponde a uma Zona Especial de Interesse Social – ZEIS. 1.4. ALTERNATIVAS CONSIDERADAS PARA REDUÇÃO DOS IMPACTOS DE REASSENTAMENTO DO PROJETO Na fase de preparação do PLN II, foram analisadas alternativas das intervenções que resultaram em alterações de concepção. As seguintes alternativas foram analisadas: Macrodrenagem. Em 2014, Tucci e Souza, por meio do estudo intitulado “Controle de Inundações e Manutenção dos Níveis das Lagoas Norte: Simulações Hidrológicas e Hidráulicas dos Cenários de Inundações” reavaliaram o sistema de macrodrenagem global da região das Lagoas do Norte, simulando cenários ao longo dos anos onde serão feitas intervenções. Os estudos desenvolvidos trataram de simular e projetar as condições de inundação para o risco de 25 anos nas Lagoas do Sistema que escoam para a Lagoa Oleiros. Neste sistema foram estudados vários 10 cenários e obtiveram-se as cotas máximas de inundação para o tempo de retorno referido nas lagoas considerando a regra operacional de bombeamento na Lagoa Oleiros. A análise efetuada confirmou a manutenção da cota 55,0 m na Lagoa dos Oleiros como o cenário operacional mais adequado para o sistema de macrodrenagem - canais e lagoas a montante cujos níveis máximos variam de 55 a 56 m. O estudo também verificou o cenário para a cheia de 50 anos, mostrando que os impactos são limitados dando mais garantia para os resultados quanto ao objetivo de controle de inundações. Além dos cenários estudados para as situações de cheia, foram analisados cenários para a situação de período seco – manutenção de níveis permanentes. Para algumas Lagoas a manutenção dos níveis é quase permanente com 95% com níveis que permitem ter grande parte do Lago mantido, como as Lagoas Acarape II, Piçarreira, Pantanal e Mazerine. As Lagoas Cachorros e Cerâmica não mantêm os níveis, mas mudando a regra operacional usando comportas é possível aumentar o tempo de permanência dos níveis de água nos mesmos a uma grande parte do ano. A regra é simples, bastaria fechar o conduto de conexão entre as Lagoas durante maio a outubro. Nas Lagoas Jacaré e São Joaquim existe limitada ação, já que os níveis de transferências são altos e não é possível aumentar devido aos riscos de inundação. Na Lagoa Acarape I e canal Padre Eduardo devem-se fechar as comportas nos meses de maio a outubro. Para a Lagoa dos Oleiros, adicionalmente foram analisadas duas alternativas para o período de estiagem, considerando o nível máximo de 55 metros no período de chuvas: ● Manutenção dos níveis, no período seco, na cota 54,0 m com a operação com água disponível no sistema de lagoas. Esta alternativa representa uma área de lago de 311.000 m². A área projetada para a Lagoa dos Oleiros é de 405.659 m². Portanto, existem alguns dias por ano que a lagoa terá da ordem de 95.000 m² de área sem água; ● Manutenção dos níveis, no período seco, na cota 55,0 m: Para atender esta condição é necessário bombear água do rio Parnaíba para completar o volume necessário para manter a cota em 55,0 m. A Prefeitura Municipal de Teresina tomou a decisão de utilizar a alternativa de manutenção da cota em 55,0 m no período seco e, portanto, com bombeamento do Rio Parnaíba quando este nível não é atendido. Garantido-se a não reocupação das áreas inundáveis da lagoa. Esta alternativa implica na adoção de regras operativas específicas de bombeamento de modo a reduzir os níveis imediatamente antes do período de chuvas para propiciar a recepção das precipitações (chuvas) diretas e das vazões decorrentes das demais lagoas e manter o nível máximo de 55,0 metros na lagoa dos Oleiros. Intervenções urbanísticas e paisagísticas nas margens (áreas de preservação permanente) das Lagoas. Foram analisados dois cenários distintos, a partir dos níveis de inundação previstos para as lagoas: ● Requalificação das APPs das Lagoas com uma faixa de 30 metros de largura a partir do nível máximo normal estabelecido no Estudo de Níveis Máximos e Mínimos das Lagoas, acrescido de uma faixa de 10 metros para implantação de infraestrutura de saneamento, acesso viário, etc. Nesta faixa de 40 metros se previu a implantação de Parque Linear. ● Requalificação das APPs das Lagoas considerando um desenho urbanístico que possibilite a permanência de residências consolidadas em APPs (de acordo com os critérios da legislação urbanística e ambiental recente – Leis 11.977/09 e 12.651/12 - Código Florestal), com a concepção 11 de “janelas paisagísticas”, buscando a minimização da necessidade de reassentamento sem comprometimento do conceito urbanístico-ambiental. O primeiro cenário compreenderia a necessidade de afetação à época de cerca de 1.393 imóveis com afetação de relocação total. No segundo cenário está prevista a afetação de 978, sendo que destes 731 são relocação total e 247 serão afetados de forma parcial (fundos de lote). Portanto, o segundo cenário apresenta-se de forma mais adequada principalmente considerando-se a significativa redução na necessidade de relocação de imóveis nas APPs. Com a atualização do cadastro realizada em 2019 foi possível identificar 247 novas residências e usos de subsistência instalados na área após 2014, quando os estudos para redução dos casos foram realizados. Esses imóveis foram em sua maioria instalados em porções aterradas pelos próprios moradores nas áreas das lagoas, aumentando a previsão de afetação total inicialmente prevista. Atualmente o número de afetações é de 12251, sendo 978 totais e 247 parciais. Incluindo todas as justificativas para o reassentamento, todos os casos de afetação e após os estudos de alternativas para reduzirem o número de reassentamento, juntamente com a adequação da área de intervenção tem-se o seguinte cenário previsto2: As justificativas de reassentamento podem ser agrupadas em 2 categorias macro, quais sejam: a) Necessidade de reassentamento por situação de risco (alagamento, inundação, habitação precária). As intervenções nessas situações visam viabilizar a solução global de drenagem da região pela desobstrução dos canais de ligação entre as lagoas e outros corpos d’água e garantia da capacidade de armazenamento hídrico do sistema; melhorias estruturais do dique para garantir proteção contra inundações; soluções das situações de risco associadas a precariedade das moradias (domicílios rústicos ou improvisados) e intervenções para garantir a recuperação ambiental. Essa justificativa concentra 62,57% dos casos de reassentamento. b) Necessidade de reassentamento para intervenções para conectividade/mobilidade, segurança e melhorias urbanas: As intervenções nessas situações visam liberar acessos às lagoas em áreas estratégicas; implementar infraestrutura urbana para melhoria da qualidade de vida da população da área (melhorias viárias e de conectividade interna e externa, passeios, iluminação pública, ciclovias, espaços e equipamentos de lazer, esportes, cultura e tradições). Essa justificativa representa 12,28% dos casos de 1 Essa previsão não inclui possíveis afetações de demandas de reassentamento devido às intervenções na área do dique, uma vez que os estudos para definição de alternativas e segurança do dique ainda encontram-se em andamento. 2 Vale ressaltar que as afetações são de fato sempre “previsões” uma vez que por modificações de projetos executivos, ou mesmo pela situação dos imóveis este quantitativo pode ser alterado – para mais e para menos. Por exemplo, um imóvel considerado parcialmente afetado, pode apresentar problemas de estrutura após a intervenção, significando risco aos seus ocupantes. Neste caso seu status passa de parcial para total. 12 reassentamento. A sobreposição das duas justificativas (Risco e Mobilidade/Melhorias Urbanas) representa 25,14% dos casos de reassentamento. 1.5. CARACTERIZAÇÃO CULTURAL E MEIOS DE VIDA Foi realizado Estudo Antropológico para identificar e mapear manifestações culturais existentes na área de intervenção do Programa Lagoas do Norte e analisar possíveis impactos positivos e negativos deste sobre aquelas. O estudo procede a um breve registro histórico dos 13 bairros; considera as celebrações, formas de expressão, ofícios e modos de fazer, bem como edificações e lugares; e destaca a presença dos seguintes elementos do Patrimônio Cultural: (i) as religiões de matriz Africana (40 terreiros de Umbanda e 4 de Candomblé); (ii) Bumba Meu Boi; (iii) arte em cerâmica; (iv) arte santeira em madeira; (v) pesca artesanal; (vi) hortas comunitárias; e (vii) vazanteiros. Esse estudo aponta impactos positivos e negativos em relação a essas manifestações culturais. Em relação às religiões de matriz Africana identifica como positivos: a apropriação, pelas ONGs e demais grupos de tradição afro, de novos espaços públicos como Parque Lagoas do Norte, criados pelo PLN com o objetivo de minimizar as práticas de intolerância religiosa presentes na região e o aumento na visibilidade das religiões de matriz africana a apoio à liberdade e tolerância religiosa por meio da inauguração da Praça dos Orixás. Dentre os negativos, destaca a desapropriação total de três terrenos e/ou edificações onde há prática de religiões de matriz africana com deslocamento compulsório da atividade religiosa ali desenvolvida e a desapropriação parcial de mais um terreno e/ou edificação. O Bumba Meu Boi não sofreria impactos adversos e se beneficiaria da criação de espaços de ensaio e realização do festejo no Teatro do Boi. A Arte Santeira também não seria afetada adversamente e seria beneficiada com o possível aumento de comercialização. Em relação ao Polo Cerâmico, destaca os aspectos positivos relacionados à melhoria das condições de trabalho dos artesãos e o aumento da comercialização. Mas também aponta potenciais impactos negativos associados com a insegurança dos produtores quanto a permanência do polo cerâmico após a conclusão das obras devido a inexistência de informações sobre o Projeto e possível aumento do custo de transporte da matéria prima para produção cerâmica caso a argila de Santa Maria da Codipi que apresenta características de textura e coloração semelhantes à da Lagoa dos Oleiros, explorada atualmente, se esgote e seja necessário explorar argila em outra localidade. A pesca artesanal seria beneficiada pela melhoria das condições de comercialização de peixes em decorrência da implantação do novo Mercado do Peixe, que poderia também melhorar as condições ambientais das vias de pedestres locais devido ao fim da comercialização dos peixes nas calçadas, mas poderia gerar insatisfação entre atravessadores e pescadores em virtude da proibição da venda de peixes nas calçadas. Para os produtores das hortas comunitárias e para os vazanteiros haveria benefícios associados à diminuição do risco de inundações e deslizamentos que prejudicam a produção, mas poderiam sofrer interferências negativas em virtude das obras nos diques, com potencial comprometimento da renda. 13 Essas manifestações culturais seriam ainda beneficiadas pelo possível fortalecimento da atividade em decorrência da implementação de um Programa de Registro, Inventário e Patrimonialização de Referências Culturais, proposto pelo Estudo. Para lidar com os impactos negativos, o Estudo recomenda: ● Dialogar com as coletividades de entorno do empreendimento e esclarecer os profissionais ligados à sua implantação acerca do significado e do valor dos bens culturais regionais, materiais e imateriais; ● Estabelecer estratégias de divulgação dos bens culturais regionais e fomentar as iniciativas locais e regionais de promoção e defesa dos bens culturais regionais; ● Incentivar a formação de agentes locais de preservação dos bens culturais regionais, materiais e imateriais; ● Capacitar os professores da rede escolar regional a explorar e valorizar os bens culturais regionais, inserindo-os em seu planejamento como atividades paradidáticas complementares ao ensino básico e secundário; ● Fazer o registro e inventário das referências culturais que serão impactadas com apoio/supervisão do IPHAN e em colaboração com parceiros locais; ● Realizar censo (inventário) das casas de culto e dos bens culturais das religiões de matriz africana com apoio/supervisão do IPHAN/GTIT e contanto com a colaboração de parceiros locais; ● Acompanhar, em conjunto com o GTIT, o andamento dos processos de tombamento e de registro de bens culturais das religiões de matriz africana, fornecendo subsídios técnicos para a valoração desses bens; ● Estudar e definir em conjunto com as instituições atinentes a regularização urbana instrumentos de proteção urbanística as áreas de concentração de casas de culto e bens culturais das religiões de matriz africana, avaliando a possibilidade de instituição de Zonas Especiais de Interesse Social nos territórios dos Terreiros, visando a sua regularização fundiária e promoção de melhorias habitacionais. Adicional e especificamente em relação ao reassentamento involuntário dos terrenos e/ou edificações onde há prática de religiões de matriz africana, o estudo chama a atenção, pois as condições simbólicas e sagradas que os pais e mães-de-santo (e outros adeptos da umbanda) conferem aos terreiros, dificultam a “plantação” de um terreiro em outro espaço. Portanto, é importante uma compreensão mais profunda da maneira com a qual os terreiros “dialogam com os modos de vida, tradições, saberes locais, e memórias sociais da região” contemplados pelo PLN. Já em relação à arte cerâmica, destaca a importância da permanência do Polo Cerâmico onde está hoje e a manutenção das condições de obtenção de matéria-prima que atendam aos padrões de qualidade e às características específicas compatíveis com a identidade visual das peças do polo. E, enfim, em relação à pesca artesanal, recomenda o diálogo e efetiva participação dos usuários do Mercado do peixe, dos pescadores e dos atravessadores na gestão do Mercado São Joaquim. Este documento apresenta no item 3.3. as principais medidas que a PMT tem se utilizado para minimizar os impactos culturais e nos meios de vida. Essas medidas têm sido aplicadas desde a primeira fase do Programa Lagoas do Norte e deve ser complementada com a contratação de um Plano de Gestão Cultural 14 envolvendo – Programa de Educação Patrimonial e Programa de Registro, Inventário de Referências Culturais, conforme sugerido no Estudo Antropológico. 15 PARTE 2 – IDENTIFICAÇÃO DAS AFETAÇÕES DO PLANO DE REASSENTAMENTO INVOLUNTÁRIO 1. IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA DE AFETAÇÃO DO PRI – EDITAL 1 A área de interesse do presente PRI compreende a região delimitada pelo polígono do Edital-1, conforme mapas a seguir. Esta área possui aproximadamente 18 hectares e abrange imóveis do entorno da Lagoa do São Joaquim, passando pela Rua Pantanal, área central entre as lagoas dos Oleiros e Piçarreira (Prolongamento da Rua Manoel Aguiar Filho). Como propósito de minimizar o máximo possível de reassentamentos, teve-se como base a segurança das famílias residentes na área, sendo definidas as cotas máximas de inundação, segundo Cruz e Tucci – 2014, e as obras de melhorias do sistema de drenagem da região sendo, portanto, que todos os Projetos levam essas como suas principais premissas. Abaixo destaque para a planta da área de influência direta do Edital 1. Figura 3: Área de Intervenção PRI/Edital 1 -Lagoa dos Oleiros, Lagoa da Piçarreira, Lagoa São Joaquim e Lagoa do Mazerine, segmentos de permeabilidade do Projeto de Urbanização. 16 Nesta versão atualizada, a previsão de afetação é de 190 imóveis, dos quais 119 em condição total e 71 em condição parcial. Destes, 28% apresentavam padrão construtivo mínimo ou abaixo do mínimo; ou seja, edificações em alvenaria sem reboco ou em taipa e aproximadamente 60% tinham área inferior a 60m². O projeto executivo que define as afetações totais e parciais poderá sofrer alteração conforme demandas comunitárias identificadas no processo de execução deste Plano de Reassentamento, de acordo com estudos de viabilidade técnica e financeira. Podendo, inclusive, reduzir a quantidade de imóveis afetados totalmente ou mesmo minimizar áreas de imóveis com afetação parcial. Em se tratando de imóveis onde forem identificadas atividades produtivas, culturais ou tradicionais, deverão ser avaliadas alternativas de ajustes para redução das perdas e garantia da manutenção ou recuperação dos meios de vida. As justificativas de reassentamento para este PRI podem ser agrupadas em 2 categorias macro, conforme descrição nas anterior, quais sejam: a) Necessidade de reassentamento por situação de risco (alagamento, inundação, habitação precária). O PRI do Edital 1 concentra 63,72% dos casos de afetações totais dentro desta justificativa e ; b) Necessidade de reassentamento para intervenções para conectividade/mobilidade, segurança e melhorias urbanas). Essa justificativa representa 27,43% dos casos de afetações totais e 7,46% nos casos de parciais do PRI do Edital 1. A sobreposição das duas justificativas representa 8,85% dos casos de afetações totais e 92,54% nos casos de parciais do PRI do Edital 1. Gráfico 1::Afetações totais por categoria 17 1.1. Delimitação das áreas de intervenção por frente de obras A área de afetação delimitado para este PRI possui três frentes de obras com características distintas, o primeiro trecho corresponde à requalificação urbana e ambiental da parcela oeste da Lagoa do Mazerine, o segundo trecho corresponde à requalificação da Lagoa São Joaquim e o terceiro compreende as ruas Guaraí, Cristo Rei e Manoel de Aguiar. É válido destacar que as três frentes de obra estão localizadas na mesma área e se integram, formando um conjunto único de intervenção, ou seja, não se trata de três obras independentes. Vale destacar que a destinação de uso das áreas como parques se dá pela alternativa técnica que garante condições de drenagem, recomposição da vegetação e qualidade ambiental da área, além de garantir que não haja novas ocupações nas áreas de risco de alagamento. A destinação das áreas para uso múltiplo e comunitário se dá com vistas a contribuir para o fluxo das águas entre as lagoas, reduzindo o risco de alagamentos. Neste sentido, essas áreas que podem ser alagadas, como quadras esportivas e praças, visam garantir que a água das chuvas possa escoar sem causar impactos. Frentes de Obras do Edital 1 Frente 1 A definição de escolha da área para o Projeto de requalificação urbana/ambiental da Lagoa do Mazerine se dá em função de sua importante localização dentro do Programa. O Parque Lagoa do Mazerine encontra-se a leste da poligonal do Terminal de Integração Rui Barbosa e do Centro de Saúde Doutor Evaldo Carvalho, locais de significativa relevância para a comunidade. A lagoa possui seu espelho d’água coberto pelos aguapés comuns na região das lagoas em função da contaminação das águas. A proposta de limpeza da lagoa, irá contribuir para melhoria ambiental do local. A definição da parcela oeste da lagoa do Mazerine, para as obras de melhorias da região, se dá em função da inexistência de edificações nesse segmento, já se tratando, portanto, de área livre e pública de lazer, ou seja, não demanda reassentamento de população. 18 Calçadas/ Passeio Praça Figura 4: Área de intervenção do PRI/Edital 1 – Lagoa do Mazerine A proposta para o local será, além da limpeza da Lagoa, a recuperação dos espaços públicos existentes, a melhoria da interligação a passos de pedestres entre novos equipamentos públicos e a potencialização dos existentes, por meio da continuidade de calçadas, foram os preceitos para que esse local de particularidades ímpares, fosse definido como parte prioritária para as obras de requalificação da fase 2 do Programa. Frente 2 Para o segundo trecho, que compreende a Lagoa São Joaquim, as diretrizes de Projeto para melhoria ambiental, paisagística e urbanística definiram a menor desapropriação possível na região, sendo que a cota 55,50m3 possibilitou a permanência da maior parte das famílias, com desapropriação parcial de fundos de lote. Oportunizando a conectividade territorial por meio da consolidação desses novos limites e melhoria nos acessos locais dos moradores, a criação de novos percursos que surgem por entre passeios e ciclovias na borda d’água. As remoções necessárias das edificações abaixo da cota 55,50m ocorrerão para implantação das obras de drenagem da lagoa São Joaquim, e se fazem necessárias, uma vez que nesta lagoa acontece o encontro das águas provenientes da parte norte da cidade, que passam através da Lagoa do Jacaré e das contribuições ao sul, a partir do Canal do Matadouro. A lagoa São Joaquim é o corredor de interligação para a Lagoa dos Oleiros, tendo como destino final o Rio Parnaíba. São esses reassentamentos que 3 (definida pelo Relatório de Controle de Inundações e Manutenção dos Níveis das Lagoas do Norte, Cruz e Tucci, 2014) 19 também permitem a acessibilidade à margem da lagoa, garantindo maior segurança para comunidade, possibilitando o reequilíbrio ambiental, além de propiciar a criação de áreas de lazer para a comunidade. Para esta frente de obras a previsão atualizada4 de afetação é de 81 imóveis, sendo 26 em condição total e 55 parciais. Esta frente de obras foi subdividida em seis trechos, compreendendo majoritariamente às intervenções vinculadas à Lagoa do São Joaquim. Figura 5: Área de intervenção PRI / Edital 1- Lagoa São Joaquim Trecho / Frente 3 No terceiro trecho da área deste PRI, destaca-se que o fator de inundação presente na localidade conhecida popularmente como “Infernnho” torna-se mais agravante, uma vez que se situa num corredor entre duas grandes lagoas da região norte de Teresina, a Lagoa dos Oleiros e a Lagoa da Piçarreira. Estas lagoas fazem parte do sistema lacustre de macrodrenagem do município e servem tanto como reservatório de contenção de cheia em época de chuvas, como de escoamento das águas pluviais em direção ao Rio Parnaíba. No entanto, em função da ocupação irregular de suas margens e da deposição de lixo e esgoto em suas águas, o sistema de drenagem teve sua função comprometida, resultando em alagamentos nas edificações mais próximas e prejuízos à saúde pública, devido o contato dos moradores com a água contaminada. A precariedade e insalubridade dos imóveis também é outra característica marcante dessa localidade, sendo que muitas nem dispõe de instalações sanitárias. Das 52 edificações situadas no 4 A previsão atualizada refere-se a data de 29.01.2020 20 “Inferninho”, pelo menos 70% apresentam padrão construtivo mínimo ou abaixo do mínimo; ou seja, construídas em alvenaria sem reboco ou em taipa. Essa carência habitacional e a presença constante de lixo e esgoto nas lagoas expõem os moradores dessa região a maiores riscos de doenças e outros agravos de saúde. Soma-se a isto o isolamento da comunidade decorrente da ausência de conectividade com outras vias, fator que incide diretamente nos níveis de segurança do local, limitando apresentação de serviços básicos e emergenciais, tais como o acesso do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), coleta pública de lixo, carro de bombeiros, etc. O redesenho urbano levou em consideração a conexão entre a Lagoa dos Oleiros e a Lagoa da Piçarreira, bem como a ligação entre segmentos viários, uma vez que a Rua Hiroxima e a Rua Manoel Aguiar encontram-se desconexas e consistem em importante corredor de junção do eixo norte-sul da zona norte de Teresina. Diante deste cenário, os projetos previstos pelo Programa Lagoas do Norte para esta região visam reestabelecer a qualidade de vida da população por meio da recuperação ambiental do espaço urbano, contemplando melhorias no sistema de macrodrenagem, limpeza das lagoas, reordenamento urbano e viário, áreas de convivência e lazer, e oferta de moradias dignas. Para esta frente de obras a previsão atualizada5 de afetação é de 109 imóveis, sendo 93 em condição total e 16 parciais. A terceira frente de obras também está dividida em 6 trechos independentes com intervenções nas áreas de saneamento e urbanismo. As obras previstas no projeto preveem a construção de galeria, reconformação topográfica das margens da lagoa, conectividade entre as ruas Jim Borralho com a Manoel de Aguiar Filho, para acesso à Rua Flávio Furtado e urbanização das margens da lagoa. Figura 6: Área de intervenção PRI / Edital 1- Lagoa dos Oleiros e Piçarreira 5 A previsão atualizada refere-se a data de 29.01.2020 21 1.2. Apropriação dos espaços urbanos requalificados no PRI 1 Ações complementares de incentivo à apropriação da comunidade nos espaços urbanos requalificados do PLN serão realizadas pelo poder público municipal em parceria com a iniciativa privada e organizações não governamentais, através de atividades socioeducativas, culturais de entretenimento e de lazer, a exemplo do que já ocorre no Parque Linear do PLN, no Parque Ambiental Encontro dos Rios e Parque Ambiental Matias Augusto de Oliveira Matos, conhecido como Parque do Mocambinho. Nos referidos parques se cumpre uma agenda de atividades, construída com os diferentes atores sociais para atender às demandas da comunidade no desenvolvimento de ações coletivas na área de esporte, entretenimento e lazer, reuniões e eventos religiosos, passeios ciclísticos, caminhadas orientadas, dentre outras. Outro ponto que merece destaque na sustentabilidade do PLN é o envolvimento com as escolas públicas e privadas da região. As escolas vêm incluindo em seus planejamentos pedagógicos temas relacionados à preservação e conservação ambiental, resíduos sólidos, com realização de atividades de extensão que propiciam importantes vivências, tornando-as interligadas ao PLN, sendo esses parques ambientais uma sala de aula ampliada ao universo escolar. Ademais todas as benfeitorias realizadas pelo PLN objetivam o benefício de todos os moradores das comunidades, bem como dos demais munícipes. 2. ESTIMATIVA DE AFETAÇÃO Este PRI tem previsão de afetação de 190 (cento e noventa) imóveis. Desse montante, 119 (cento e dezenove) terão afetação total e 71 (setenta e um) serão parcialmente afetados, sendo que no momento da negociação será devidamente avaliado pela engenharia da UGP se a área remanescente do imóvel apresenta condições de uso adequado de suas funções ou se o mesmo deverá ser incorporado como afetação total. A estimativa de afetação foi identificada por meio do cadastramento realizado em 2014/2015, atualizado em outubro de 2019, por meio do registro de ocupações consolidadas (residências e usos de subsistência), localizados na poligonal do Programa. Tabela 2: Estimativa de Afetação LOCALIDADE Frente 2 – Lagoa São Joaquim Frente 3 – Lagoa Oleiros/Piçarreira Tipo de afetação Tipo de afetação Total Parcial Total Parcial Trecho 1 9 18 5 0 Trecho 2 2 18 11 0 Trecho 3 0 5 12 0 Trecho 4 8 12 13 16 Trecho 5 3 2 37 0 Trecho 6 4 0 15 0 Total 26 55 93 16 *Frente 1 de obras não tem afetação de imóveis. 22 2.1. Número de Soluções Requeridas Algumas situações demandam para um único processo/imóvel mais de uma solução. É o caso dos imóveis alugados/cedidos, para os quais está prevista uma solução para o ocupante e outra para o proprietário/posseiro, logo, duas ou mais soluções para um único processo (imóvel). No caso de imóveis com afetação total em que há famílias em situação de coabitação, cada família fará será atendida com uma solução. Portanto, o número de soluções requeridas é superior ao número de imóveis. Tabela 3: Estimativa de soluções previstas Tipo de Afetação Total de Imóveis Coabitantes Inquilinos e Soluções Afetados Cessionários Previstas Parcial Total Frente 2 - Lagoa São 55 26 81 8 5 94 Joaquim Frente 3 – Lagoa 16 93 109 18 6 133 Oleiros/Piçarreira Total 71 119 190 26 11 227 3. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA Em 2014 e 2015, quando da atualização do Marco de Reassentamento Involuntário do Projeto, procedeu- se ao cadastro e censo econômico das famílias potencialmente afetadas pelas intervenções previstas pelo Projeto, o perfil abaixo apresenta análise das informações levantadas pelo Consórcio Teresina Sustentável. O Cadastro e Selagem foi complementado em 2019. Cabe ressaltar que as informações socioeconômicas são atualizadas como procedimento do PRI. Essa atualização ocorre nos atendimentos familiares quando o processo social e administrativo de negociação é iniciado. A caracterização apresentada a seguir é baseada nos dados coletados e tabulados em 2014/2015, os quais podem sofrer alterações devido a dinamicidade do processo de crescimento das famílias, das situações de coabitação, por novas ocupações no território ou por adequação de projetos. 3.1. Perfil das famílias afetadas O perfil socioeconômico e imobiliário apresentado foi elaborado com base nas informações obtidas durante a fase de cadastramento em 2014/2015 e visa ilustrar a situação da população referenciada. ● 32% da população é composta por crianças e adolescente e, em 28 imóveis registrou-se a presença de idosos (maiores que 60 anos); 23 ● 61% dos entrevistados (chefes de famílias) são mulheres ● 51% dos imóveis possuem moradores que trabalham; ● 50% dos imóveis possuem renda familiar bruta inferior R$ 1.000; ● 54% dos imóveis são ocupados por até 4 moradores e, em 18% deles moram mais de uma família (coabitação); ● 30% das famílias residem no local há 5 anos ou menos, e 12% delas há mais de 30 anos; ● 80% dos imóveis tem uso exclusivamente residencial e 82% são próprios (conforme as declarações dos ocupantes); ● 37% das edificações são inferiores a 60 m² e 30% apresentam padrão construtivo mínimo ou abaixo do mínimo; ● 63% dos imóveis tiveram seus valores avaliados em até R$ 65.000; ● 25% não possui coleta de resíduos sólidos domiciliares; Os dados acima tabulados apresentam-se em gráficos e tabelas que melhor descrevem esta análise. 24 Faixa Etária da Segundo o levantamento realizado em População 2014 durante o cadastramento imobiliário, o número de moradores presentes nos 180 imóveis abrangidos por este PRI é de 641 pessoas, das quais 29 (5%) são idosas, 208 são crianças e adolescentes (32%) e, 404 (63%) são adultas. Gráfico 2: Percentual dos moradores por faixa etária Gênero Em relação ao gênero dos chefes de família, constatou-se que 61% das famílias são lideradas por mulheres e 34% por homens, revelando o papel predominante das mulheres na condução da vida dessas famílias. Gráfico 3: Percentual dos imóveis por gênero do chefe de família. Situação de De acordo com as entrevistas realizadas, Trabalho e 51% dos imóveis abrigam moradores que Emprego desempenham alguma atividade econômica. Em 21%, não há moradores com ocupação laboral e, em 28% este dado não foi informado. Gráfico 4: Percentual dos imóveis por ocupação de moradores com atividade profissional. 25 Provedores Ainda relacionado ao aspecto trabalho, dentre os imóveis cadastrados tem-se que em 32% das residências apenas 1 membro da família desenvolve alguma atividade econômica. Imóveis que possuem 2, 3 ou 4 membros familiares com ocupação profissional perfazem, respectivamente, 16%, 1% e 2%. Observa-se ainda, que em 21% dos cadastros não há moradores com trabalho e, em 28% esse dado não foi informado. Gráfico 5: Percentual dos imóveis por número de provedores em cada residência. Renda Familiar Conforme as informações obtidas na ficha Bruta de cadastro social e imobiliário, as faixas de renda familiar bruta agrupam-se da seguinte forma, conforme gráfico abaixo. Verifica-se que em 40% dos imóveis a renda familiar bruta é de até R$ 1.000, demonstrando precariedade da região. Gráfico 6: Percentual dos imóveis por faixa de renda familiar bruta. Composição Dentre os 180 imóveis afetados nessa área familiar de intervenção, 18% apresentam coabitação, ou seja, mais de uma família morando na mesma residência. A distribuição do número de famílias por imóvel apresentada no gráfico. Gráfico 7: Percentual dos imóveis por número de famílias residentes. 26 Número de Quanto ao número de moradores em um Moradores imóvel tem-se o seguinte: 54% possuem por Imóvel até 4 pessoas, 25% possuem de 5 a 6 moradores e, 9% possuem 7 ou mais. Em 12% das entrevistas este dado não foi informado. Gráfico 8: Percentual dos imóveis por número de moradores residentes. Tempo de Das famílias ocupantes, conforme registro Residência cadastral, 30% residem há menos que 5 anos no local, 18% residem entre 5 e 15 anos, 39% entre 15 e 30 anos e, 12% há mais de 30 anos. Em 1% dos imóveis esta informação não foi obtida ou não se aplica (exemplo, caso de imóveis fechados). O processo de reassentamento de famílias pode influenciar as relações interpessoais e valores culturais. Portanto, considera-se que quanto mais tempo a família reside no local, maior é seu vínculo com aquele Gráfico 9: Percentual dos imóveis por tempo de território, fator importante que deve ser residência observado nos processos de negociação – buscando referenciá-la ao território de origem. Segundo as informações dos cadastros socioeconômicos e imobiliários realizados em 2014 nos imóveis de afetação total e parcial desta área a relação daqueles que possuíam e não possuíam comprovante de titularidade do imóvel é de 20% e 80%, respectivamente. Os referidos dados estão sujeitos à confirmação quando dos atendimentos individualizados realizados pela Unidade de Projeto Socioambiental (UPS/PMT), durante o processo de negociação. Os gráficos abaixo apresentam os tipos de uso e regime de ocupação. 80% tinham uso exclusivamente residencial e 82% se autodeclaram proprietários. Cabe ressaltar que apesar de se considerarem proprietários, sabe-se que a situação de dominialidade do local é precária, uma vez que os imóveis não são regularizados. É provável que a situação seja de posse/detenção dos imóveis. 27 Tipo de Uso Quanto ao modo de uso dos imóveis afetados do Imóvel nesta área (180), 80% são exclusivamente residenciais. Os 20% restantes dividem-se em uso comercial com 1%, uso misto (quando há uso residencial e comercial) com 17% e, 2% sem uso (imóveis desocupados ou fechados durante o cadastramento). As famílias que tinham comércio na área de afetação e que perderão renda em decorrência da desapropriação deverão ter atenção especial no processo de negociação. Gráfico 10: Percentual dos imóveis por tipo de uso Regime de Quanto às formas de ocupação, a maioria das Ocupação famílias (82%) informou ser proprietária do respectivo imóvel, 7% moram em situação de aluguel e, em 10% dos casos, o imóvel estava fechado durante o cadastramento, não sendo possível obter a informação. Gráfico 11: Percentual dos imóveis por tipo de regime de ocupação. 3.2. Perfil dos imóveis afetados O perfil construtivo das moradias das famílias cadastradas em 2014/2015 também foi analisado para viabilizar a elaboração de laudos de avaliação. Consideraram-se quatro critérios: (i) o padrão construtivo de cada residência, (ii) a área construída, (iii) o valor dos imóveis e (iv) acesso aos serviços básicos. 3.2.1. Perfil da Moradia Para identificar o padrão construtivo de cada residência, foram definidas as categorias de acordo com as tipologias de construção, sendo classificadas como: Normal, Normal/Baixo, Baixo, Mínimo e Abaixo do Mínimo, conforme apresentado no Quadro e nas imagens abaixo. 28 Tabela 4: Padrão construtivo dos imóveis Categoria Padrão construtivo das residências Construída em alvenaria com laje de forro; revestimento cerâmico; revestimento Normal chapisco, reboco e pintura; Construída em alvenaria com revestimento cerâmico; revestimento chapisco, Normal/Baixo reboco e pintura; Baixo Construída em alvenaria com revestimento chapisco, reboco e pintura; Mínimo Construída em alvenaria. Abaixo do Casa de Taipa Mínimo Figura 7: Exemplo de imóvel de padrão construtivo “Abaixo do Mínimo”. Figura 8: Exemplo de imóvel de padrão construtivo “Mínimo”. 29 Figura 9: Exemplo de imóvel de padrão construtivo “Baixo”. À esquerda, fachada. À direita, banheiro sem revestimento cerâmico Figura 10: Exemplo de imóvel de padrão construtivo “Normal/Baixo”. À esquerda, fachada. À direita, banheiro com revestimento cerâmico Figura 11: Exemplo de imóvel de padrão construtivo “Normal”. A esquerda fachada. A direita, cômodo com piso e revestimento cerâmico na cozinha e demais áreas molhadas 30 Sobre os tipos preponderantes dos imóveis da região deste PRI, obteve-se os seguintes resultados: Padrão De acordo com os dados coletados Construtivo dentre os 180 imóveis afetados, 14% possuem padrão Normal, 29% Normal/baixo, 29% Baixo, 16% Mínimo e 12% abaixo do mínimo. Gráfico 12: Padrão construtivo Área das Verifica-se ainda que 37% das Edificações edificações possuem área construída inferior a 60 m². Do restante, 22% possui área de 60m² a 80m², 17% de 80m² a 100m² e, 24% maior que 100m². Gráfico 13: Área das edificações Valor Estimado Quanto ao valor estimado dos dos Imóveis imóveis nesta área, observa-se que 63% foram avaliados até R$ 65 mil. Gráfico 14: :Valor Estimado dos imóveis 31 Tabela 5: Número de imóveis por faixa de valor financeiro do imóvel e tipo de desapropriação6. Faixa de Valor (R$) Padrão Construtivo Menor ou igual a 30 Entre 30 e Entre 65 e 100 Maior ou igual a mil 65 mil 100 mil mil Abaixo do Mínimo 26 - - - Mínimo 20 9 - - Baixo 13 24 12 3 Normal/Baixo 5 15 32 5 Normal - 6 9 11 Total Geral 64 54 53 19 Os gráficos abaixo apresentam o acesso a serviços como água, energia e coleta de lixo. Acesso a Verifica-se que o abastecimento de água Serviços– pela rede pública abrange 89% dos imóveis, Água sendo que 4% não dispõe deste serviço. Gráfico 15:: Percentual dos imóveis por tipo de abastecimento de água. Acesso a O fornecimento de energia elétrica está Serviços– presente em 95% dos imóveis deste PRI, Energia dos quais 2% com ligação irregular. Verifica-se ainda que 4% dos imóveis não possui eletricidade e, em 1% este dado não foi informado. Gráfico 16: Percentual dos imóveis por tipo de fornecimento de energia elétrica. 6 Base de dados: cadastro sócio imobiliário 2014/2015. 32 Acesso a Segundo os dados das entrevistas, a coleta Serviços – regular do lixo na área de afetação Coleta de acontece em 68% dos domicílios. Em 25% Lixo dos imóveis a cobertura deste serviço não existe e, em 7% este dado não foi informado. Gráfico 17: Percentual dos imóveis por cobertura de serviço de coleta de resíduos sólidos. 4. IDENTIFICAÇÃO DAS AFETAÇÕES POR TRECHO DE OBRAS As obras previstas para a área do PRI 1 foram organizadas por frentes de obras. A execução das ações de reassentamento segue a lógica de liberação para cada frente de obra. A ilustração a seguir apresenta o mapa de frentes e tipos de afetação. Os imóveis de cor amarela são imóveis previstos de afetação parcial. Os imóveis em vermelho são imóveis previstos de afetação total. A poligonal azul corresponde a Frente 1 de obras. A poligonal Vermelha corresponde a Frente 2. A poligonal Verde corresponde a Frente 3. 33 Figura 12 A Frente 1 corresponde à intervenção parcial na Lagoa Mazerine, território liberado para o início da obra. Para esta frente o projeto prevê a urbanização da margem da lagoa, a reforma da quadra existente e equipamentos públicos diversos no seu entorno. Para essa frente de obras não houve necessidade de reassentamentos (afetações totais ou afetações parciais). A Frente 2 está dividida em 6 trechos independentes que poderão ser liberados para obra de acordo com a conclusão do reassentamento e liberação da área pela família afetada, após autorização prévia do Banco Mundial. Esta frente inclui a lagoa do São Joaquim e áreas adjacentes. O projeto prevê obras de drenagem, viária, urbanização da margem da lagoa com acesso a pedestres e equipamentos públicos de convivência como ciclovias e passeios na orla da lagoa. 34 Para esta frente de obras a previsão atualizada7 de afetação é de 81 imóveis, sendo 26 em condição total e 55 parciais. Sobre o perfil dos imóveis que compõem a segunda frente de obras, podemos destacar que os parciais na sua maioria não terão afetação nas áreas edificadas e 42,30 % possuem padrão construtivo normal baixo. Dos imóveis com afetação total 11,53% tem uso misto e 3,85% uso comercial. No período da atualização deste plano, esta frente de obra encontrava-se com 95,06% das negociações concluídas, 4 (quatro) imóveis com afetação parcial ainda permanecem em negociação. Tabela 6: Resumo das afetações de imóveis e Famílias da Frente 2 – PRI 1 AFETAÇÕES TOTAL TRECHO 1 TRECHO 2 TRECHO 3 TRECHO 4 TRECHO 5 TRECHO 6 AFETAÇÃO TOTAL 26 9 2 0 8 3 4 AFETAÇÃO PARCIAL 55 18 18 5 12 2 0 NOVAS OCUPAÇÕES 0 0 0 0 0 0 0 TOTAL DE IMÓVEIS 81 27 20 5 20 5 4 COABITANTES 8 4 1 0 2 0 1 INQUILINOS 5 0 0 0 0 1 4 CESSIONARIOS 0 0 0 0 0 0 0 TOTAL DE FAMILIAS 94 31 21 5 22 6 9 Tabela 7:Lista das afetações do Trecho PLANILHA DE SITUAÇÃO DAS DESAPROPRIAÇÕES PRI 1 - 3ª FRENTE DE OBRAS LAGOAS PIÇARREIRA E OLEIROS - BAIRRO SÃO JOAQUIM[1] Atualizado até 29/01/2020 OPÇÃO STATUS DA N° TRECHO SELO ENDEREÇO USO AFETAÇÃO COMPENSAÇÃO NEGOCIAÇÃO Rua Área Liberada - Presidente 1 PIIM026 Residencial Total Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4851 1 Rua Área Liberada - Presidente 1 PIIM026 Residencial Coabitação Residencial PLN Reassentamento Lincon, concluído 4851 7 A previsão atualizada refere-se à data de 29.01.2020 35 Rua Área Liberada - Presidente 2 1 PIIM025 Residencial Total Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4841 Rua Área Liberada - Presidente 3 1 PIIM024 Residencial Total Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4941 Rua Área Liberada - Presidente 4 1 PIIM022 Residencial Total Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4935 Rua Área Liberada - Presidente 5 1 PIIM021 Residencial Total Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4931 Área Liberada - Rua Cristo 6 2 OLIM605 Residencial Total Indenização Reassentamento Rei, N° 4631 concluído Cristo Rei Área Liberada - 7 2 OLIM604 Ou Guaraí, Residencial Total Indenização Reassentamento 4627 concluído Área Liberada - Rua Guaraí, 2 OLIM603 Residencial Total Indenização Reassentamento N° 4675 concluído 8 Área Liberada - Rua Guaraí, 2 OLIM603 Residencial Coabitação Residencial PLN Reassentamento N° 4675 concluído Área Liberada - Rua Cristo 9 2 OLIM602 Residencial Total Indenização Reassentamento Rei, N° 4615 concluído Rua Guaraí, Misto Área Liberada - N° 4607 comercial 10 2 OLIM601 Total Indenização Reassentamento concluído Rua Guaraí, Misto Área Liberada - N° 4603 comercial 11 2 OLIM600 Total Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - Rua Guaraí, 12 2 OLIM597 Residencial Total Indenização Reassentamento N° 4595 concluído 36 Área Liberada - Rua Guaraí, 13 2 OLIM596 Residencial Total Indenização Reassentamento N° 4587 concluído Área Liberada - Rua Guaraí, Reassentamento 14 2 OLIM595 Residencial Total Reassentamento N° 4571 Monitorado concluído Rua Radialista Área Liberada - 15 2 OLIM594 Jim Residencial Total Indenização Reassentamento Borralho, N° concluído 807 Rua Área Liberada - 2 OLIM593 Radialista Residencial Total Indenização Reassentamento Jim Borralho concluído 16 Rua Área Liberada - 2 OLIM593 Radialista Residencial Coabitação Residencial PLN Reassentamento Jim Borralho concluído Área Liberada - Rua Cristo 17 3 OLIM026 Residencial Total Indenização Reassentamento Rei, N° 4479 concluído Área Liberada - Rua Guaraí, 3 OLIM025 Residencial Total Indenização Reassentamento N° 4743 concluído 18 Área Liberada - Rua Guaraí, 3 OLIM025 Residencial Inquilino Auxílio Moradia Reassentamento N° 4743 concluído Rua Guaraí, Misto Área Liberada - N° 4733 comercial 19 3 OLIM023 Total Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - Rua Cristo 3 OLIM022 Residencial Total Indenização Reassentamento Rei, N° 4727 concluído 20 Área Liberada - Rua Cristo 3 OLIM022 Residencial Coabitação Auxílio Moradia Reassentamento Rei, N° 4727 concluído Rua Guaraí, Misto Área Liberada - N° 4723 religioso 21 3 OLIM020 Total Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - Rua Guaraí, 22 3 OLIM019 Residencial Total Indenização Reassentamento N° 4717 concluído 37 Área Liberada - Rua Cristo Reassentamento 23 3 OLIM017 Residencial Total Reassentamento Rei, N° 4709 Monitorado concluído Área Liberada - Rua Cristo 3 OLIM015 Residencial Total Indenização Reassentamento Rei, N° 4703 concluído 24 Área Liberada - Rua Cristo 3 OLIM015 Residencial Inquilino Auxílio Moradia Reassentamento Rei, N° 4703 concluído Rua Guaraí, Misto Área Liberada - N° 4697 comercial 25 3 OLIM012 Total Indenização Reassentamento concluído Rua Cristo Misto Área Liberada - Rei, N° 4693 comercial Reassentamento 3 OLIM010 Total Reassentamento Monitorado concluído 26 Área Liberada - Rua Cristo 3 OLIM010 Residencial Coabitação Auxílio Moradia Reassentamento Rei, N° 4693 concluído Área Liberada - Rua Guaraí, 3 OLIM008 Residencial Total Indenização Reassentamento N° 4685 concluído 27 Área Liberada - Rua Guaraí , 3 OLIM008 Residencial Coabitação Auxílio Moradia Reassentamento N° 4685 concluído Área Liberada - Rua Guaraí , 28 3 OLIM006 Residencial Total Indenização Reassentamento N° 4677 concluído Rua Área Liberada - Presidente 29 4 PIIM020 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4929 Rua Área Liberada - Presidente 30 4 PIIM019 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4925 Rua Área Liberada - Presidente 31 4 PIIM018 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4919 38 Rua Área Liberada - Presidente 32 4 PIIM017 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4915 Rua Área Liberada - Presidente 33 4 PIIM016 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4909 Rua Área Liberada - Presidente 34 4 PIIM015 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4875 Rua Área Liberada - Presidente 35 4 PIIM014 Residencial Total Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4811 Rua Área Liberada - Presidente Reassentamento 36 4 PIII236 Residencial Total Reassentamento Lincon, Monitorado concluído 4811 Rua Área Liberada - Presidente 37 4 PIIM013 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4811 Rua Área Liberada - Presidente 38 4 PIIM012 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4843 Rua Área Liberada - Presidente 39 4 PIIM011 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4847 Rua Área Liberada - Presidente 40 4 PIIM010 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4853 Rua Área Liberada - Presidente 41 4 PIIM009 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4741 Rua Área Liberada - Presidente 42 4 PIIM008 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4831 39 Rua Área Liberada - Presidente 43 4 PIIM007 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4821 Rua Área Liberada - Presidente 44 4 PIIM006 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4819 Rua Área Liberada - Presidente 45 4 PIIM005 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4799 Rua Área Liberada - Presidente 46 4 PIIM004 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Lincon, concluído 4799 Rua Misto Hiroshima, Área Liberada - comercial 4 PIIM224 569 Total Indenização Reassentamento concluído 47 Rua Área Liberada - 4 PIIM224 Hiroshima, Residencial Coabitação Auxílio Moradia Reassentamento 569 concluído Rua Área Liberada - Reassentamento 4 PIIM223 Hiroshima, Residencial Total Reassentamento Monitorado N° 619 concluído 48 Rua Área Liberada - 4 PIIM223 Hiroshima, Residencial Coabitação Auxílio Moradia Reassentamento N° 619 concluído Rua Área Liberada - 49 4 PIIM222 Hiroshima, Residencial Total Indenização Reassentamento N° 555 concluído Rua Área Liberada - Reassentamento 50 4 PIIM221 Hiroshima, Residencial Total Reassentamento Monitorado N° 543 concluído Rua Área Liberada - 4 PIIM220 Hiroshima, Residencial Total Indenização Reassentamento N° 641 concluído 51 Rua Área Liberada - 4 PIIM220 Hiroshima, Residencial Coabitação Auxílio Moradia Reassentamento N° 641 concluído 40 Rua Área Liberada - Reassentamento 4 PIIM219 Hiroshima, Residencial Total Reassentamento Monitorado N° 635 concluído 52 Rua Área Liberada - 4 PIIM219 Hiroshima, Residencial Coabitação Residencial PLN Reassentamento N° 635 concluído Posseiro não Em análise- Passível Rua Manoel localizado – área de não afetação 53 4 PIII274 De Aguiar Residencial Total sem devido a ajustes de Filho, 4946 imóvel/benfeitoria projetos Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 54 4 PIIM215 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4955 Rua Manoel Atendimento pela De Aguiar PMT - Residencial 55 4 PIIM214 Residencial Total Área Liberada Filho, N° Edgar Gayoso 4954 (Anterior ao PRI) Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 56 4 PIIM210 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4959 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 57 4 PIIM209 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 7000 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 5 PIIM205 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4949 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar 58 5 PIIM205 Residencial Coabitação Residencial PLN Reassentamento Filho, N° concluído 4949 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar 5 PIIM205 Residencial Coabitação Residencial PLN Reassentamento Filho, N° concluído 4949 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 59 5 PIIM203 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4947 41 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 60 5 PIIM202 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4946 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 61 5 PIIM200 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4945 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 5 PIIM199 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4944 62 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar 5 PIIM199 Residencial Coabitação Auxílio Moradia Reassentamento Filho, N° concluído 4944 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 63 5 PIIM198 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4943 Rua Manoel Área Liberada - 64 5 PIIM196 De Aguiar Residencial Total Indenização Reassentamento Filho, S/N concluído Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 65 5 PIIM195 Residencial Total Reassentamento Filho, n° Monitorado concluído 3949 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 66 5 PIIM194 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4931 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar 67 5 PIIM192 Residencial Total Indenização Reassentamento Filho, N° concluído 4937 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 68 5 PIIM187 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4931 Rua Manoel Posseiro não Residencial Área Liberada sem De Aguiar localizado – área 69 5 PIIM184 Total necessidade de Filho, N° sem reassentamento 4929 imóvel/benfeitoria 42 Rua Manoel Posseiro não Residencial Área Liberada sem De Aguiar localizado - área 70 5 PIII239 Total necessidade de Filho, N° sem reassentamento 5365 imóvel/benfeitoria Área Liberada - Rua Cristo 71 5 OLIM055 Residencial Total Indenização Reassentamento Rei, S/N concluído Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 72 5 OLIM054 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 5062 Rua Manoel Área Liberada - Reassentamento 5 OLIM053 De Aguiar Residencial Total Reassentamento Monitorado Filho, S/N concluído 73 Rua Manoel Área Liberada - 5 OLIM053 De Aguiar Residencial cessionário Auxílio Moradia Reassentamento Filho, S/N concluído Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar 5 OLIM050 Residencial Total Indenização Reassentamento Filho, N° concluído 4623 74 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar 5 OLIM050 Residencial Inquilino Auxílio Moradia Reassentamento Filho, N° concluído 4623 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 75 5 OLIM048 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4624 Rua Manoel De Aguiar Reassentamento Em negociação - 5 OLIM047 Residencial Total Filho, N° Monitorado Termo assinado 4626 76 Rua Manoel De Aguiar Em negociação - 5 OLIM047 Residencial Coabitação Residencial PLN Filho, N° Termo assinado 4626 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar 77 5 OLIM045 Residencial Total Indenização Reassentamento Filho, N° concluído 4614 43 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar 5 OLIM045 Residencial Inquilino Auxílio Moradia Reassentamento Filho, N° concluído 4614 Rua Manoel De Aguiar Misto Área Liberada - Filho, N° comercial 5 OLIM043 Total Indenização Reassentamento 4617 concluído 78 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar 5 OLIM043 Residencial Cessionário Auxílio Moradia Reassentamento Filho, N° concluído 4617 Rua Manoel De Aguiar Misto Área Liberada - Filho, N° comercial 79 5 OLIM042 Total Indenização Reassentamento 4616 concluído Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar 80 5 OLIM041 Residencial Total Indenização Reassentamento Filho, N° concluído 4615 Rua Artur Área Liberada - Manoel De Reassentamento 81 5 OLIM040 Residencial Total Reassentamento Aguiar, N° Monitorado concluído 4614 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 82 5 OLII528 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4613 Rua Manoel Área Liberada - de Aguiar Reassentamento 5 OLIM039 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4612 83 Rua Manoel Área Liberada - de Aguiar 5 OLIM039 Residencial Coabitação Residencial PLN Reassentamento Filho, N° concluído 4612 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar 84 5 OLIM038 Residencial Total Indenização Reassentamento Filho, N° concluído 4611 44 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 85 5 OLIM037 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4609 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 86 5 OLIM036 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4605 Rua Manoel De Aguiar Reassentamento Negociado - Área não 5 OLIM034 Residencial Total Filho, N° Monitorado liberada 4605 87 Rua Manoel De Aguiar Negociado - Área não 5 OLIM034 Residencial Coabitação Residencial PLN Filho, N° liberada 4605 Rua Manoel Área Liberada - De Aguiar Reassentamento 88 5 OLIM033 Residencial Total Reassentamento Filho, N° Monitorado concluído 4604 Rua Manoel De Aguiar Reassentamento Negociado - Área não 5 OLIM032 Residencial Total Filho, N° Monitorado liberada 4602 89 Rua Manoel De Aguiar Negociado - Área não 5 OLIM032 Residencial Coabitação Residencial PLN Filho, N° liberada 4602 Área Liberada - Rua Cristo 6 PIII258 Residencial Total Indenização Reassentamento Rei, N° 521 concluído 90 Área Liberada - Rua Cristo 6 PII258 Residencial Coabitação Residencial PLN Reassentamento Rei, N° 521 concluído Rua Manoel De Aguiar 91 6 PIIM183 Residencial Total Indenização Em negociação Filho, N° 854 Rua Manoel 92 6 PIIM178 De Aguiar Residencial Total Indenização Em negociação Filho, S/N Rua Manoel 93 6 PIIM179 De Aguiar Residencial Total Indenização Em negociação Filho, S/N 45 Rua Manoel 94 6 PIIMII255 De Aguiar Residencial Total Indenização Em negociação Filho, S/N Rua Manoel 95 6 PIIMII256 De Aguiar Residencial Total Indenização Em negociação Filho, S/N Rua Manoel De Aguiar 96 6 PIIM180 Residencial Total Indenização Em negociação Filho, N° 5380 Rua Manoel De Aguiar 97 6 PIIM181 Residencial Total Indenização Em negociação Filho, N° 5380 Rua Manoel De Aguiar 98 6 PIIM182 Residencial Total Indenização Em negociação Filho, N° 5380 Rua Manoel De Aguiar 99 6 OLIM058 Residencial Total Indenização Em negociação Filho, N° 5300 Rua Manoel De Aguiar 100 6 OLIM057 Residencial Total Indenização Em negociação Filho, N° 5300 Rua Manoel De Aguiar 101 6 PIII257 Residencial Total Indenização Em negociação Filho, N° 5300 Rua Cristo Negociado - Área não 102 6 PIII261 Residencial Total Indenização Rei, N° 5085 liberada Rua Manoel De Aguiar Negociado - Área não 103 6 OLIM056 Residencial Total Indenização Filho, N° liberada 5085 Rua Cristo Negociado - Área não 104 6 PIII260 Residencial Total Indenização Rei, N° 5085 liberada Rua Manoel OLIM CC 105 5 de Aguiar Residencial Total A definir Cadastro novo 049 Filho, S/N 46 Rua Manoel OLIM CC de Aguiar 106 5 Residencial Total A definir Cadastro novo 050 Filho, Nº4606 Rua Manoel OLIM CC 107 5 de Aguiar Residencial Total A definir Cadastro novo 051 Filho, S/N Rua Manoel OLIM CC de Aguiar 108 5 Residencial Total A definir Cadastro novo 052 Filho, Nº4642 Rua Manoel OLIM CC de Aguiar 109 5 Residencial Total A definir Cadastro novo 053 Filho, Nº4951 A Frente 3 está dividida também em 6 trechos independentes com intervenções nas áreas de saneamento e urbanismo. As obras previstas no projeto preveem a construção de galeria, reconformação topográfica das margens da lagoa, conectividade entre as ruas Jim Borralho com a Manoel de Aguiar, para acesso à rua Flávio Furtado e urbanização das margens da lagoa. Para esta frente de obras a previsão atualizada8 de afetação é de 109 imóveis, sendo 93 em condição total e 16 parciais. A terceira frente de obras também está dividida em 6 trechos independentes com intervenções nas áreas de saneamento e urbanismo. As obras previstas no projeto preveem a construção de galeria, reconformação topográfica das margens da lagoa, conectividade entre as ruas Jim Borralho com a Manoel de Aguiar Filho, para acesso à Rua Flávio Furtado e urbanização das margens da lagoa. No período da atualização deste plano, nesta frente de obras 84,40% das negociações previstas encontravam-se concluídas com suas soluções executadas. Ressalta-se que no trecho 5 desta frente de obra foram identificados e cadastrados em outubro de 2019, 5 (cinco) imóveis firmados na área após 2014, e que a partir da atualização deste plano passam a ser elegíveis para o atendimento. Ressalta-se que o número de afetações poderá ser alterado devido as modificações no projeto, os quais serão justificados e documentados no relatório final de execução. Tabela 8: Resumo das afetações de imóveis e Famílias da Frente 3 – PRI 1 TRECHO TRECHO TRECHO TRECHO TRECHO TRECHO AFETAÇÕES TOTAL 01 02 03 04 05 06 AFETAÇÃO TOTAL 88 5 11 12 13 32 15 AFETAÇÃO PARCIAL 16 0 0 0 16 0 0 NOVAS OCUPAÇÕES 5 0 0 0 0 5 0 8 A previsão atualizada refere-se a data de 29.01.2020 47 TOTAL DE IMÓVEIS 109 5 11 12 29 37 15 COABITANTES 18 1 2 3 4 7 1 INQUILINOS 4 0 0 2 0 2 0 CESSIONARIOS 2 0 0 0 0 2 0 TOTAL DE FAMILIAS 133 6 13 17 33 48 16 Tabela 9:Lista das afetações do trecho PLANILHA DE SITUAÇÃO DAS DESAPROPRIAÇÕES PRI 1 - 2ª FRENTE DE OBRAS LAGOAS DO JACARÉ E SÃO JOAQUIM - BAIRRO SÃO JOAQUIM Atualizado até 29/01/2020 ENDEREÇO DE OPÇÃO STATUS DA N° TRECHO SELO USO AFETAÇÃO ORIGEM COMPENSAÇÃO NEGOCIAÇÃO Área Liberada - 1 1 SJIM2003 Rua Pantanal, 980 Residencial Total Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 2 1 SJIM2002 Rua Pantanal, 976 Residencial Total Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 3 1 SJIM040 Rua Pantanal, 966 Residencial Total Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 4 1 SJIM041 Rua São José, 966 Residencial Total Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 5 1 SJIM042 Rua São José, 4880 Uso misto Total Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 6 1 SJIM043 Rua São José, 4868 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 7 1 SJIM044 Rua São José, 4858 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 8 1 SJIM045 Rua São José, 4850 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído 48 Área Liberada - 9 1 SJIM046 Rua São José, 4846 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 10 1 SJIM047 Rua São José, 4838 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 11 1 SJIM048 Rua São José, 4832 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Em análise- Passível de não 12 1 SJIM049 Rua São José, 4828 Residencial Parcial Indenização afetação devido a ajustes de projeto Em análise- Passível de não 13 1 SJIM050 Rua São José, 4822 Residencial Parcial Indenização afetação devido a ajustes de projeto Em análise- Passível de não 14 1 SJIM051 Rua São José, 4816 Residencial Parcial Indenização afetação devido a ajustes de projeto 15 1 SJIM052 Rua São José, 4810 Residencial Parcial Indenização Em negociação Área Liberada - 16 1 SJIM053 Rua São José, 4804 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 17 1 SJIM054 Rua São José, 4800 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 18 1 SJIM055 Rua São José, 4790 Residencial Total Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 19 1 SJIM056 Rua São José, 4786 Residencial Total Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 20 1 SJIM057 Rua São José, 4784 Residencial Total Indenização Reassentamento concluído 49 Área Liberada - 1 SJIM058 Rua São José, 4782 Residencial Total Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 1 SJIM058 Rua São José, 4782 Residencial Coabitação Auxílio moradia Reassentamento concluído 21 Área Liberada - 1 SJIM058 Rua São José, 4782 Residencial Coabitação Auxílio moradia Reassentamento concluído Área Liberada - 1 SJIM058 Rua São José, 4782 Residencial Coabitação Auxílio moradia Reassentamento concluído Área Liberada - 22 1 SJIM059 Rua São José, 4778 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 23 1 SJIM060 Rua São José, 4770 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Em negociação - 24 1 SJIM061 Rua São José, 4764 Residencial Parcial Indenização Termo assinado Área Liberada - 25 1 SJIM062 Rua São José, 4758 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 26 1 SJIM063 Rua São José, 4748 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 1 SJIM068 Rua São José, 4724 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído 27 Área Liberada - 1 SJIM068 Rua São José, 4724 Resdiencial Coabitação Residencial PLN Reassentamento concluído Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 28 2 SJIM003 Residencial Parcial Indenização Reassentamento 455 concluído Área Liberada - 29 2 SJIM078 Rua Palmeirais, 829 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 30 2 SJIM079 Rua Palmeirais, 835 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído 50 Em negociação - 31 2 SJIM080 Rua Palmeirais, 839 Residencial Parcial Indenização Termo assinado Área Liberada - 32 2 SJIM081 Rua Palmeirais, 843 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 33 2 SJIM082 Rua Palmeirais, 849 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 34 2 SJIM083 Rua Palmeirais, 855 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 35 2 SJIM084 Rua Palmeirais, S/N Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 36 2 SJIM085 Rua Palmerais, 869 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 37 2 SJIM086 Rua Palmeirais, 875 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - 38 2 SJIM087 Rua Palmeirais, 881 Residencial Parcial Indenização Reassentamento concluído Área Liberada - Uso misto 39 2 SJIM089 Rua Palmeirais, 887 Parcial Indenização Reassentamento comercial concluído Área Liberada - Rua Radialista Jim 2 SJIM090 Residencial Total Indenização Reassentamento Borralho, 925 concluído 40 Área Liberada - Rua Radialista Jim 2 SJIM090 Residencial Coabitação Auxílio moradia Reassentamento Borralho, 925 concluído Área Liberada - Rua Radialista Jim 41 2 SJIM091 Residencial Total Indenização Reassentamento Borralho, 935 concluído Área Liberada - Rua Radialista Jim 42 2 SJIM092 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Borralho, 945 concluído 51 Área Liberada - Rua Radialista Jim 43 2 SJIM093 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Borralho, 955 concluído Área Liberada - Rua Radialista Jim 44 2 SJIM094 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Borralho, 959 concluído Área Liberada - Rua Radialista Jim 45 2 SJIM095 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Borralho, 965 concluído Área Liberada - Rua Radialista Jim 46 2 SJIM096 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Borralho, 969 concluído Área Liberada - Rua Radialista Jim 47 2 SJIM098 Residencial Parcial Indenização Reassentamento Borralho, 975 concluído Rua Rui Barbosa Área Liberada - 48 3 SJIM004 Com Jim Borralho, Residencial Parcial Indenização Reassentamento 4635 concluído Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 49 3 SJIM005 Residencial Parcial Indenização Reassentamento 4575 concluído Rua Rui Barbosa, Misto 50 3 SJIM006 Parcial Indenização Em negociação 4581 comercial Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 51 3 SJIM007 Residencial Parcial Indenização Reassentamento 4591 concluído Área Liberada - Av. Rui Barbosa, 52 3 SJIM008 Residencial Parcial Indenização Reassentamento 401 concluído Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 53 4 SJIM009 Residencial Parcial Indenização Reassentamento 4613 concluído Área Liberada - Rua Rui Barbosa , 54 4 SJIM011 Residencial Parcial Indenização Reassentamento 4621 concluído 52 Rua Rui Barbosa Área Liberada - 55 4 SJIM012 com Jim Borralho, Residencial Parcial Indenização Reassentamento 4631 concluído Rua Rui Barbosa, 4639 Área Liberada - Uso misto 56 4 SJIM013 Parcial Indenização Reassentamento comercial concluído Rua Rui Barbosa Área Liberada - 4 SJIM014 Com Jim Borralho, Residencial Total Indenização Reassentamento 4707 concluído 57 Rua Rui Barbosa Área Liberada - 4 SJIM014 Com Jim Borralho, Residencial Coabitação Auxílio moradia Reassentamento 4708 concluído Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 58 4 SJIM015 Residencial Total Indenização Reassentamento 4709 concluído Área Liberada - Rua Rui Barbosa, Uso misto 59 4 JAMH117 Total Indenização Reassentamento 4728 comercial concluído Área Liberada - Rua Rui Barbosa , 60 4 JAMHII125 Residencial Total Indenização Reassentamento 4740 concluído Área Liberada - Rua Rui Barbosa, Uso misto 61 4 SJIM016 Total Indenização Reassentamento 4711 comercial concluído Área Liberada - Av. Rui Barbosa, Uso misto 62 4 SJIM017 Total Indenização Reassentamento 4713 comercial concluído 53 Rua Rui Barbosa Área Liberada - 63 4 SJIM018 Com Jim Borralho, Residencial Total Indenização Reassentamento 4731 concluído Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 4 SJIM019 Residencial Total Indenização Reassentamento 4751/4157 concluído 64 Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 4 SJIM019 Residencial Coabitação Auxílio moradia Reassentamento 4751/4157 concluído Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 65 4 SJIM020 Residencial Parcial Indenização Reassentamento 4753 concluído Em análise- Passível de não Rua Rui Barbosa, 66 4 SJIM023 Residencial Parcial Indenização afetação devido 4777 a ajustes de projeto Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 67 4 SJIM024 Residencial Parcial Indenização Reassentamento 4781 concluído Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 68 4 SJIM025 Residencial Parcial Indenização Reassentamento 4791. concluído Em análise- Passível de não Rua Rui Barbosa, 69 4 SJIM027 Residencial Parcial Indenização afetação devido 4801 a ajustes de projeto Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 70 4 SJIM028 Residencial Parcial Indenização Reassentamento 4805 concluído Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 71 4 SJIM029 Residencial Parcial Indenização Reassentamento 4809 concluído Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 72 4 SJIM030 Residencial Parcial Indenização Reassentamento 4817 concluído Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 73 5 SJIM031 Residencial Parcial Indenização Reassentamento 4825 concluído 54 Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 74 5 SJIM032 Residencial Parcial Indenização Reassentamento 4835 concluído Negociado - Rua Rui Barbosa, 75 5 SJIM033 Residencial Total Indenização Área não 4843 liberada Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 5 SJIM036 Residencial Total Indenização Reassentamento 4853 concluído 76 Inquilino/ Área Liberada - Rua Rui Barbosa, 5 SJIM036 Residencial Ponto Auxílio moradia Reassentamento 4854 Comercial concluído Área Liberada - 77 5 SJIM2004 Rua Pantanal, 984 Residencial Total Indenização Reassentamento concluído Rua Área Liberada - 78 6 SJIM2008 Pantanal/Presidente Residencial Total Indenização Reassentamento Lincon, 4871 concluído Rua Pantana/ Área Liberada - 6 SJIM2007 Presidente Clinton, Residencial Total Indenização Reassentamento 944 concluído 79 Rua Pantana/ Área Liberada - 6 SJIM2007 Presidente Clinton, Residencial Inquilino Auxílio moradia Reassentamento 944 concluído Rua Pantana/ Área Liberada - 6 SJIM2006 Presidente Lincon, Residencial Total Indenização Reassentamento 934 concluído 80 Rua Pantana/ Área Liberada - 6 SJIM2006 Presidente Lincon, Residencial Coabitação Residencial PLN Reassentamento 935 concluído Rua Pantanal/ Área Liberada - 6 SJIM2005 Presidente Lincon, Residencial Total Indenização Reassentamento 920 concluído Rua Pantanal/ Área Liberada - 81 6 SJIM2005 Presidente Lincon, Residencial Inquilino Auxílio moradia Reassentamento 920 concluído Rua Pantanal/ Área Liberada - 6 SJIM2005 Presidente Lincon, Residencial Inquilino Auxílio moradia Reassentamento 920 concluído 55 Rua Pantanal/ Área Liberada - 6 SJIM2005 Presidente Lincon, Residencial Inquilino Auxílio moradia Reassentamento 920 concluído 4.1 Imóveis de uso misto de expressões dos meios de vida (culturais, produtivas, religiosas) – Identificação de meios de vida no PRI 1 Na área de afetação deste PRI, foram identificados imóveis de uso misto ou comercial com expressões de meios de vida como: pequenos comércios, atividades produtivas tradicionais – piscicultura, e atividades de cunho cultural religioso. Atividades produtivas Segundo as informações que constam nos cadastros sociais e imobiliários, realizados em 2014/2015, os tanques de cultivo de peixes, que estão agregados aos imóveis residenciais, são utilizados por moradores locais para fins de comercialização. Os tanques estão referenciados por imóveis localizados na Rua Manoel de Aguiar Filho, situados, mais especificamente, à margem direita da lagoa dos Oleiros. A utilização destes tanques ocorre tanto de forma individual quanto em grupos familiares, compartilhados entre moradores de diferentes imóveis. Nesta área, foram identificadas 14 (quatorze) edificações e 7 (sete) tanques destinados à piscicultura. Esses tanques foram organizados em 3(três) núcleos de produção. Na atual fase de execução deste plano, para um desses núcleos de produção (composto por duas unidades residenciais, um depósito e dois tanques) já tem o processo de negociação para compensação e reassentamento finalizado com um bom nível de satisfação por parte da família. Durante o acompanhamento técnico pela equipe do PLN a família não manifestou o interesse na continuidade da atividade produtiva. Nesta localidade onde a atividade de piscicultura foi identificada, existe um núcleo denominado de “Fazendinha”. Nesta área, de aproximadamente de 1,84ha, encontra-se delimitada por muro de alvenaria e possui 8 (oito) edificações utilizadas como moradias e pequenas unidades de apoio, além de 4 (quatro) tanques, destinados à atividade de piscicultura. Essas áreas encontram-se na frente 3 de obras, especificamente no trecho 6. Atividades de uso misto comercial Na frente de obras 2, os imóveis com afetação total 11,53% são de uso misto e 3,85% para uso comercial. Nesses imóveis, as atividades, majoritariamente, são de prestação de serviços, como salão de beleza. 56 Na frente 3, nos trechos 2, 3, 4 e 5 foram identificados 8 (oito) imóveis mistos (comercial e residencial), que tiveram afetação total. Nestes imóveis as famílias desenvolviam atividade relacionada ao comércio (mercearia e vendas de alimentos de produção caseira) ou prestação de serviços (costureira e metalúrgica). Essas famílias mantiveram suas respectivas atividades econômicas na área que foram reassentadas. Atividades religiosas e culturais Outro aspecto relevante observado durante a fase de cadastramento refere-se à prática de atividades religiosas dentro dos imóveis. Cabe ressaltar que este aspecto será levado em conta quando das negociações com os proprietários/posseiros e, que o processo de relocação estará sensível para resguardar as condições que propiciem a continuidade das referidas atividades sempre que forem identificados imóveis com estas características. No âmbito deste PRI foi identificada apenas uma edificação com uso residencial e religioso, voltado ao culto religioso com raízes na Umbanda. Este imóvel estava localizado na frente 3 de obras. No processo de reassentamento foi apresentado pelo PLN a alternativa de permanência da Tenda Espírita Santa Joana Dar’c, incorporada ao projeto de requalificação urbana e ambiental, porém a família optou pelo reassentamento em área de sua escolha e conveniência para a continuidade da atividade anteriormente exercida. O local escolhido pela família está situado a cerca de 500m do endereço de procedência, em área já requalificada pelo PLN, onde os laços de vizinhança foram preservados com a manutenção dos atendimentos religiosos aos frequentadores da Tenda Espírita. O caso foi monitorado pela equipe técnica do PLN possibilitando à família a recomposição da moradia, dos meios de subsistência e atividade religiosa. 57 PARTE 3 – PROGRAMA DE REASSENTAMENTO INVOLUTARIO DO PLN 1. DIRETRIZES DO PROGRAMA DE REASSENTAMENTO O Marco de Reassentamento Involuntário do Programa Lagoas do Norte, elaborado em 2007 e atualizado em 2014, apresenta os fundamentos e define a Política de Reassentamento Involuntário a serem adotados pelo Programa em sua fase de implantação. O Marco definiu as diretrizes, princípios além das opções de compensação a serem ofertadas para os casos de reassentamento e afetações parciais. Esta Política preconiza que a meta maior deva ser a garantia da recomposição da qualidade de vida das famílias afetadas pelo empreendimento, tanto no aspecto físico, perda de moradia, como em outros aspectos, como perda de rendimentos financeiros (interrupção de atividades produtivas). É sabido que a relocação de pessoas pode gerar grandes transtornos à vida dos afetados, como por exemplo, empobrecimento, danos ambientais graves, quebra da rede de apoio social, a menos que medidas adequadas sejam devidamente planejadas e implementadas. Por isto, é oportuno relembrar, os fundamentos descritos no Marco de Reassentamento e que serão adotados na construção e implantação do processo de reassentamento da população afetada pelas obras previstas no local: ● Buscar minimizar o número de imóveis a serem desapropriados, preservando ao máximo as edificações implantadas nas margens. ● Garantir a oferta de diferentes opções de atendimento ● Garantia da melhoria das condições de moradia. ● Garantia da possibilidade de manutenção da renda. ● Garantia de pagamento das indenizações pelo valor de reposição do imóvel incluindo todas as benfeitorias realizadas. Os laudos de avaliação imobiliária deverão contemplar o fator de comercialização da região, o valor do terreno, das edificações e das benfeitorias e deverá ser verificado se o valor obtido realmente viabiliza à reposição do imóvel em condições iguais ou melhores ao imóvel afetado; ● Garantia da oferta de serviços sociais, como por exemplo: educação, saúde, transporte público, etc.; Busca permanente da minimização dos impactos sociais e/ou ambientais sobre a população; Além dos fundamentos anteriormente descritos, transcreve-se, também do Marco de Reassentamento, as seguintes diretrizes que serão adotadas pela Prefeitura: ● As obras só se iniciarão após a relocação das famílias afetadas e diretamente envolvidas naquela etapa de obra; ● Não serão impostas condições de negociações que impeçam as famílias de recomporem suas vidas; ● A população não será pressionada visando atender ao cronograma da obra, caso venha ocorrer atrasos no reassentamento. 58 ● Garantia da participação da população afetada em todo o processo; ● As instituições responsáveis pela realização do projeto e a competência de cada uma serão apresentadas para a população afetada; ● Será fornecido suporte jurídico e social, sem ônus, à população;9 ● Será feita gestão para que haja um afinado entrosamento da equipe de reassentamento e a equipe responsável pela execução da obra, de forma a compatibilizar todas as ações necessárias à execução das duas atividades; ● As negociações com a população só acontecerão quando todas as opções de atendimento estiverem viabilizadas e garantidas.10 Por fim, vale ressaltar que, a Prefeitura de Teresina busca promover uma real melhoria de vida às famílias afetadas através da Política de Reassentamento Involuntário. 2. PÚBLICO ALVO O público alvo do PRI é formado por todos os casos localizados na área de interferência direta do Programa Lagoas do Norte, afetados pelo reassentamento de forma total ou parcial em imóveis consolidados sejam regulares ou irregulares. Desta maneira, este PRI visa atender todos os casos de afetação de as famílias ou pessoas que possuem, ocupam ou usam a área ou imóvel situado na área da poligonal de afetação, seja para fins residenciais, comerciais, produtivos, institucionais, culturais ou religiosos, e que tenham sido identificadas por meio do cadastro socioeconômico e selagem realizado em 2014/2015 e atualizado em outubro de 2019. 11 Além da atualização cadastral e selagem, as famílias podem atualizar informações dos imóveis e famílias durante os atendimentos individualizados que são realizados por trecho de obra. Todos os afetados são convocados para reuniões gerais e posteriormente para os atendimentos individualizados onde terão a oportunidade de atualizar as informações contidas no cadastramento inicial. As alterações que porventura ocorrerem durante a implementação do PRI, seja no número de afetações, alteração de projeto executivo, custos e etc., serão incorporadas ao Programa, sendo tratados durante a implementação do PRI e serão relatados nos relatórios de progresso e documentados no relatório de execução final de cada PRI. 9 A parte 4 deste documento apresenta os procedimentos de implementação do PRI e descreve o suporte social e jurídico disponibilizado aos beneficiários do Programa. Ver página 111. 10Compreende-se “viabilizadas e garantidas” como disponibilidade de recursos por parte do PLN para a efetiva compensação / medida escolhida pela família. 11A identificação dos casos de afetação foi realizada por meio de cadastramento e selagem em 2014/2015. Foi atualizado em 2019 por meio do registro Ocupações Consolidadas (residências e usos de subsistência). A atualização do cadastro e selagem das ocupações consolidadas foi amplamente divulgado nas mídias (TV, rádio, mídias sociais). O PLN empreendeu todos os esforços para identificar todas as novas ocupações, incluindo além das ações de divulgações, imagens áreas realizadas com drones. Casos não identificados até 14 de outubro de 2019, serão avaliados e analisados quanto ao cumprimento dos critérios de elegibilidade do Programa. 59 O reassentamento involuntário atingirá diferentes tipos de imóveis localizados na área intervenção do PLN, de forma simplificada os tipos de imóveis e regimes de ocupação que podem ser identificados estão relacionados a seguir. Figura 13: Tipos de Ocupação Dentre os imóveis pesquisados observou-se a existência de diferentes tipos de ocupação e dominialidade, que demandaram soluções de reposição de perdas diferenciadas, quais sejam: Tabela 6: Público Alvo do PRI Tipo Definição Proprietários Proprietário de imóvel (residenciais, uso misto ou negócios, e áreas vazias) localizado em áreas particulares, que possuam escritura de Propriedade do Imóvel, registrada em cartório. Posseiros de imóveis em área Ocupante de imóvel (residenciais e/ou negócios) localizado em áreas particular particulares, que possuam documento de reconhecimento de posse do imóvel. Cedidos de imóveis em área Ocupante de imóvel de terceiros (residenciais e/ou negócios) localizados em particular áreas particulares. Inquilinos de imóveis em área Locatário ocupante de imóveis (residenciais e negócios) localizados em áreas particular particulares. 60 Detentores de imóveis situados Proprietários de imóveis (residenciais e/ou negócios) localizados em áreas em área pública públicas – irregulares Cedidos de imóveis situados em Ocupantes de imóveis de terceiros (residenciais e/ou negócios) localizados área pública em áreas públicas – irregulares Inquilinos de imóveis situados Locatário ocupante de imóveis (residenciais e/ou negócios) localizados em em área pública áreas públicas – irregulares 2.1. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE E DATA DE CORTE São elegíveis para atendimento da Política de Reassentamento Involuntário todas as pessoas ou famílias que possuem, ocupam ou usam área ou imóvel situado no interior da poligonal de afetação, seja para fins residenciais, comerciais, produtivos, institucionais, culturais ou religiosos, e que tenham sido identificadas pela Prefeitura Municipal de Teresina e pelo Programa Lagoas do Norte por meio do cadastro socioeconômico e selagem realizado em 2014/2015 atualizado em outubro de 2019 pela PMT. A data final de corte para elegibilidade às formas de compensação previstas pelo Programa Lagoas do Norte é 14 de outubro de 2019. Essa data foi amplamente divulgada por meio de placas, cartazes, material impresso distribuído domiciliarmente e na imprensa local e redes sociais. Figura 14: Divulgação da data de corte nas áreas de intervenção do projeto 61 O processo de atualização do banco de dados do PLN poderá ocorrer por meio de atendimentos individualizados ou visitas domiciliares utilizando-se de instrumentos como a anamnese social ou registro de ocupação atualizado (cadastro social e imobiliário). As Famílias/Pessoas que não comprovem que estavam em área afetada até a data de corte do Programa não serão elegíveis para o atendimento do presente Plano, podendo ser encaminhadas para tratamento pela PMT conforme política habitacional ou de assistência social do município. As construções irregulares identificadas posterior a data de corte, serão tratadas pela municipalidade em conformidade com o código de obras e edificações do município, lei complementar 4.729/2015 vigente, apresentado no item – Marco Legal. 2.2. TIPOS DE AFETAÇÃO Visando atender a diretriz da O.P 4.12 que orienta a minimização dos casos de reassentamento involuntário, diversos estudos e esforços foram realizados para reduzir o impacto de reassentamento no PLN. Assim, apesar de inicialmente o cadastro ter sido realizado prevendo um universo maior com possibilidade de afetação, após os estudos e ajustes foram criadas 3 categorias de afetação, quais sejam: Tabela 7: Tipos de afetação: Tipo Definição Imóveis com afetação total Imóveis localizados na área de intervenção e com condicionantes para o reassentamento permanente, pois seu imóvel terá afetação total. Imóveis com afetação parcial Imóveis localizados na área de intervenção, porém que tem afetação de somente parte do imóvel que garanta condições de permanência na área após a realização de ajustes identificados, sem resultar no deslocamento da família residente. Vale ressaltar que cada imóvel requer uma solução individualizada. Imóveis não afetados Imóveis localizados na área de intervenção, cadastrados ou selados inicialmente, porém após a definição e estudos não serão diretamente afetados, ou seja, seus imóveis não serão afetados. Importante: Nos imóveis com afetação parcial identificados com padrão construtivo “Abaixo do Mínimo” e “Mínimo”, a equipe de engenharia do PLN analisará as condições de habitabilidade da parte remanescente da afetação, e caso seja necessário, o mesmo poderá ser convertido em afetação total. Serão considerados afetados diretos: famílias ou imóveis atingidos pelas intervenções do PLN. Todos os moradores das áreas de afetação, exceto o proprietário não morador. Serão considerados afetados indiretos: proprietários e posseiros não moradores dos imóveis afetados pelas intervenções do PLN. 62 3. POLÍTICA DE ATENDIMENTO A Política de Atendimento e de Compensação do PRI visa oferecer soluções ou opções de atendimento diferenciadas que possibilitem a recuperação ou melhoria da qualidade de vida, da capacidade produtiva, compensando ao máximo as perdas ocasionadas pelo reassentamento involuntário. A Prefeitura Municipal de Teresina desenvolveu a política de compensação de modo a buscar: • A reposição das moradias que estão situadas no território requerido pelas intervenções a serem realizadas; • A manutenção das atividades econômicas instaladas no território requerido, na perspectiva de evitar criação de passivo social manifestado no desaparecimento de postos de trabalho/atividades de subsistência desenvolvidas nos imóveis que deverão ser desapropriados em virtude da poligonal de afetação. O conjunto de soluções e critérios expostos a seguir foi construído em conformidade com a O.P 4.12, a qual constitui, juntamente com as boas práticas do BIRD e da PMT, referência básica para elaboração deste documento. 3.1. FORMAS DE COMPENSAÇÃO Foram adotados mecanismos de negociação, como alternativas disponibilizadas pelo PLN na promoção das negociações para aquisição de áreas, reassentamento da população e atividades econômicas instaladas nas áreas afetadas pelo PLN, além do Direito de Preempção detalhados a seguir: Tabela 8: Solução Tipo de Uso Descrição Público/ Tipo de Afetação Indenização Uso A compensação por indenização de imóveis de uso Este tipo de compensação é Residencial residencial é baseada em laudo de avaliação imobiliária disponibilizado para: elaborado por equipe técnica utilizando da metodologia 1. Proprietários12 de Imóveis A indenização é a descrita no Anexo I. regularizados remuneração Nesta opção as famílias são compensadas através de 2 Posseiros/ Ocupantes/ paga ao justa e prévia indenização em dinheiro que assegurem Detentores13 beneficiário que a aquisição de outra moradia, no mínimo, nas mesmas sofre um condições da morada de origem, quando esta tiver as procedimento mínimas condições de habitabilidade e quando o Para casos de Afetação total: desapropriatório/ reassentamento em residencial não seja adequado Pagamento de créditos reassentamento como forma de compensação; as famílias, 12 Segundo dados do cadastro sócio imobiliário de 2014, 68% dos imóveis não possuíam comprovante de titularidade do terreno. Esses dados estão sujeitos à confirmação quando dos atendimentos individualizados realizados na Unidade de Projeto Socioambiental, durante o processo de negociação. Neste estágio, as famílias podem apresentar documentação comprobatória de titularidade ou posse dos imóveis afetados. 13Para casos de posseiros e ocupantes/detentores (sem comprovação de titularidade) será aplicado o valor de 70% do valor da porção não edificada terreno. O valor da avaliação para compensação deverá ser suficiente para recompor satisfatoriamente os bens desapropriados ou perdidos em virtude do reassentamento ou afetações parciais na área do Programa. Assim os valores de avaliação deverão ser negociados e reavaliados para melhor recomposição das condições de vida e meios de subsistência. 63 sobre seu imóvel. automaticamente, elegíveis para este tipo de indenizatórios com base no laudo A desapropriação atendimento são as que possuem imóveis com de avaliação. por necessidade avaliação acima de R$ 77.000,00 (Valor de Referência ou utilidade do Reassentamento Monitorado) pública está Para casos de Afetação total Todas as benfeitorias identificadas são contabilizadas e prevista no art. 5º, Afetação Parcial: Pagamento de o valor do m2 é atualizado anualmente. XXIV da créditos indenizatórios com base Constituição A última atualização nos valores do m2 foi realizada em no laudo de avaliação elaborado brasileira de janeiro de 2019. dentro dos critérios de reposição 1988(CF/88). da parcela afetada. O PLN prevê a possibilidade de indenização monetária A indenização em aos proprietários, posseiros e detentores de imóveis dinheiro será paga regularizados e não regularizados, independente dos em parcela única, valores de avaliação dos imóveis, garantindo a de valor liberdade de escolha da família pela opção que mais lhe previamente convier. acordado em Termo de Ajuste, Vale destacar que o valor é calculado para custo de definido por meio reposição de todas as perdas e que os custos de da avaliação transação são incorporados à compensação. Não há imobiliária, valor máximo definido para esta compensação. Cada benfeitorias e caso é avaliado conforme as benfeitorias/ padrão meios de vida construtivo e metodologia definida no Anexo I definida com base na metodologia Uso Misto / Em casos de uso misto ou comercial a compensação por Este tipo de compensação é descrita no Anexo Uso Comercial indenização inclui a avaliação do imóvel afetado e das disponibilizado para: I, aprovada pela atividades econômicas / produtivas/ culturais/ 1. Proprietários de Imóveis equipe técnica do religiosas ou tradicionais identificadas. regularizados PLN. Aplica-se para cada uso uma compensação, ou seja, 2 Posseiros/ Ocupantes/ uma parcela referente ao uso residencial e outra Detentores parcela referente ao uso comercial e atividades econômicas/ produtivas/ culturais/ religiosas ou Afetação total: Pagamento de tradicionais identificadas. créditos indenizatórios com base no laudo de avaliação, além dos A compensação financeira terá como base a avaliação ativos da atividade produtiva, de da atividade exercida, independentemente de sua forma a garantir a reposição das condição de formalidade, permitindo que as pessoas perdas e do imóvel. afetadas possam dar continuidade a atividade inicial ou convertê-la conforme seus interesses. Para isto será elaborado um Laudo de Avaliação conforme descrito no item 5.3.e poderá ser ajustada Afetação Parcial: Pagamento de para contemplar atividades produtivas não créditos indenizatórios com base contempladas Norma da NBR 14653-1;2001 no laudo de avaliação elaborado Todos os ativos identificados serão considerados na dentro dos critérios de reposição avaliação e a compensação deverá ser suficiente para da parcela afetada do imóvel reinstalação dos meios de vida. Assim a compensação e/ou negócio. inclui compensação das perdas de benfeitoria física/ produção e também perdas ocasionas no período de reinstalação da atividade. Vale destacar que o valor é calculado para custo de reposição de todas as perdas e que os custos de 64 transação são incorporados à compensação. Não há valor máximo definido para esta compensação. Cada caso é avaliado conforme as benfeitorias/ padrão construtivo e tipo de atividade desenvolvida no imóvel Além da compensação o PLN ofertará aos afetados de uso misto e comercial: i) Atividades de assistência técnica e capacitação; ii) Apoio para inserção em outras atividades laborais através de cursos de requalificação laboral; iii) encaminhamento para programas e projetos desenvolvidos pela PMT. A equipe técnica do PLN fará o monitoramento das famílias com atividades econômicas, produtivas ou tradicionais (domésticas ou comerciais), com vistas a verificar a reinstalação das atividades e dos meios de vida. Uso Nesta modalidade a família busca no mercado Reassentamento Este tipo de compensação é Residencial imobiliário uma nova moradia, que é adquirida com disponibilizado para: Monitorado valor pago pela PMT como compensação. Nesta opção, os imóveis avaliados em até R$ 77.000,00 terão como 1. Proprietários de Imóveis Constitui-se como referência para aquisição do novo imóvel o valor regularizados uma solução de estabelecido para a unidade habitacional de R$ compra assistida 2 Posseiros ocupantes/ 77.000,00. O Valor tem como base o definido pelo de imóvel, Detentores ocupantes PMCMV para a região. possibilitando a recomposição da Esta opção atende, principalmente, às famílias que moradia com possuem imóvel avaliado com valores insuficientes para Esta opção é ofertada para casos padrão aquisição de casa, minimamente habitável e que o de afetação total construtivo similar reassentamento em residencial não atende as ou superior ao necessidades da família inicial. A opção do reassentamento monitorado, realizado por meio do pagamento de crédito indenizatório, está condicionada ao imóvel adquirido estar localizado no município de Teresina e a emissão de parecer favorável às condições de habitabilidade (incluindo a validação que o imóvel é passível de regularização fundiária) pelo setor de engenharia do PLN. Uso Misto Para os casos de imóveis de uso Misto, em que o ocupante opte pelo Reassentamento Monitorado, a equipe do PLN orientará a busca de uma Unidade Habitacional que tenha condições de reinstalação das atividades econômicas/ produtivas ou culturais realizadas anteriormente, tanto condições de infraestrutura, quanto de permissão de realização de atividades desta natureza. Além da compensação o PLN ofertará aos afetados de uso misto e comercial: i) Atividades de assistência técnica e capacitação; ii) Apoio para inserção em outras atividades laborais através de cursos de requalificação 65 laboral; iii) encaminhamento para programas e projetos desenvolvidos pela PMT. A equipe técnica do PLN fará o monitoramento das famílias com atividades produtivas ou culturais, com vistas a verificar a reinstalação das atividades e dos meios de vida. Reassentamento Uso A compensação com oferta de unidade em Residencial Este tipo de compensação é em Residencial do Residencial construído pelo PLN de imóveis de uso residencial e disponibilizado para: PLN – Parque ofertada em duas tipologias. 1. Proprietários de Imóveis Brasil 1. Tipo 1 – Casa térrea composta por 2 quartos, regularizados Se constitui na sala, cozinha, banheiro e área de serviço 2. Posseiros / Detentores oferta de 1 (uma) totalizando 48,00 m2. unidade 2. Tipo 2 – Apartamento composto por 2 3. Famílias coabitantes de habitacional, quartos, sala, cozinha, banheiro e área de imóveis afetados construída no serviço totalizando 48,00m2, em prédio de 3 âmbito do PLN – andares. localizada no Tipo de Afetação Parque Brasil, disponibilizadas Esta opção é ofertada para casos em 3 tipologias – Uso Misto Para casos de uso misto a compensação de de afetação total do imóvel Casa térrea, Casa Reassentamento no Residencial oferta uma unidade principal ou de benfeitorias no térrea com área habitacional com padrão diferenciado: terreno onde vivam famílias para comercio e coabitantes. Tipo 3 – Casa térrea, com área de 48,00 m2 Apartamento14 composta por 2 quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, e com espaço destinado à construção de ponto comercial, com área de 33,00m², totalizando 81,00 m2. Nestes casos, o valor referente ao uso comercial e atividades econômicas, constante em laudo de avaliação, será acrescido à compensação de Reassentamento em Residencial, na forma de indenização pecuniária. Além da compensação o PLN ofertará aos afetados de uso misto e comercial: i) Atividades de assistência técnica e capacitação; ii) Apoio para inserção em outras atividades laborais através de cursos de requalificação laboral; iii) encaminhamento para programas e projetos desenvolvidos pela PMT. A equipe técnica do PLN fará o monitoramento das famílias com atividades produtivas, culturais ou 14 As unidades habitacionais do Parque Brasil serão distribuídas com vistas a garantir a manutenção dos vínculos e laços sociais e familiares (para aqueles que desejarem), além de atender requisitos como acessibilidade – distribuindo casas térreas para famílias com pessoas idosas e com deficiência, além de garantir oferta com área maior e com possibilidade de uso misto para aqueles que desenvolvem atividades econômicas. 66 tradicionais, com vistas a verificar a reinstalação das atividades e dos meios de vida. Relocação Uso Considerando que as unidades habitacionais produzidas Este tipo de compensação é Temporária- Residencial / pelo PLN ainda não se encontram disponíveis para disponibilizado para: Aluguel Social Uso Misto reassentamento, será necessária a solução de relocação através de “Aluguel Social Temporário”. 4. Proprietários/Posseiros Consiste no Ocupantes de imóveis pagamento O valor do “Aluguel Social Temporário” a ser adotado totalmente afetados mensalmente à foi classificado em função do valor de avaliação do optantes pelo família optante imóvel em que a família reside. Os valores de aluguel Residencial PLN pelo residencial são organizados em 3 faixas: do PLN para que possa alugar um 1. Faixa 1 – Aluguel Social de R$ 300, 00 – Para imóveis avaliados até R$ 30 mil reais Tipo de Afetação imóvel pelo período 2. Faixa 2 – Aluguel Social de R$ 400,00 – Para Esta opção é ofertada para casos necessário até sua imóveis avaliados entre R$ 30, 01 até R$ 77 de afetação total do imóvel, em relocação mil reais que as unidades habitacionais do definitiva. 3. Faixa 3 – Aluguel Social de R$ 700, 00 – Para residencial não estejam imóveis avaliados acima de R$ 77 mil reais disponibilizados para os optantes. (O valor da compensação teve como base a média dos aluguéis na região) A Prefeitura também responsabilizar-se-á pelo pagamento das despesas de mudança das famílias. Compensação por Residencial/ Esta alternativa aplica-se aos casos de afetação parcial Este tipo de compensação é Serviço dos imóveis, onde será negociado, com o proprietário/ disponibilizado para: Misto/Comerc posseiro/detentor, a compensação da área afetada, por ial 1. Proprietários de Imóveis serviços necessários à melhoria das condições de regularizados Consiste na oferta habitabilidade do imóvel, de acordo com sua de permuta por necessidade e conveniência, até o limite do valor 2. Posseiros/ Ocupantes/ serviços, no valor relativo a sua avaliação das perdas. Detentores referente ao Tipo de Afetação pagamento da indenização da Esta opção é ofertada para casos afetação parcial, de afetação parcial direcionados para recomposição e/ou a melhoria das condições sanitárias do imóvel (incluindo banheiro, cozinha e área de serviços). 67 Auxílio Moradia Uso Os imóveis de uso residencial ocupados por inquilinos, Este tipo de compensação é Residencial famílias coabitantes ou cedidos, podem ser atendidos disponibilizado para: com auxílio moradia que consiste no pagamento de 1. Inquilinos Consiste no compensação no valor que visa garantir a manutenção pagamento de de até doze meses de aluguel da família afetada. 2. Cedidos compensação (O valor da compensação teve como base a média dos 3. Famílias Coabitantes para manutenção aluguéis na região e é de R$ 6.222,6715 atualizado de até doze meses anualmente) de aluguel da família afetada. O serviço de transporte dos pertences será custeado Tipo de Afetação pelo PLN (através da disponibilização de caminhões Esta opção é ofertada para casos quantos forem necessários), sem quaisquer ônus para de afetação total do imóvel onde as famílias afetadas. o proprietário recebe a compensação principal e o As famílias coabitantes que optarem pelo auxílio ocupante (inquilino, cedido ou moradia não farão jus a unidade habitacional em coabitante) recebe compensação residencial. para alugar outro imóvel. Nos casos em que for identificada situação de vulnerabilidade das famílias em situação de inquilinato, para além do auxílio moradia, será realizado o encaminhamento à rede sócio assistencial do Município. Reassentamento Uso Esta modalidade se aplica a situações bastantes Este tipo de compensação é Cruzado Residencial/ especificas, pois só é possível quando determinada disponibilizado para: Misto/ ocupante ou família de imóvel localizado em área Consiste na 1. Proprietários de Imóveis Comercial afetada negocia permuta com imóvel em área não permuta entre regularizados afetada ou seja, a família afetada passa a residir na imóveis moradia da não afetada e a não afetada se engaja no 2. Posseiros/ Ocupantes/ localizados em programa de reassentamento dentro das modalidades Detentores áreas de afetação ofertadas. com imóveis localizados em A inclusão desta opção de compensação visa atender áreas não principalmente a casos de uso misto e famílias afetadas vulneráveis – buscando manutenção dos vínculos com Tipo de Afetação o território e/ou comunitários-familiares. Esta opção é ofertada para casos Neste sentido cada caso é analisado e receberá um de afetação total do imóvel. parecer técnico para sua validação Reassentamento Uso Em geral os reassentamentos são realizados por frente Este tipo de compensação é Prioritário Residencial/ de obras. Esta opção foi incorporada às compensações disponibilizado para: Misto/ com vistas a possibilitar o atendimento antecipado em Consiste na 1. Proprietários de Imóveis Comercial casos de extrema vulnerabilidade social e/ou risco. As antecipação do regularizados opções ofertadas serão as mesmas já descritas reassentamento anteriormente, caso será analisado e receberá parecer 2. Posseiros/ Ocupantes/ em casos de técnico para sua validação. Detentores 15 Valor atualizado em janeiro de 2020 68 vulnerabilidade Entende-se como famílias vulneráveis: 3. Famílias coabitantes de e/ou risco imóveis afetados ● Famílias residentes na área de afetação com renda mensal per capta igual ou inferior a 1/2 4. Inquilinos e cedidos do salário mínimo nacional; e Em especial famílias vulneráveis ● que residam em moradia em condições precárias de habitabilidade/risco. Tipo de Afetação Serão considerados famílias em situação de extrema Esta opção é ofertada para casos vulnerabilidade as famílias nas condições citadas acima de afetação total do imóvel. e que apresentem as seguintes características: ● Ter a mulher como chefe de família, ou seja, responsável pela renda familiar; ● Ter idoso acima de 60 anos ou pessoas com deficiência, na família; ● Possuir renda familiar per capita igual ou inferior a ¼ de salário mínimo. ● Casos de violência doméstica – contra mulher, criança, adolescente, idosos ou pessoas com deficiência. ● Estar em área considerada de risco de inundação definidas em Decreto de Situação de Emergência. A seleção da localização dos imóveis/opções de reassentamento levará em consideração as demandas de acessibilidade, vulnerabilidade, manutenção de vínculos familiares e de vizinhanças e modo de vida (atividade de subsistência) das famílias. Além do atendimento com a compensação pelo reassentamento as famílias vulneráveis serão acompanhadas pela equipe social da UPS que realizará os encaminhamento e tratativas para o atendimento pela rede sócio assistencial da PMT. Tabela 9: Quadro resumo de opções de compensação, tipos de uso e afetação Tipo de Uso Compensação Afetação Público Uso Residencial Indenização Total e Parcial Proprietários, posseiros e detentores Reassentamento Monitorado Total Proprietários, posseiros e detentores Reassentamento em Residencial do PLN – Total Proprietários, posseiros, detentores; Parque Brasil famílias coabitantes Relocação Temporária – Aluguel Social Total Para optantes pelo Parque Brasil Compensação por Serviço Parcial Proprietários, posseiros e detentores Auxílio Moradia Total Inquilinos, cedidos e famílias coabitantes Reassentamento Cruzado Total e Parcial Proprietários, posseiros e detentores e famílias coabitantes Reassentamento Antecipado Total Todos 69 * casos de vulnerabilidade Uso Misto Indenização Total e Parcial Proprietários, posseiros e detentores Reassentamento Monitorado Total Proprietários, posseiros e detentores Reassentamento em Residencial do PLN – Total Proprietários, posseiros, detentores; Parque Brasil famílias coabitantes Relocação Temporária – Aluguel Social Total Para optantes pelo Parque Brasil Compensação por Serviço Parcial Proprietários, posseiros e detentores Auxílio Moradia Total Inquilinos, cedidos e famílias coabitantes Reassentamento Cruzado Total e Parcial Proprietários, posseiros e detentores e famílias coabitantes Uso Comercial Indenização Total e Parcial Proprietários, posseiros e detentores Compensação por Serviço Parcial Proprietários, posseiros e detentores Reassentamento Cruzado Total e Parcial Proprietários, posseiros e detentores e famílias coabitantes Sem Uso (Terreno Indenização Total e Parcial Proprietários, posseiros e detentores sem benfeitorias) 3.1.1 Número de Soluções a serem disponibilizadas – Metas de Suprimento Com base na estimativa de soluções requeridas constante na tabela abaixo, foi elaborado o dimensionamento das “Metas de Suprimento” de cada solução proposta para fins de previsão orçamentária deste PRI, descrita na tabela a seguir. Tabela 10: Metas de soluções a serem providas. Residencial Reassentamento Residencial Indenização/ Indenizações PLN Auxílio Total Monitorado PLN/ Aluguel Compensação (Coabitante) Moradia Social por serviço Frente 2 - Lagoa 26 0 2 0 55 11 94 São Joaquim Frente 3 – Lagoa 53 36 11 4 16 13 133 Oleiros/Piçarreira Total 79 36 13 4 71 24 227 Ressalta-se que a estimativa acima mencionada se refere à possibilidade de atendimento das soluções conforme as formas de compensação ofertadas por este plano. A materialização das soluções pode-se apresentar de maneira diferenciada, uma vez que a opção é escolhida pela família no processo de negociação. Além das soluções descritas na tabela acima, para todas as famílias a serem reassentadas em residencial do PLN tem-se ainda o benefício do Aluguel Social Temporário, o qual deverá perdurar durante o intervalo de tempo entre a saída das famílias de suas casas até o seu reassentamento no conjunto habitacional. Para fins de estimativa de custos deste PRI foi adotado uma previsão de pagamento de aluguel social 70 temporário por um período de até 12 meses, haja vista que as unidades do Residencial devem ser disponibilizada em 2020. 3.1.2. Compensação de perdas relacionadas a meios de vida (atividades econômicas, produtivas, culturais ou tradicionais) As principais ações previstas para reparar as perdas relativas aos meios de vida serão: (i) A compensação financeira com acompanhamento técnico, especialmente a de caráter indenizatório: A compensação financeira terá como base a avaliação da atividade exercida, independente de sua condição de regularidade, permitindo que as pessoas afetadas possam dar continuidade a atividade produtiva inicial ou convertê-la conforme seus interesses. Para isto será elaborado um Laudo de Avaliação conforme as normas da NBR 14653-1 ;2001 para as atividades econômicas exercidas nos imóveis mistos (residencial e comercial) e para as atividades produtivas não contempladas na norma, a metodologia será ajustada afim de contemplar diferentes tipos de negócios identificado na área (comerciais ou domésticos). Todos os ativos identificados serão considerados na avaliação. O método final utilizado será descrito nos relatórios de implementação do PRI. No anexo 2 está disponível o exemplo do método aplicado para a Piscicultura Semi Intensiva em Viveiros Escavados. A metodologia de avaliação das perdas está descrita no item 5.3 deste documento. A equipe técnica do PLN deverá prestar acompanhamento técnico social às famílias com atividades econômicas ou tradicionais (domésticas ou comerciais), para fins de monitoramento da capacidade de manutenção dos meios de subsistência destas famílias . (ii) Atividades de assistência técnica e capacitação: O PLN oferece em parceria com órgãos da municipalidade e outros órgãos afins às questões de desenvolvimento econômico e social, acompanhamento técnico sistemático e cursos de capacitação voltados à melhoria da produção, planejamento, administração e comercialização. O PLN poderá também fornecer equipamentos e insumos para as atividades de caráter coletivo, a exemplo do ocorrido com permissionários do Mercado Rui Barbosa, no bairro São Joaquim, e os horticultores da Fase 1 do PLN. (iii) As ações de apoio à inserção das pessoas afetadas economicamente em outras atividades através de cursos de requalificação laboral: O PLN disponibiliza cursos profissionalizantes, conforme a livre escolha e manifestação expressa das pessoas afetadas em suas atividades econômicas tradicionais e considerando principalmente o grau de instrução e a aptidão. Para tanto, serão realizadas consultas individuais para levantamento de demandas e o tipo de qualificação mais adequada para cada um. Os cursos são fornecidos em parcerias do PLN com órgãos da administração pública direta como, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico – SEMDEC, a Fundação Wall Ferraz, Secretaria Municipal de Economia Solidária de Teresina – SEMEST, e outras instituições de natureza pública ou privada. 71 (iv) O encaminhamento a programas assistenciais desenvolvidos pela PMT: O PLN presta apoio e encaminhamento às famílias atendidas para as demais políticas intersetoriais, objetivando o acesso e manutenção de serviços e benefícios, conforme legislação nacional vigente, em especial para a Política Nacional de Assistência Social, Saúde e Educação. Assim as famílias são encaminhadas para os Centros de Referência da Assistência Social – CRAS, ao Programa Estratégia de Saúde da Família, à rede de ensino fundamental em articulação com a Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas – SEMCASPI, Fundação Municipal de Saúde – FMS, Secretaria Municipal de Educação e Cultura – SEMEC, Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres, dentre outras. 3.2. AVALIAÇÃO E COMPENSAÇÃO POR PERDAS Junto ao levantamento socioeconômico, realizado em todas as residências na área de abrangência do projeto, foram vistoriados os itens determinados pela NBR 14653-2. Esses itens caracterizam a região, o terreno, as benfeitorias de um imóvel, sendo que estes atributos são utilizados para caracterizar e avaliar o valor do imóvel. Para adequada avaliação dos imóveis, a metodologia utilizada foi o método evolutivo, conforme preconizado na NBR 14653-116, onde se obtém o valor do somatório de todos os itens que compõe a avaliação do imóvel. Como o objetivo é obter o valor de mercado, também deve ser levantado o fator de comercialização que correlaciona o somatório desses valores, com o valor atual de mercado. A composição total do imóvel avaliado se dá pelo valor do terreno (VT) somado ao valor das benfeitorias (VB), e multiplicados por um fator de comercialização (FC). A benfeitoria teve seu custo levantado pelo método comparativo direto de custo, uma vez que devido à grande quantidade de imóveis a serem avaliados torna-se quase impossível a precificação individual de cada imóvel. Neste método foram definidos cinco padrões representativos para a região de moradia, quais sejam: normal, normal/baixo, baixo, mínimo e abaixo do mínimo. Para cada padrão construtivo foram projetadas residências típicas e estas orçadas de acordo com valores do SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil17 , gerando um valor médio por m² para cada tipo. Posteriormente a área de cada residência avaliada é multiplicada por esse valor médio unitário gerando o Valor da Benfeitoria (VB). Ainda para complementar a avaliação dos imóveis, durante o levantamento cadastral foram consideradas benfeitorias como portões, muros e galpões dependendo do tipo do imóvel. O fator de comercialização relaciona o valor teórico do imóvel (VT+VB), estimado de acordo com sua tipologia e área construída, com o seu correspondente valor no mercado, aproximando assim, o valor teórico à realidade mercadológica da região. O fator de comercialização é obtido a partir da média das 16 As normas e índices de atualização utilizadas pelo PLN são os utilizados oficialmente em todo Brasil e em Teresina para processos de desapropriação/avaliação de imóveis. Os índices têm atualização periódicas anuais. 17 O SINAPI é um sistema nacional. Os preços de insumos e custos de composição do SINAPI são coletados pelo IBGE, que realiza o tratamento dos dados e a formação dos índices e disponibilizados pela Caixa, que realiza a especificação de insumos, composições de serviços e orçamentos de referência. 72 razões entre preços anunciados de imóveis à venda (pesquisa de mercado) com os valores teóricos estimados.18 Isso quer dizer que a estimativa do valor unitários dos terrenos19 afetados (R$/m2) corresponde com o que é praticado na compra e venda de terrenos na região. Para parcela do terreno com construção e/ou titularidade comprovada (VT), o valor do metro quadrado (R$/m²) é 100% daquele obtido por comparação com o mercado. Na tabela abaixo, é possível observar o valor médio praticado na execução do PRI 1. Tabela 11. Valor médio unitário dos terrenos praticados no PRI 1. Valor Médio Unitário do Terreno (R$/m²) Valor Unitário do Terreno praticados do PRI 1 (R$/m²) Valor unitário do terreno 172,29 PRI 1 (fev/2014-dez/2018) Valor unitário do terreno 196,21 PRI 1 (jan/2019-atualmente) Nos casos em que o imóvel não dispõe de comprovante de titularidade, considera-se um abatimento de 30% sobre o valor da porção não edificada do terreno afetado. Em conformidade com a Política de Reassentamento do Banco Mundial não são considerados depreciações sobre as benfeitorias do imóvel sendo aplicado o valor de “construção nova20. Em relação às melhorias no imóvel após selagem - e havendo solicitação por parte dos afetados - a equipe de engenharia realiza nova vistoria e, caso represente elevação no padrão construtivo, o valor avaliado é retificado para atender à nova realidade. No tocante ao acréscimo de benfeitorias, ocorre também retificação do laudo de avaliação baseado nas informações coletadas nas novas vistorias. As atualizações são realizadas pela Comissão de Avaliação composto por engenheiros e arquitetos da PMT ou por avaliador/perito contratado na condição de consultor do Programa. Além disso, cabe destacar que todas as avaliações são feitas de maneira individualizada e levam em consideração as características próprias de cada imóvel que podem ser diferentes entre si (área afetada do terreno, área de construção, padrão construtivo, e existência de outras benfeitorias). Enfim, o valor final avaliado para um imóvel em questão não está diretamente relacionado com o valor encontrado para o seu vizinho e sim com suas características próprias. Por recomendação da PMT, para imóveis com valor de avaliação inferior a R$ 2.544,50 (dois mil 18 Poderá haver variações no fator de comercialização, a depender da região onde se localiza o imóvel. 19 O valor unitário do terreno foi obtido indiretamente a partir de pesquisas de mercado, sendo que do preço de venda anunciado descontava-se a parcela referente à edificação – que por sua vez teve o seu valor obtido a partir do preço unitário de padrões construtivos concebidos com itens da tabela SINAPI. De posse de diversos valores unitários de terreno, fez-se a média e, então, obteve-se um valor único para o preço da terra. Os valores praticados poderão ser atualizados periodicamente, uma vez ao ano. 20 O valor da avaliação para compensação deverá ser suficiente para recompor satisfatoriamente os bens desapropriados ou perdidos em virtude do reassentamento ou afetações parciais na área do Programa. Assim os valores de avaliação poderão ser negociados e reavaliados para melhor recomposição das condições de vida e meios de subsistência. 73 quinhentos e quarenta e quatro reais e cinquenta centavos), o valor considerado deve ser fixado justamente em R$ 2.544,50 (dois mil quinhentos e quarenta e quatro reais e cinquenta centavos) – adotando esse valor como piso mínimo de avaliação – uma vez que esta é a referência da prefeitura para reconstrução emergencial de imóveis de taipa (padrão construtivo denominado “abaixo do mínimo”). Nesse sentido, cabe destacar então que o Programa de Reassentamento Involuntário adotado pela Prefeitura Municipal de Teresina compensa todas as perdas físicas e econômicas enfrentadas pelas pessoas afetadas a custos de reposição. Eles cobrem as perdas de terras, a melhoria das terras dos ativos produtivos (como culturas anuais e perenes). Para garantir que esses ativos sejam compensados pelos custos de reposição, a metodologia usada para avaliação dos ativos afetados não considera depreciação, em conformidade com a Política de Reassentamento do Banco Mundial, conforme já informado anteriormente. As estimativas do valor da compensação foram estabelecidas para cada padrão construtivo21 (normal, normal/baixo, baixo, mínimo e abaixo do mínimo), permitindo valores médios padronizados por metro quadrado. A área construída de cada imóvel afetado é multiplicada por esse valor médio, gerando o valor total a ser pago pela área edificada do imóvel em avaliação. É importante frisar que o valor de cada padrão de referência foi orçado como construção “NOVA”, sem considerar quaisquer depreciações em função dos desgastes ou deteriorações naturais que ocorrem ao longo do tempo. Além disso, ao não se identificar um padrão predominante, por exemplo, imóveis com cômodos com padrões construtivos diferentes, adotar-se-á mais de um padrão para o mesmo imóvel. Neste caso, cada cômodo será avaliado de acordo com o padrão identificado. Assim, o valor total edificado será o somatório da avaliação de cada cômodo. Na tabela a seguir, é possível observar o valor médio praticado na execução do PRI 1. Tabela 12. Valor médio dos padrões construtivos praticados no PRI 1. Valor do m2 das áreas Valor do m2 das áreas Padrão Construtivo Código construídas (fev/2014- construídas (R$/m2) dez/2018) PRI 1 (jan/2019-atualmente) Normal N 885,03 1.234,06 Normal/baixo Nb 832,74 1.229,17 Baixo B 584,46 748,72 Mínimo M 280,51 301,26 Abaixo do mínimo Mt 16,29 25,29 Muro - 67,06 69,15 Portão metálico - 147,89 229,50 Galpão - 588,91 666,10 21 Os valores praticados serão atualizados periodicamente, conforme planilha SINAPI, conforme a variação dos preços do mercado, com data base de janeiro do ano vigente. 74 Para avaliação de atividades econômicas e imóveis de uso misto o Programa tem basicamente duas abordagens: i) A primeira abordagem diz respeito a avaliação de negócios /atividades formais regularizadas: Nos casos onde os imóveis afetados identificados como exclusivamente comerciais ou mistos, e a atividade econômica possua fluxo de caixa definido em instrumento contábil (com registro em órgão competente) a norma geral para avaliação será correspondente ao método de custo comparativo NBR 14653-1 e NBR 14653-2 somado ao estudo econômico, incluído nesses casos o lucro cessante da produção ou serviço. ii) A segunda abordagem diz respeito a avaliação de negócios / atividades não formais Dada a impossibilidade de avaliar negócios não formais com base em registro de livro caixa ou faturamento regularmente informado, o PLN adotou a metodologia de aplicar compensação sobre o valor do m2 da área do imóvel utilizada para a atividade produtiva. Para avaliação do espaço comercial e de uso misto (residencial e comercial) o valor do metro quadrado da construção será acrescido de 50% na área da atividade econômica. Ou seja, a parte usada comercialmente é compensada em 150% do valor avaliado. Com esse critério, busca-se mitigar os custos da realocação do comércio existente. Assim como a avaliação das benfeitorias do imóvel, também para área do imóvel considerada de uso misto ou comercial não incide nenhuma depreciação, sendo considerada “construção nova”, dentro do padrão do construtivo correspondente. Em se tratando de avaliações dos imóveis com culturas anuais e perenes a metodologia definida NBR 14653-1 será ajustada para cada realidade/tipo de negócio22. Além da orientação geral, para avaliação de melhorias reprodutivas nomeadamente culturas anuais e perenes (domésticas ou comerciais), pastagens e áreas florestais, deve ser adotado um método de capitalização de renda para plantações comerciais perenes, nos termos do subitem 8.2 da ABNT-NBR 14653-3. No caso de configuração da atividade econômica de produção doméstica, o programa avalia o valor justo e suficiente para que o afetado possa recompor as suas condições antes estabelecidas. Além disso, será adotado um método de quantificação de custos para outras culturas. Há também algumas particularidades nos imóveis afetados que necessitam de avaliação específica, tendo assim que adequar a metodologia para reposição da atividade econômica exercida. Como exemplo, encontre no anexo 2 a avaliação para psicicultura semi-intensiva em viveiros escavados. A avaliação considerou o método da renda com base no item 8.2.3 da NBR – 14.653-2. Os ativos obedecem a um fluxo de caixa da atividade econômica desempenhada através da quantificação das receitas e despesas ao longo do tempo, contendo custos para implantação e operação de novos tanques. O Programa Lagoas do Norte reconhece que esse atendimento personalizado é igualmente necessário e será estendido a todas as famílias que desenvolvem atividades produtivas e culturais nas áreas afetadas, comercialmente ou para a sua subsistência, como o caso dos vazanteiros, oleiros, horticultores, artesãos 22 Em situações específicas poderá ser utilizado o Método Evolutivo modificado conforme Norma de Desapropriação 80-EG-000F-91-0001-VALEC. 75 e casas de culto religioso e outras práticas culturais. Havendo locais disponíveis na área requalificada, será estudada a possibilidade técnica e financeira de construir espaços individuais ou coletivos para o desenvolvimento de meios econômicos tradicionais de subsistência e atividades de natureza cultural, com efetivo acompanhamento técnico social viabilizando as condições de manutenção e fortalecimento das condições de vida, anteriormente exercidas. 3.3. COMPENSAÇÃO DE PERDAS IMATERIAIS E MEIOS DE VIDA REALIZADAS PELO PLN O PLN incorpora como Boas Práticas, no processo de reassentamento, o estudo e a implantação de alternativas de registro e fortalecimento de expressões culturais tradicionais, manifestações artísticas e atividades econômicas da região. Dentre os exemplos dessas ações realizadas é possível citar a reforma do Teatro do Boi, a reforma do Mercado Rui Barbosa, a construção participativa da Praça dos Orixás e requalificação do Parque Ambiental do Encontro dos Rios: • Teatro do Boi (Centro Integrado de Artes): fica localizado numa região que já teve altos índices de jovens em situação de risco na Zona Norte de Teresina. Na Fase 1 do Programa Lagoas do Norte, o Teatro foi objeto de intervenção, passando por uma grande reforma e ampliação de suas instalações, garantindo mais conforto, tanto para o público como para os artistas. Além disso, ganhou mais salas para ensaios, reforma da Biblioteca Fontes Ibiapina (um espaço anexo ao Teatro), mais salas para oficinas, café-bar, climatização, adaptação para a acessibilidade, dentre outras melhorias; Figura 15: Teatro do Boi – antes e depois da intervenção do PLN 76 • Mercado Rui Barbosa: mais conhecido como Mercado do São Joaquim, localiza-se no bairro de mesmo nome, na zona Norte de Teresina, teve suas instalações reformadas e ampliadas, contemplando a integração dos segmentos desenvolvidos no prédio, reabilitando as áreas sem função e a construindo uma nova praça de alimentação, com área de mesas e lanchonetes/restaurantes. A reforma do mercado público, dimensionado de acordo com os padrões e conceitos de funcionamento para esse tipo de equipamento, foi realizada com o objetivo de fortalecer o comércio local e ampliar o papel do mercado em seu contexto regional. A obra contempla também novos padrões de conforto térmico, acústico e ambiental, e o redimensionamento dos espaços dos diversos setores de comercialização, com base no programa de necessidades funcionais, atendendo às necessidades dos permissionários e permitindo novos usos. A parte externa do Mercado também foi recomposta, criando um espaço de convivência e de circulação para pedestres, integrando fisicamente todo o conjunto; Figura 16: Mercado Rui Barbosa – antes e depois • Praça dos Orixás: primeiro espaço público da capital piauiense em homenagem à cultura e às religiões de matriz africana, Umbanda e Candomblé. O espaço tem como objetivo resgatar, valorizar e celebrar a herança e a tradição dos antepassados negros que ajudaram a construir Teresina. A concepção participativa e inauguração do espaço são parte da segunda etapa do Programa Lagoas do Norte. A Praça dos Orixás é a terceira do país em homenagem à religião e à cultura de matriz africana. Em Teresina, há quase 500 terreiros, a maioria localizada na Zona Norte. Localizada na Rua Radialista Jim Borralho, área do Parque Lagoas do Norte, a praça conta com espaço para eventos, palco e estacionamento. Há ainda 13 esculturas, que representam dez orixás e três entidades da Umbanda. A praça, desde a sua concepção, foi construída em diálogo com os representantes dos povos de terreiro de Teresina, aproximando as religiões de matriz africana da sociedade e diminuindo o preconceito; “A Praça dos Orixás tem um objetivo principal, que é combater todo e qualquer tipo de preconceito. Ela aproximará as pessoas das religiões de matrizes africana. A partir do momento que há o conhecimento sobre a cultura e tradição de outros povos, passa a existir o respeito”, sintetiza o pai de santo Rondinele de Oxum. “Quando a Prefeitura cria um espaço como a Praça dos Orixás, é feito o reparo de uma exclusão histórica sofrida pelas religiões de matriz africana. Não há privilégio, é um meio de igualar em visibilidade essas religiões. É um 77 espaço aberto que enfatiza o direito de cultuar o sagrado do modo que cada um achar válido”, explica a gerente do Parque Lagoas do Norte.23 Figura 17: Praça dos Orixás • Parque Ambiental Encontro dos Rios: este parque consiste em um dos principais pontos turísticos da cidade, localizado no bairro Poti Velho. A reforma do espaço fez parte da segunda etapa do Programa Lagoas do Norte. A requalificação do espaço proporcionou não só um ambiente turístico de qualidade para os visitantes, como também trouxe melhorias para o comércio no local. Com o projeto de revitalização urbanística e paisagística da área, o parque ganhou uma reforma completa do pavilhão, incluindo novos pisos e coberturas, melhorias nas instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias e construção de novos banheiros públicos. O espaço também passou a contar com mais quatro quiosques, sendo um para informações turísticas e três para permissionários, além da reforma dos cinco já existentes; além de agregar equipamentos de lazer, como trilhas, passeios, playgrounds. Figura 18 23 Fonte: https://semplan.teresina.pi.gov.br/2017/11/08/em-homenagem-a-cultura-de-matriz-africana-praca-dos-orixas-sera- inaugurada-amanha/ 78 As ações de compensação para as perdas imateriais foram iniciadas ainda na primeira fase do Programa. Na fase atual as ações se concentram na identificação de práticas culturais entre os imóveis afetados e também pela contratação do Plano de Gestão para conservação da memória cultural de Teresina. 3.4. APOIO AO PROCESSO DE RELOCAÇÃO DAS FAMÍLIAS AFETADAS 3.4.1. Serviço de transporte dos pertences O serviço de transporte dos pertences de todas as famílias afetadas pelo programa será custeado pelo PLN. As despesas correspondem à prestação dos serviços e está incluída no componente 2, sub- componente 2.4. Essa prestação de serviços é realizada por meio da contratação de caminhões, disponíveis às famílias afetadas sem quaisquer ônus. As famílias também podem solicitar o transporte de materiais remanescentes da edificação, tais como: tijolos, portas, janelas, madeira, telhas e demais matérias específicos de cada imóvel. O processo de mudança de pertences é realizado mediante agendamento prévio com a família, em um único turno do dia, pela empresa contratada pelo PLN/SEMPLAN/PMT. A família pode solicitar apoio para organizar seus pertences (desmontar seus móveis, embalar os materiais). O prazo previsto para agendamento da mudança da família em termo de ajuste é de 15 dias úteis após o recebimento das indenizações, contudo este prazo poderá ser ampliado caso a família necessite de realizar melhorias no novo imóvel. Posterior a mudança de pertences e/ou material remanescente o responsável pelo imóvel assina o Termo de Liberação de área. 3.4.2 Custos de Transação Nenhum custo de transação será repassado às famílias. Caso haja custas ou taxas, estes deverão ser incorporados ao montante da compensação. Vale ressaltar que a legislação prevê isenção de taxas para fins de regularização fundiária de interesse social. As custas referentes a regularização fundiária das unidades habitacionais do Parque Brasil também serão custeadas pela PMT. A Prefeitura Municipal de Teresina possui na sua organização administrativa a Secretária Municipal de Desenvolvimento Urbano - SEMDUH, que tem como uma de suas especificidades a execução da regularização fundiária em áreas irregulares da municipalidade. A política habitacional do município elegeu a mulher como beneficiária principal do núcleo familiar, tendo esta a prerrogativa da titularidade do imóvel que habita. Cabe a equipe técnica social do PLN a orientação as famílias reassentadas sobre o processo de regularização dos imóveis. 3.4 ATENDIMENTO À POPULAÇÃO VULNERÁVEL Analisando o perfil da população localizada no território requerido pelo Programa, quer seja pelo resultado do cadastro, quer seja através dos atendimentos individualizados, pode-se concluir que se trata de família vulnerável. O Programa considera como vulneráveis famílias que tenham as seguintes especificidades: 79 ● Famílias residentes na área de afetação com renda mensal per capta igual ou inferior a 1/2 do salário mínimo nacional; e ● que residam em moradia em condições precárias de habitabilidade/risco. Serão considerados famílias em situação de extrema vulnerabilidade as famílias nas condições citadas acima e que apresentem as seguintes características: ● Ter a mulher como chefe de família, ou seja, responsável pela renda familiar; ● Ter idoso acima de 60 anos ou pessoas com deficiência, na família; ● Possuir renda familiar per capita igual ou inferior a ¼ de salário mínimo. ● Casos de violência doméstica – contra mulher, criança, adolescente, idosos ou pessoas com deficiência. ● Estar em área considerada de risco de inundação definidas em Decreto de Situação de Emergência O Programa, por meio da equipe social da UPS dará atenção e atuação interinstitucional para os casos de vulnerabilidade social que forem identificados, e buscarão estratégias de atendimentos para casos onde for identificada pessoas idosas e com deficiência na família, principalmente nos casos onde estes forem os responsáveis pelo imóvel, neste sentido, além do atendimento com a compensação pelo reassentamento as famílias vulneráveis serão acompanhadas pela equipe social da UPS que realizará os encaminhamento e tratativas para o atendimento pela rede socioassistencial da PMT. A seleção da localização dos imóveis/opções de reassentamento levará em consideração as demandas de acessibilidade, vulnerabilidade, manutenção de vínculos familiares e de vizinhanças e modo de vida (atividade de subsistência) das famílias. As unidades habitacionais disponibilizadas no Residencial do PLN são adaptadas para atender condições de acessibilidade, conforme Norma Técnica ABNT NRB9050. As unidades são adequadas para pessoas que apresentam restrição física com prejuízo da locomoção. Famílias com idosos e pessoas com deficiência terão preferência de escolha de unidades habitacionais térreas no Residencial do PLN. Para casos de Reassentamento Monitorado, a equipe que vistoria o imóvel observará as condições de atendimento das necessidades de acessibilidade e mobilidade. É valido ressaltar a importância do papel que as mulheres desempenham nas famílias pesquisadas exercendo uma chefia, que em geral, numa sociedade advinda do modelo patriarcal, não é o dominante. A PMT reconhece a importância do empoderamento feminino e o PLN deve fortalecer este público para que permaneçam exercendo essa função familiar, mas que sobretudo sejam fortalecidas, algo que inclusive já ocorre no Bairro Matadouro, área incluída no Programa, onde a Secretaria Municipal de Política Públicas para Mulheres desenvolve ações de relevância social, a exemplo do Projeto Amor de Tia. O programa, oferece atividades às crianças fora da idade escolar, filhos(as) de mulheres que sofreram violência doméstica. Este é um suporte importante para que estas mulheres possam trabalhar e sustentar suas famílias, mantendo sua chefia familiar. 80 Acrescido à política de empoderamento da mulher. A política habitacional do município elegeu a mulher, como beneficiária principal do núcleo familiar, tendo esta a prerrogativa de ter a titularidade do imóvel que habita, quando do processo de regularização. 4. MARCO LEGAL A Constituição Federal de 1988 previu no rol expresso dos direitos sociais, o direito à moradia como um direito e garantia fundamental, em seu art. 5º “são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.” O Plano de Reassentamento, ora proposto, está respaldado pela Constituição Federal, pelo Decreto-Lei nº 3365/41 e demais instrumentos normativos que disciplinam o processo de desapropriação e o reassentamento. Os instrumentos utilizados pelo Projeto encontram-se em conformidade com legislação vigente além de atender aos requisitos da salvaguarda Política Operacional 4.12 – Reassentamento Involuntário do Banco Mundial. Esta salvaguarda é acionada devido à necessidade de reassentar grupos populacionais situados em territórios requeridos para implantação das obras do Programa. Os quadros 1 e 2 a seguir apresentam o conjunto de instrumentos jurídicos federais e municipais e sua aplicabilidade ou aderência ao Projeto, com vistas a consubstanciar a fundamentação jurídica para atuação do Projeto, seja para atuação para o reassentamento, seja para garantir as formas de compensação. Na seção seguinte é apresentada a análise do marco legal nacional e municipal e as lacunas em relação a OP.4.12. 81 Tabela 13: Marco Legal Federal Marco Legal Descrição Aplicabilidade / Aderência 1 Constituição da Estabelece o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, Garante ao Poder Público República mediante justa e prévia indenização em dinheiro (Art. 5º, XXIV) e faculta ao Poder Público municipal, dentro da política possibilidade de desapropriar Federativa do de desenvolvimento urbano ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, garantir o bem-estar de imóveis Brasil 1988 seus habitantes e exigir que o proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: parcelamento ou edificação compulsórios; imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; e desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais (Art. 182, § 4º). 2 Decreto-lei nº Trata da Desapropriação por Utilidade Pública e considera casos de utilidade pública: a abertura, conservação e Garante ao Poder público 3365/1941 melhoramento de vias ou logradouros públicos; a execução de planos de urbanização; o parcelamento do solo, com possibilidade de desapropriar ou sem edificação, para sua melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a construção ou ampliação de distritos imóveis industriais; e os demais casos previstos por leis especiais. Declarada a utilidade pública, a desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se judicialmente, dentro de cinco anos, contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os quais este caducará. O poder público deverá notificar o proprietário e apresentar-lhe oferta de indenização. Essa notificação contém: cópia do ato de declaração de utilidade pública, planta ou descrição dos bens e suas confrontações; valor da oferta; informação de que o prazo para aceitar ou rejeitar a oferta é de 15 (quinze) dias e de que o silêncio será considerado rejeição. Aceita a oferta e realizado o pagamento, será lavrado acordo, o qual será título hábil para a transcrição no registro de imóveis. Rejeitada a oferta, ou transcorrido o prazo sem manifestação, o poder público recorrerá à via judicial. Há a possibilidade de opção pela mediação (Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015) ou pela via arbitral (Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996), em que o particular indicará um dos órgãos ou instituições especializadas em mediação ou arbitragem previamente cadastrados pelo órgão responsável pela desapropriação. Ao despachar a inicial do processo judicial, o juiz designará um perito de sua livre escolha, sempre que possível, técnico, para proceder à avaliação dos bens. O autor e o réu também poderão indicar assistente técnico do perito. Se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada, o juiz mandará imiti-lo provisoriamente na posse dos bens, que será registrada no registro de imóveis competente. 3 Lei nº 4132/1962 Define os casos de desapropriação por interesse social e dispõe sobre sua aplicação. A desapropriação por interesse Garante ao Poder público social será decretada para promover a justa distribuição da propriedade ou condicionar o seu uso ao bem-estar social, possibilidade de desapropriar na forma do art. 147 da Constituição Federal. Considera-se de interesse social: (I) o aproveitamento de todo bem imóveis. improdutivo ou explorado sem correspondência com as necessidades de habitação, trabalho e consumo dos centros de população a que deve ou possa suprir por seu destino econômico;[1] (II) o estabelecimento e a manutenção de 82 colônias ou cooperativas de povoamento e trabalho agrícola; (iii) a manutenção de posseiros em terrenos urbanos onde, com a tolerância expressa ou tácita do proprietário, tenham construído sua habilitação, formando núcleos residenciais de mais de 10 (dez) famílias; (iv) a construção de casa populares; (v) as terras e águas suscetíveis de valorização extraordinária, pela conclusão de obras e serviços públicos, notadamente de saneamento, portos, transporte, eletrificação armazenamento de água e irrigação, no caso em que não sejam ditas áreas socialmente aproveitadas; (vi) a proteção do solo e a preservação de cursos e mananciais de água e de reservas florestais; e (vii) a utilização de áreas, locais ou bens que, por suas características, sejam apropriados ao desenvolvimento de atividades turísticas. O expropriante tem o prazo de 2 (dois) anos, a partir da decretação da desapropriação por interesse social, para efetivar a aludida desapropriação e iniciar as providências de aproveitamento do bem expropriado. Os bens desapropriados serão objeto de venda ou locação, a quem estiver em condições de dar-lhes a destinação social prevista. No que esta lei for omissa, aplicam-se as normas legais que regulam a desapropriação por unidade pública, inclusive no tocante ao processo e à justa indenização devida ao proprietário 4 Lei Federal Nº Indica as responsabilidades do 6.938, de 31 de poder público em atuar para agosto de 1981 Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus afins e mecanismos de formulação e ampliação, e dá outras preservação e recuperação providências. ambiental. No caso do Projeto se relaciona com o dever de atuar na recuperação das Lagoas 5 Lei Federal Nº Permite ao poder público relocar 9.985, de 18 de populações tradicionais julho de 2000 mediante pagamento de Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Identifica que as indenização ou compensação em populações tradicionais residentes em unidades de conservação nas quais sua permanência não seja permitida serão Unidades de Conservação. Por indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes e devidamente realocadas pelo Poder Público, em local e analogia, no Projeto pode condições acordados entre as partes. Estabelece que o Poder Público, por meio do órgão competente, priorizará o utilizar-se deste arcabouço para reassentamento das populações tradicionais a serem realocadas. garantir a legalidade no processo de relocação e reassentamento de povos tradicionais, desde que devidamente compensados 6 Decreto nº 3.725, Regulamenta a Lei no 9.636, de 15 de maio de 1998, que dispõe sobre a regularização, administração, aforamento e Orienta quanto a necessidade de de 10 de janeiro alienação de bens imóveis de domínio da União, e dá outras providências. Define que a identificação, a demarcação, celebração de acordo com a SPU de 2001. o cadastramento, a regularização e a fiscalização das áreas do patrimônio da União poderão ser realizadas mediante para atuação nas áreas da União convênios ou contratos celebrados pela Secretaria do Patrimônio da União. 83 7 Lei Federal 10.257 Regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras Possibilita ao poder público uso de 10 de julho de providências. Este documento legal trata em seu Artigo 8 da desapropriação-sanção, estabelecendo que decorridos de mecanismos de 2001 (Estatuto da cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, desapropriação e diversos Cidade) edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da mecanismos de regularização dívida pública. Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e serão resgatados no prazo fundiária, incluindo zonas de de até dez anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais interesse social. de seis por cento ao ano. O valor real da indenização refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Público na área onde o mesmo se localiza após a notificação de que trata o § 2o do art. 5o desta Lei e não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios. O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público, que poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatório. Traz diversos instrumentos que visam ao aproveitamento racional e sustentável do espaço urbano. Prevê a desapropriação urbanística sancionatória para imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados, regulamentando as determinações constitucionais do art. 182, §4º, III, que pode ser utilizado como eficaz instrumento para a regularização fundiária nas hipóteses em que seja cabível. Prevê a regularização fundiária e a demarcação urbanística para fins de regularização fundiária (da Lei Federal n.º 11.977) como instrumentos da Política Urbana. Determina que os Planos Diretores fixem diretrizes para a regularização fundiária de assentamentos urbanos irregulares, se houver observadas a Lei nº 11.977 de 2009, e demais normas federais e estaduais pertinentes, e previsão de áreas para habitação de interesse social por meio da demarcação de zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de política urbana, onde o uso habitacional for permitido. Prevê o direito de superfície, o direito de preempção e a outorga onerosa do direito de construir, que podem ser utilizados como alternativas para a efetivação de regularizações fundiárias. Prevê a possibilidade de usucapião coletivo para áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia. 8 Lei Federal n.º O Código Civil tem aplicação em relação a regularizações fundiárias de áreas particulares, tendo em vista o instituto Possibilita regularização 10.406, de 2002 – da usucapião. Bem se sabe que os bens públicos não estão sujeitos à prescrição aquisitiva, de modo que só poderá fundiária em áreas particulares, Código Civil ser oposto a bens particulares. Há diversas modalidades de usucapião, com prazos próprios em relação à posse. No por meio de usucapião entanto, os institutos do Código Civil possuem aplicação direcionada a casos individuais, de modo que são úteis para a solução de casos pontuais. Ressalte-se que o instrumento da usucapião especial coletiva, previsto pela Lei Federal n.º 10.257 de 2001 (Estatuto das Cidades), faz-se melhor direcionado a projetos de regularizações fundiárias, uma vez que pode resolver situação de diversas pessoas a um só tempo. 9 Lei n 10.741, de 1º Orienta o poder público quanto a Dispõe sobre o Estatuto do Idoso. Regula os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 de outubro de priorização no atendimento de (sessenta) anos, estabelece os princípios dos direitos à igualdade de oportunidades, ao atendimento prioritário. 2003. pessoas idosas 84 10 Lei Federal n.º Prevê facilitações no registro cartorário de regularizações fundiárias, tal como a gratuidade custas ou emolumentos Garante a gratuidade de custos 6.015, de 1973 notariais ou de registro decorrentes de regularização fundiária de interesse social a cargo da administração pública, decorrentes da regularização (“Lei de Registros e a desnecessidade de retificação registral em regularização fundiária de interesse social realizada em Zonas Especiais fundiária Públicos”) com de Interesse Social, em determinadas hipóteses. alterações promovidas pela Lei Federal n.º 10.931 de 2004 11 Resolução do Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que Regulamenta que as CONAMA nº 369, possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente-APP. Embora seja intervenções de regularização de 28 de março de anterior ao Novo Código Florestal, ainda permanece em vigência tendo em vista regulamentar situações previstas na fundiária em APP devem ter 2006 nova lei. Ressalva-se a não aplicação de eventuais dispositivos que entrem em conflito com a lei, tendo em vista a autorização de órgão ambiental hierarquia normativa. Segundo essa Resolução do CONAMA, a possibilidade de intervenção em APP para regularização fundiária urbana somente poderá ser autorizada pelo órgão ambiental mediante processo administrativo autônomo e prévio. A intervenção em APP em área urbana dependerá de autorização do órgão ambiental municipal, desde que o Município possua Conselho de Meio Ambiente com caráter deliberativo e Plano Diretor, mediante anuência prévia do órgão ambiental estadual, fundamentada em parecer técnico. 12 Decreto-Lei n.º Dispõe sobre loteamento urbano, responsabilidade do Loteador, concessão de uso e espaço aéreo e dá outras Possibilita que o poder público 271, de 1967, com providências. Mostra-se importante para o tema da regularização fundiária tendo em vista que em seu artigo 7º realize ações de regularização a redação dada institui a concessão de uso de terrenos públicos ou particulares remunerada ou gratuita, por tempo certo ou fundiária pela Lei Federal indeterminado, como direito real resolúvel, para fins específicos de regularização fundiária de interesse social, n.º 11.481, de urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das 2007 – Concessão comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras modalidades de interesse social em áreas urbanas. de Direito Real de Uso – 13 Lei Federal n.º Prevê medidas voltadas à regularização fundiária de interesse social em imóveis da União; e dá outras providências. Possibilita o poder público 11.481, de 2007 Esta lei promoveu diversas alterações em várias outras leis. Todas as alterações promovidas tiveram como intuito realizar regularização fundiária facilitar a regularização fundiária em terrenos de propriedade da União. No entanto, diversas alterações aplicam-se a em áreas da união.Garante a regularizações fundiárias realizadas por qualquer estado-membro ou município brasileiro, a exemplo da gratuidade gratuidade do primeiro registro do primeiro registro de direito real constituído em favor de beneficiário de regularização fundiária de interesse social do direito real de uso em favor em áreas urbanas e em áreas rurais de agricultura familiar (art. 290-A da Lei Federal n.º 6.015/1973, “Lei de Registros dos beneficiários de Públicos”). Outro exemplo é o fato de ter assegurado que a concessão de uso especial para fins de moradia, a regularização fundiária de concessão de direito real de uso e o direito de superfície possam ser objeto de garantia real, assegurada sua aceitação interesse social 85 pelos agentes financeiros no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação – SFH (art. 13 da própria Lei Federal n.º 11.481/2007). As diversas disposições da Lei Federal n.º 11.481/2007 que possuam aplicação restrita à União podem servir de salutar inspiração para a criação de normas municipais que possibilitem facilitação nos trâmites de regularizações fundiária. 14 Lei Federal 11.977 Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados Define critérios para de 7 de julho de em áreas urbanas; altera o Decreto-Lei no 3.365, de 21 de junho de 1941, as Leis nos 4.380, de 21 de agosto de 1964, reassentamento em áreas de 2009 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Medida preservação ambiental ou risco; Provisória no 2.197-43, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Para o reassentamento de população Define demarcação urbanística, identificada em zonas de preservação ambiental ou de risco, devem ser aplicados os seguintes requisitos de legitimação de posse, usucapião prioridade de atendimento: às famílias residentes em áreas de risco, insalubres, que tenham sido desabrigadas ou administrativo; que perderam a moradia em razão de enchente, alagamento, transbordamento ou em decorrência de qualquer Garante prioridade de desastre natural do gênero; às famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar; e às famílias de que façam atendimento às famílias com parte pessoas com deficiência. A Lei também permite a “demarcação urbanística”, que consiste em procedimento mulheres responsáveis pela administrativo pelo qual o poder público, no âmbito da regularização fundiária de interesse social, demarca imóvel unidade familiar; de domínio público ou privado, definindo seus limites, área, localização e confrontantes, com a finalidade de identificar seus ocupantes e qualificar a natureza e o tempo das respectivas posses. Cite-se também a “legitimação de posse”, que consiste em ato do poder público destinado a conferir título de reconhecimento de posse de imóvel objeto de demarcação urbanística, com a identificação do ocupante e do tempo e natureza da posse. A conjunção de ambos os institutos possibilita a chamada “usucapião administrativa” feita diretamente no cartório de registro de imóveis, sem necessidade de sentença judicial. Sem prejuízo dos direitos decorrentes da posse exercida anteriormente, o detentor do título de legitimação de posse, após 5 (cinco) anos de seu registro, poderá requerer ao oficial de registro de imóveis a conversão desse título em registro de propriedade, tendo em vista sua aquisição por usucapião, nos termos do art. 183 da Constituição Federal. Possibilita a flexibilização de regras urbanísticas e de licenciamento urbanístico e ambiental. 15 PORTARIA Nº 100, Disciplina a utilização e o aproveitamento dos imóveis da União em áreas de várzeas derios federais na Amazônia Possibilita a utilização e o DE 3 DE JUNHO DE Legal em favor das populações ribeirinhas tradicionais, com o objetivode possibilitar o aproveitamento racional e aproveitamento dos imóveis da 2009 sustentável dos recursos naturais disponíveis em vista douso tradicional, voltados à subsistência dessa população, União em áreas de várzeas em através da concessão de AUTORIZAÇÃODE USO, a ser conferida em caráter excepcional, transitório e precário favor das comunidades ribeirinhas 16 PORTARIA Nº 89, Disciplina a utilização e o aproveitamento dos imóveis da União em favor dascomunidades tradicionais, com o Possibilita a utilização e o DE 15 DE ABRIL DE objetivo de possibilitar a ordenação do uso racional esustentável dos recursos naturais disponíveis na orla marítima aproveitamento dos imóveis da 2010 e fluvial, voltados à subsistênciadessa população, mediante a outorga de Termo de Autorização de Uso Sustentável - União em favor das TAUS, a serconferida em caráter transitório e precário pelos Superintendentes do Patrimônio da União comunidades tradicionais 86 17 Lei Federal n.º Prevê facilitações para o registro da regularização fundiária urbana de que trata a Lei n.º 11.977 de 2009, Possibilita a dispensa de 6.015, de 1973 independentemente de determinação judicial (art. 288-A e seguintes). Além disso, admite como documentos aptos a reconhecimento de firma nos (“Lei de Registros registro em cartório contratos ou termos administrativos, assinados com a União, Estados, Municípios ou o Distrito registros Públicos”) com Federal, no âmbito de programas de regularização fundiária e de programas habitacionais de interesse social, alterações dispensado o reconhecimento de firma (art. 221, V). promovidas pela Lei Federal nº 12.424 de 2011) 18 NBR 14653 – Em 1991, entrou em vigor o Código de Defesa do Consumidor, que, por sua vez, tornou obrigatório o uso das normas Orienta o poder público quanto Avaliações de técnicas brasileiras (art. 39, inciso VII). Em meados de 1998, com o início da nova revisão, todas as normas envolvendo aos procedimentos para Imóveis avaliação de bens foram incorporadas numa única, que passou a ser subdividida em partes de acordo com a natureza avaliação das benfeitorias a do bem. Esta norma, denominada NBR- 14.653 e substituindo a anterior NBR- 5676/89, teve a Parte 1 – serem compensadas Procedimentos Gerais, aprovada no ano de 2001. Nessa parte a avaliação de um bem consiste na análise técnica, realizada por avaliador de imóveis, para identificar um bem, de seus custos, frutos e direitos, assim como determinar indicadores de viabilidade de sua utilização econômica, para uma determinada finalidade, situação e data. A parte 2, NBR- 14.653-2/2001 específica para Imóveis Urbanos, foi concluída com reformulações substanciais, especialmente quanto aos critérios para tratamento de dados, passando a serem denominados “tratamentos por fatores” ou “tratamento científico” e os anteriormente denominados níveis de rigor (expedido, normal ou rigoroso), que passaram a ser substituídos por níveis de fundamentação e níveis de precisão e com classificações independentes do tipo de tratamento empregado nos dados com base na inferência estatística é referenciada pelas normas técnicas, como uma das alternativas de aplicação do método comparativo direto, tendo sua fundamentação e precisão também fundamentada. 19 Lei Federal Nº Institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil e estabelece que é dever da União, dos Estados, do Distrito Indica as responsabilidades do 12.608, de 4 de Federal e dos Municípios adotar as medidas necessárias à redução dos riscos de desastre e que a incerteza quanto ao poder público em atuar para outubro de 2012 risco de desastre não constituirá óbice para a adoção das medidas preventivas e mitigadoras da situação de risco, redução dos riscos, que no caso dando prioridade às ações preventivas relacionadas à minimização de desastres. Inclui entre seus objetivos; estimular do Projeto se relaciona com os o ordenamento da ocupação do solo urbano e rural, tendo em vista sua conservação e a proteção da vegetação nativa, alagamento e riscos dos recursos hídricos e da vida humana; combater a ocupação de áreas ambientalmente vulneráveis e de risco e relacionados a estrutura do promover a realocação da população residente nessas áreas; e estimular iniciativas que resultem na destinação de Diques moradia em local seguro. Entre as competências atribuídas ao município, esta lei menciona: promover a fiscalização das áreas de risco de desastre e vedar novas ocupações nessas áreas e vistoriar edificações e áreas de risco e promover, quando for o caso, a intervenção preventiva e a evacuação da população das áreas de alto risco ou das edificações vulneráveis 87 20 Lei Federal n.º O Novo Código Florestal, atento às questões sociais que se relacionam com o direito fundamental à moradia, permitiu, Possibilita que em Determinadas 12.651, de 2012 – em determinadas hipóteses, a legalização de ocupações consolidadas em áreas de preservação permanente (APP’s). hipóteses, a legalização de Novo Código No seu art. 64 e 65, permite que na regularização fundiária de interesse social e de interesse específico dos ocupações consolidadas em Florestal assentamentos inseridos em área urbana de ocupação consolidada e que ocupam Áreas de Preservação Permanente, áreas de preservação a regularização ambiental será admitida por meio da aprovação do projeto de regularização fundiária, na forma da permanente (APP’s). No Caso do Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009. No seu art. 8º, §2º, também relativiza a proteção dos manguezais quando em Projeto essa possibilidade fez confronto com o direito de moradia, afirmando que a intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de reduzir o número de afetações Preservação Permanente de que tratam os incisos VI e VII do caput do art. 4º poderá ser autorizada, de reassentamento pela excepcionalmente, em locais onde a função ecológica do manguezal esteja comprometida, para execução de obras condicionante ambiental – APP, habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de regularização fundiária de interesse social, em áreas urbanas quando essas não eram consolidadas ocupadas por população de baixa renda. sobrepostas a condicionante de risco de alagamento. Tabela 14: Marco Legal Municipal Marco Legal Descrição Aplicabilidade / Aderência 1 Lei Orgânica A lei orgânica de um Município é de importância extrema uma vez que ela corresponde de uma forma local, à Garante ao poder público Municipal Constituição da República e à Constituição Estadual, representando a lei máxima do ente federativo municipal. Em municipal possibilidade de relação a desapropriação a Legislação prevê: “art 71. Compete privativamente ao Prefeito: [...] X - decretar desapropriar imóveis desapropriação de bens, quando comprovada a utilidade pública, a necessidade e interesse social, nos termos da lei” Lei Estadual n 3.558/2006- Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT)/ Lei complementar nº 803, de 25 de 2 Lei Estadual n Define as Zonas de ocupação do abril de 2009- Aprova a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal – PDOT e dá outras 3.558/2006/ Lei Solo do Município. providências - O PDOT de Teresina prevê que as Zonas Especiais, definido em seu art.62. “Zonas Especiais são parcelas complementar nº do território que apresentam características peculiares que se sobressaem em relação às Zonas de Uso nas quais se Define as áreas de atuação do 803, de 25 de abril inserem e necessitam de regras específicas de ordenamento e uso do solo, bem como estratégias de implantação em Programa Lagoas do Norte como de 2009 razão de: I. atributos culturais e/ou ambientais, II. presença ou destinação à moradia das famílias de baixa renda, III. Zona Especial de Projetos de papel específico na estrutura urbana. art. 63O PDOT de Teresina estabelece 4 (quatro) tipos de Zonas Especiais: I. Urbanização e a área do Parque Zonas Especiais de Interesse Social; II. Zonas Especiais de Uso Sustentável; III. Zonas Especiais de Interesse Cultural; Brasil como ZEIS. IV. Zonas Especiais de Interesse Institucional; V. Zonas Especiais para Projetos de Urbanização. As áreas de intervenção onde há afetação de reassentamento estão classificadas no PDOT como uma das Zonas Especiais para Projeto de Urbanização, que é definido no art. 85” É parte integrante do MTU as zonas designadas para As áreas passíveis de Projetos Especiais de Urbanização - PEU, consideradas estas: [...] III. As áreas beneficiadas pelos projetos reassentamento se encontram estruturantes; [...]. §1º As regras de uso e ocupação do solo das Zonas Especiais para Projeto de Urbanização deverão em áreas consideradas como de ser definidas no Projeto Especial de Urbanização e compatibilizadas com o entorno e com a infraestrutura disponível. áreas de proteção ambiental ou 88 §2º Poderá o Executivo Municipal instituir novas Zonas Especiais para Projeto de Urbanização através de projetos de ambientalmente frágeis, e lei específicos. Art. 86. São Zonas Especiais para PEU as áreas beneficiadas direta ou indiretamente pelos seguintes determina as possibilidades de projetos estruturantes promovidos pela Administração Municipal de Teresina: [...] XX. Lagoas do Norte[...]” atuação e uso nestas regiões. As áreas de intervenção passíveis de reassentamento estão localizadas em áreas de proteção ambiental ou ambientalmente frágeis conforme indicação do Zoneamento de Teresina: A Lei nº 12.651/2012 considera as margens de rios urbanos, no caso de Teresina, as margens dos rios Parnaíba e Poti, como áreas ambientalmente frágeis e vulneráveis, e, desta forma, legalmente as define como Áreas de Preservação Permanente (APP). Em 1988, para conter essa crescente destruição dos elementos naturais, foi criada a Lei n°1939, que definia oito zonas de preservação na cidade. Recentemente essa Lei foi atualizada (Lei n°.3561/2006) e apresenta cinco zonas específicas para proteção ambiental da cidade - ZP4, ZP5, ZP6, ZP7 e ZP8, sendo que a ZP5 e ZP8 tratam especialmente da beira dos rios. o § 4º As Zonas de Preservação Ambiental 4 (ZP4) compreendem as praças e parques do município. o § 5º As Zonas de Preservação Ambiental 5 (ZP5) compreendem: I - as encostas com declividades superiores a 30% (trinta por cento); II - as áreas marginais ao Rio Parnaíba, correspondentes a uma faixa com largura de 200 m (duzentos metros), salvo quando já estejam ocupadas, caso em que a faixa tem a largura da área ainda não ocupada; III - as áreas marginais ao Rio Poti, correspondentes a uma faixa com largura de 100m (cem metros), salvo quando já estejam ocupadas, caso em que a faixa tem a largura da área ainda não ocupada; e IV - as áreas das lagoas e respectivas margens, correspondentes a uma faixa de 30m (trinta metros). o § 6º As Zonas de Preservação Ambiental 6 (ZP6) compreendem as áreas de interesse paisagístico, de propriedade privada, que devem ser utilizadas para implantação de parques. o § 7º As Zonas de Preservação Ambiental 7 (ZP7) compreendem os terrenos destinados à implantação de praças, nos loteamentos aprovados pela Prefeitura Municipal. o § 8º As Zonas de Preservação Ambiental 8 (ZP8) compreendem áreas próximas aos rios, não integrantes das Zonas de Preservação Ambiental – ZP5. A Lei é bastante restritiva, todas as zonas demarcadas não devem sofrer alterações de qualquer tipo e os usos permitidos são limitados para fins de drenagem, de saneamento, de apoio ao transporte fluvial e de recreação, cultura e lazer. (TERESINA, 2017)24 24 TERESINA, Revisão e Atualização do Plano Diretor de Teresina – Leitura Técnica – Teresina PI, setembro de 2017. Acesso em: https://semplan.teresina.pi.gov.br/wp-content/uploads/sites/39/2018/09/Teresina_Produto-2.pdf 89 A área destina a construção de novas unidades habitacionais no Parque Brasil foi definida como ZEIS (Zona de Especial 3 Lei Complementar Cria a Zona de Especial Interesse Interesse Social) por meio da Lei Complementar n 3755 de 17 de abril de 2008. A ZEIS é um dos instrumentos n 3755 de 17 de Social ZEIS PARQUE BRASIL fundamentais para a regularização fundiária porque reconhece e insere legalmente áreas irregulares no mapa da abril de 2008 cidade, a partir de uma realidade socioeconômica específica. Está prevista na alínea “f”, do inciso V do artigo 4º do Estatuto da Cidade. Significa uma categoria específica de zoneamento, permitindo a aplicação de normas especiais de uso, parcelamento e ocupação do solo para fins de regularização fundiária de áreas urbanas ocupadas. Essas normas especiais possibilitam o registro do parcelamento do loteamento, do conjunto habitacional ou do projeto de urbanização, no Cartório de Registro de Imóvel. 4 Lei Complementar Novo Código de Edificações do Município de Teresina, em seu artigo 36, permite que, diante de construção em Autoriza o poder municipal a Nº 4.729 de 2015 desacordo com a legislação e impassível de regularização, o município, no exercício de poder de polícia administrativo, realizar demolição de obras realize a demolição da obra, e abre possibilidades para que seja realizada independentemente de prévia notificação, irregulares conforme art. 252. 90 4.1. Lacunas entre o Marco Legal Nacional e OP.412 (Política Operacional de Salvaguarda Social de Reassentamento do Banco Mundial) O sistema legal brasileiro não possui um arcabouço normativo equivalente à O.P-4.12 do Banco com relação ao reassentamento involuntário, especificamente para “evitar ou minimizar o reassentamento involuntário e, quando tal não for possível, auxiliar as pessoas desalojadas a melhorar ou reconstruir seus meios de vida e padrões de vida em termos reais em relação aos níveis anteriores ao desalojamento ou aos níveis prevalecentes antes do início da implementação do projeto, dependendo de qual for maior.” A situação de dominialidade e titularidade de imóveis afetados é tema relevante quando se trata de ações de reassentamento, haja vista que na legislação nacional há previsões de compensação diferenciadas a depender da situação de regularidade e irregularidade do imóvel afetado. A informalidade urbana ocorre na quase totalidade das cidades brasileiras. Embora não exclusivamente, a irregularidade é, em sua maior parte, associada a ocupações de população de baixa renda, que historicamente não teve acesso à produção formal de habitação, e, como consequência, é impedida de concretizar, no quadro da legalidade, seu direito à cidade e exercer plenamente sua cidadania. Morar irregularmente significa estar em condição de insegurança permanente; por esse motivo, além de um direito social, podemos dizer que a moradia regular é condição para a realização integral de outros direitos constitucionais, como o trabalho, o lazer, a educação e a saúde. Além de transformar a perspectiva de vida das comunidades e das famílias beneficiadas, a regularização fundiária também interfere positivamente na gestão dos territórios urbanos, já que, regularizados, os assentamentos passam a fazer parte dos cadastros municipais. Apesar de diferentes instrumentos criados para regularização fundiária no Brasil, as áreas de atuação do Programa Lagoas do Norte encontram-se em sua maioria não regularizados. Nesta situação, aplicando-se apenas a legislação nacional as compensações não seriam suficientes para recompor os meios de vida dos afetados. 4.2. Desapropriações no Brasil A base legal de toda e qualquer desapropriação é o Decreto-Lei 3.365/41 que, com algumas modificações, segue vigente e é chamada de lei geral das desapropriações. Verificada a utilidade pública ou interesse social, a desapropriação é autorizada, mediante justa e prévia indenização.O Decreto-Lei 3.365/41 exige perfeita identificação do objeto direcionado à satisfação do interesse público e do titular da eventual indenização; decreto expropriatório emitido por autoridade competente, avaliação e pagamento. A propriedade de bem imóvel no direito brasileiro se performa com o respectivo registro no Cartório de Registro de Imóvel. O registro é constitutivo do direito, então é proprietário do bem imóvel aquele que consta no registro como tal. Há algumas exceções como a sucessão causa mortis e a usucapião, mas mesmo nesses casos o registro do imóvel é fundamental para o exercício pleno da propriedade. A propriedade não é, contudo, o único direito que pode ser desapropriado, muito pelo contrário. Qualquer direito que tenha expressão econômica pode ser desapropriado, incluindo-se aí todos os direitos reais e a posse. 91 Não há uma regra legal sobre como se determina o valor da indenização ao expropriado numa desapropriação. A Constituição Federal fala apenas em indenização justa e boa parte da doutrina e da jurisprudência têm entendido como justa a indenização que reflita o valor de mercado do bem. Não há regras legais sobre o que deve compor o valor da indenização dos imóveis na hipótese de desapropriação da posse. Contudo, tratando-se de desapropriação da posse, a jurisprudência brasileira é firme em dizer que à posse deve ser atribuído um valor menor que à propriedade. Sustenta-se a partir daí um entendimento jurisprudencial de que o valor da posse corresponderia a 60% do valor da propriedade. Ademais, numa desapropriação convencional, o locatário e o coabitante não têm, em tese, qualquer direito a ser indenizado. A desapropriação do imóvel locado é justa causa para resolução do contrato de locação, sem qualquer direito indenizatório ao locatário. Em síntese, em que pese reassentamento não se confundir com o instituto da desapropriação, o pagamento de indenização prévia e justa é o principal ponto de alinhamento entre a política de reassentamento involuntário do Banco Mundial e as diretrizes para processos de desapropriação por interesse social e/ou utilidade pública estabelecidas pela legislação brasileira. Já a principal lacuna refere- se ao cálculo do valor de compensação dos bens afetados. O Banco Mundial aplica o princípio da compensação pelo custo de reposição do bem. A legislação brasileira prevê a compensação pelo valor de mercado. Há outras discrepâncias entre os procedimentos adotados no Brasil para avaliação de edificações e benfeitorias e os princípios da Política Operacional de Reassentamento Involuntário do Banco Mundial (OP/BP 4.12), pois aqueles consideram fatores como depreciação. 4.3. Desapropriações no âmbito do PLN As desapropriações do PLN seguem um rito legal comum. Quanto ao rito administrativo adotado pelo PLN tem sido rigorosamente aquele previsto no Decreto-Lei 3.365/41. Na ampla maioria dos casos de desapropriação de imóveis no âmbito do PLN, perto da totalidade, os titulares dos imóveis não possuem o respectivo registro, o que implica dizer que eles, do ponto de vista jurídico, não são proprietários dos imóveis. Para efeito de desapropriação e consequente pagamento indenização, o PLN tem considerado a posse/moradia como o direito suprimido. A posse é um direito economicamente apreciável e possível de ser desapropriado, conforme firme jurisprudência do STJ25.[1]O expropriado que detém apenas a posse do imóvel tem direito a receber a correspondente indenização. 25 A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é assente em assegurar ao possuidor o direito à indenização pela perda do direito possessório, sendo que a exigência do art. 34 do Decreto-lei n. 3.365/41 impõe-se quando há dúvida sobre o domínio decorrente de disputa quanto àtitularidade do bem. A oposição de que trata o art. 34 do Decreto-lei n. 3.365/41 somente pode advir de terceiros possuidores de outro título suficiente para demonstrar a incerteza quanto ao domínio do bem, não podendo ser ajuizada a ação pelo expropriante. Segue alguns precedentes: PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO - ADMINISTRATIVO - INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE - DESAPROPRIAÇÃO - POSSE - INDENIZAÇÃO AO DETENTOR DA POSSE - POSSIBILIDADE - SÚMULA 83/STJ. Precedentes REsp 1118854/SP, Rel. Ministra ELIANA CALMON, DJe 28/10/2009; REsp 953.910/BA, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe 10/09/2009; REsp 769.731/PR, Rel. Ministro LUIZ FUX, DJ 31/05/2007 p. 343; REsp 184.762/PR, Rel. 92 Para fins de identificação do titular da posse para fins de indenização, o PLN tem considerado sinais exteriores de domínio sobre o imóvel, tais como faturas de concessionárias de serviços públicos de distribuição de água e energia, cadastro do imóvel para fins de tributação pelo município, instrumentos particulares de compra e venda, correspondências enviadas para o endereço, entre outros documentos que indiciem que aquela pessoa exerça atos de domínio sobre aquele imóvel. Cumpre registrar neste particular que o PLN tem se satisfeito com meros elementos indiciários da posse. Essa opção se deve muito ao perfil das pessoas que têm sido desapropriadas, geralmente pessoas com baixa instrução formal, bem como em razão da necessidade de agilização desses procedimentos. Não há qualquer ilegalidade na desapropriação da posse. O único problema que talvez haja nesse sentido em relação ao PLN é que muitas dessas pessoas, muito embora possam ser do ponto de vista prático possuidoras, podem não ser possuidoras do ponto de vista jurídico. É o caso de estarem assentadas em terrenos públicos já que, juridicamente falando, não há posse de terrenos públicos, mas mera detenção o que tem várias repercussões acerca de eventuais direitos indenizatórios. 4.4. Valor da indenização No âmbito do PLN o conceito de justa indenização tem ganhado uma visão menos estreita, porque é muito comum encontrar-se na região imóveis cujo valor de avaliação comercial não possibilita que o desapropriado consiga adquirir um novo imóvel nos padrões exigidos pelo programa para fins de reassentamento. Nessas hipóteses, no âmbito do PLN, menos importante que o valor de avaliação do bem no mercado imobiliário é a plena recomposição do direito fundamental atingido por aquela desapropriação, qual seja, a moradia. Assim, para titulares de imóveis desapropriados cujo valor de mercado seja insuficiente para aquisição de uma nova moradia nos padrões de habitabilidade mínimo exigidos pelo programa, outras opções desdobram-se para os desapropriados, como reassentamento monitorado ou assentamento em imóvel em conjunto residencial que está sendo construído para essa específica finalidade. Nessas duas últimas modalidades o bem imóvel recebido pelo desapropriado é invariavelmente de valor superior ao imóvel desapropriado, o que representa um ganho ao desapropriado superior ao que teria numa desapropriação ordinária. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, DJ 28/02/2000 2. Agravo regimental desprovido. REsp 1118854/SP (1261328 BA 2009/0242583-0, Relator: Ministro LUIZ FUX, Data de Julgamento: 06/04/2010, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 22/04/2010) PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE. DESAPROPRIAÇÃO. POSSE. INDENIZAÇÃO AO DETENTOR DA POSSE. POSSIBILIDADE. ART. 463 DO CPC. NÃO VIOLAÇÃO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. NÃO CONFIGURAÇÃO. SÚMULA 83/STJ. (REsp 514.803/SP, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 10.6.2003, DJ 30.6.2003, p. 233). 3. In casu, decidiu o Tribunal a quo, com soberania na análise das circunstâncias fáticas, que os agravados são titulares de direitos possessórios firmados sobre a área reclamada na expropriação. De tal sorte, comprovada a condição de possuidor do imóvel desapropriado, e não havendo oposição fundada (art. 34 do Decreto- lei n. 3.365/41), séria e justa, por terceiros, não há óbice para o levantamento autorizado pela decisão impugnada. Não havendo razões para intervenção desta Corte. 4. Nos termos do enunciado da Súmula 83/STJ: "Não se conhece do recurso especial pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida." Agravo regimental improvido.343.365343.365 (1226040 SP 2010/0211428-9, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS, Data de Julgamento: 07/04/2011, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 14/04/2011) 93 Essa é uma especificidade digna de nota do programa, que denota uma preocupação com a adequada recomposição do direito de moradia, independentemente do real valor de mercado do imóvel desapropriado. No que tange ao que deve compor o valor da indenização dos imóveis na hipótese de desapropriação da posse, à míngua de regras legais que disciplinem isso, o PLN tem considerado que o valor da justa indenização aquele capaz de recompor as condições de vida e meios de subsistência. 4.5. Cálculo da indenização no âmbito do PLN Tratando-se de desapropriação da posse, a jurisprudência sustenta que o valor da posse corresponderia a 60% do valor da propriedade. Esse entendimento jurisprudencial não tem sido aplicado no âmbito do PLN, que tem desapropriado a posse de imóveis como se propriedade fosse sem aplicação de qualquer redução. Esse entendimento se justifica por mais de um motivo. Primeiro que esse corte de 40% no valor das indenizações poderia conduzir a uma situação de valores insuficientes para que o desapropriado adquirisse um novo imóvel com padrão de habitabilidade adequado. Assim, independentemente de o desapropriado possuir o título de propriedade, o imóvel deve ser avaliado como um todo, até porque só assim pode se chegar ao seu valor de mercado do bem. Segundo que essa redução de 40% poderia ser causa de uma generalizada insatisfação social que poderia comprometer o próprio êxito. Neste sentido, o PLN adotou como medida, para os casos onde não há comprovação da titularidade, 70% do valor do terreno inicialmente, e finalmente, 70% do valor da porção não edificada do terreno, sempre complementados com a verificação da reposição dos meios de vida (com respaldo na OP4.12 do Banco Mundial). Vale destacar que o valor da benfeitoria não sofre qualquer depreciação em seu cálculo sendo aplicado o valor de “construção nova” para fins de composição do valor total avaliação.26 4.6. Tratamento especial de locatários e coabitantes A previsão de indenização para locatário e coabitantes é absolutamente especial no âmbito das desapropriações no PLN. A previsão de opções de compensação para o locatário demonstra uma preocupação social do programa, criando um meio de não deixar repentinamente ao desamparo pessoa que tem sua morada em imóvel a ser desapropriado, mesmo que somente a título de locação. É situação semelhante à do coabitante. Em tese, o chamado coabitante não teria um direito autônomo de indenização pela desapropriação do imóvel, podendo, a depender das circunstâncias do caso concreto ter direito a uma parcela do valor indenizatório do bem, se configurado um condomínio comum do bem imóvel. Um direito autônomo de indenização para o coabitante, considerado como um núcleo familiar independente, com economia própria, que coabita o imóvel do possuidor por consentimento deste, é absolutamente inovador e só se justifica por razões de satisfação social. No PLN o locatário tem a opção de receber um auxílio moradia e as famílias coabitantes podem optar pelo auxílio moradia ou uma unidade habitacional em Residencial do PLN. 26Para casos de posseiros e ocupantes (sem comprovação de titularidade) foi adotado a aplicação do valor de 70% do valor da porção não edificada do terreno. O valor da avaliação para compensação deverá ser suficiente para recompor satisfatoriamente os bens desapropriados ou perdidos em virtude do reassentamento ou afetações parciais na área do Programa. Assim os valores de avaliação poderão ser negociados e reavaliados para melhor recomposição das condições de vida e meios de subsistência. 94 Em conclusão, em suas intervenções, o Programa Lagoas do Norte tem garantido que as pessoas adversamente afetadas – em sua maioria, posseiros - sejam compensadas em valores acima dos requeridos para a reposição do bem. 4.7. Ocupação de terrenos da União Gira em torno da região das intervenções do PLN uma questão afeta a terrenos que seriam de titularidade de União. É que são propriedades da União os terrenos marginais de rio federal navegável, considerados aqueles banhados pelas correntes navegáveis, fora do alcance das marés, que vão até a distância de 15 (quinze) metros, medidos horizontalmente para a parte da terra, contados desde a linha média das enchentes ordinárias, conforme definição dada pelo artigo 4º, do Decreto-lei n.º 9.760 de 1946. O Serviço de Patrimônio da União é o Órgão responsável pela demarcação desses terrenos marginais e, ao que se sabe, no processo administrativo de demarcação que foi levado a efeito pelo Órgão, muitas áreas na região da confluência dos Rios Poti e Parnaíba, onde se concentram as intervenções do PLN, foram incluídos nesses terrenos marginais da União. A maioria das terras que estão sendo usadas para o projeto são terras públicas pertencentes ao Governo Federal (União) de acordo com o Artigo 183(3) da Constituição Federal do Brasil e o Artigo 102 do código Civil Brasileiro, a terra pública (em oposição à terra privada) como princípio geral não pode ser adquirida por posse adversa (usucapião). Consequentemente, a maioria das pessoas que ocupam a área do projeto e que precisam ser reassentadas não possuem um direito previamente à terra que está ocupando, apenas a benfeitoria construída. É bastante comum que essas áreas demarcadas como de domínio da União sejam áreas densamente povoadas, como é o caso da área de intervenção do PLN. A ocupação dessas áreas é passível de regularização, uma vez que a lei induz que é possível ocupar esses imóveis da União, sem que essas áreas deixem de pertencer à União, se exigindo a regularização desta situação de fato junto à SPU. O próprio Decreto-Lei 9.760/1946 prevê formas de transferência desses imóveis a terceiros por locação, aforamento ou cessão (artigo 64). Prevê um procedimento administrativo para regularização de imóveis presumidamente da União (Seção V do Capítulo II do Título I). Prevê também procedimento de demarcação de terrenos para regularização fundiária de interesse social (Seção III-A, do Capítulo II do Título I). E, finalmente, protege os ocupantes de boa-fé com cultura efetiva e moradia habitual, dizendo que estes não podem ser sumariamente despejados sem direito a indenização de tudo quanto tiver incorporado ao solo (Art. 71, parágrafo único). Desta forma, os ocupantes de boa-fé de terrenos presumidamente da União não podem ser despejados sumariamente e possuem direito de indenização das benfeitorias que tiverem incorporado ao solo, mas não fazem jus à indenização sobre a terra ocupada. 5. SELEÇÃO E PREPARAÇÃO DAS ÁREAS PARA RELOCAÇÃO Uma das alternativas de compensação oferecida às pessoas afetadas são as novas unidades habitacionais no empreendimento Residencial Parque Brasil, que é financiado com recursos federais do Programa Minha Casa Minha Vida. 95 O projeto do Residencial observa as legislações pertinentes: ● Lei Municipal n°3.561 de 20 de outubro de 2006 – Parcelamento do Solo Urbano de Teresina; ● Lei Municipal n°3.562 de 20 de outubro de 2006 – Ocupação do Solo Urbano de Teresina; ● Portaria n°168 de 12 de abril de 2013 – FAR – Programa Minha Casa Minha Vida; ● Portaria n°518 de 08 de novembro de 2013 – FAR – Programa Minha Casa Minha Vida; ● Portaria Interministerial n°99, de 30 de março de 2016 – Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV; ● Lei n°11.977 de 07 de julho de 2009 – Programa Minha Casa Minha Vida ● - PMCMV; ● Lei n°12.651 de 25 de maio de 2012 – Novo Código Florestal; ● ABNT NBR 9050/2004 – Norma de Acessibilidade; ● Decreto n° 5.296/2004 – Acessibilidade. Para a elaboração dos projetos, foram utilizados os Cadernos CAIXA para Projetos Padrão – Casas Populares / 42m², com sala, cozinha, área de serviço, banheiro e 02 dormitórios, onde ainda se desenvolveu a ampliação desse projeto para 48,00m², sendo padrão de acabamento básico, com piso cerâmico, paredes pré-moldadas em concreto, com revestimento interno e externo, pintura e telha cerâmica. Para essas habitações também serão entregues Cartilhas com Normas e Projetos de Ampliação dessas Casas, para o caso ampliação de um dormitório ou a construção de uma suíte. O residencial ocupará terreno com área total de 252.833,85 m². O terreno localiza-se no bairro Parque Brasil, na zona norte de Teresina, que foi definida para empreendimentos imobiliários verticalizados e horizontais e previsto para suprir a grande demanda por moradias de “baixo” e “médio” padrão pelo Plano Diretor do Município. No Residencial Parque Brasil estão sendo construídos 672 apartamentos verticalizados e 350 unidades unifamiliares, centro comunitário, lixeira, campo de futebol, playground e estacionamento. O loteamento é formado por habitações multifamiliares (apartamentos de três pavimentos) e unifamiliares (lotes residencial/comercial – de usos mistos – e lotes residenciais – uso unifamiliar). Os lotes residenciais foram projetados com dimensão mínima de 10x20m e os lotes de uso misto com dimensões variadas, acima de 10x20m, sendo as unidades multifamiliares formadas por condomínios individuais, todos com 1 vaga de garagem por apartamento. 96 Figura 19: Mapa de Implantação do Loteamento Parque Brasil O Projeto de infraestrutura contemplará: pavimentação de vias; sistema de abastecimento d’água (reservatório de 200m³ e rede de distribuição); rede e estação de tratamento de esgotamento sanitário; iluminação pública; drenagem pluvial; áreas verdes; e áreas institucionais localizadas em quadras circulares, previstas para abrigarem uma escola (com área total construída de 2.750,00m² com 12 salas de aula, com capacidade de atendimento para 480 alunos por turno), creche e lavanderia comunitária. Os projetos dos residenciais foram desenvolvidos de modo a contemplar as novas solicitações de sustentabilidade das edificações, visando aumentar a eficiência das moradias e os impactos sobre o meio ambiente, conforme os itens incorporados em 2016 ao Programa MCMV. Novos itens, como quantidade de árvores por unidade habitacional (casas e apartamentos), também estão sendo contemplados. Todas as edificações promovem acessibilidade universal, conforme ABNT NBR 9050/2004, e Decreto n°5.296/2004 para acessibilidade. As áreas dos imóveis para reassentamento monitorado, em geral são no mesmo bairro ou em bairros próximos a área de origem, sendo bastante abastecidos com serviços públicos. De toda forma, quando a equipe técnica faz vistoria nos imóveis para o reassentamento monitorado a oferta de serviços públicos é verificada. 6. CARACTERIZAÇÃO DOS IMPACTOS DE VIZINHANÇA DO RESIDENCIAL PARQUE BRASIL Uma das alternativas de compensação oferecida às pessoas afetadas são as novas unidades habitacionais no empreendimento Residencial Parque Brasil, que é financiado com recursos federais do Programa Minha Casa Minha Vida. Em preparação para e como parte do processo de licenciamento desse empreendimento, foram realizados um Estudo de Impacto sobre a Vizinhança e uma Avaliação de Impactos Ambientais 97 independentes. O primeiro estudo informa que foram analisadas possibilidades de outras alternativas locacionais na região para o empreendimento, mas que a seleção se deu em virtude da infraestrutura existente e da viabilidade econômica e ambiental, no referente ao uso e ocupação conforme o disposto na legislação ambiental vigente. O Estudo de Impacto de Vizinhança caracteriza Santa Maria como área de “grande pressão demográfica” em virtude da consolidação de grandes conjuntos habitacionais similares que proporcionou áreas previamente urbanizadas, com ruas, avenidas, suporte energético e de abastecimento d’água. Os bairros Santa Maria, Santa Rosa e o grande Jacinta Andrade são os maiores e os mais antigos da região e concentram as principais infraestruturas de serviços da zona Norte: hospitais, postos de saúde, rede de educação e outras fundamentais. As transformações ocorridas nas últimas décadas na região Norte, inclusive da região da grande Santa Maria, demonstram uma tendência de urbanização intensa nessa zona, principalmente pela implantação de grandes conjuntos satélites de médio padrão, característica contínua da citada região. O estudo aponta que a região é bem servida por transportes coletivos, em especial na Av. Poty Velho e nas vias que dão acesso a área preferencial do empreendimento, que são pavimentadas e sinalizadas. Existe predominância e itinerário das linhas regulares de ônibus, que trafegam em todos os horários e sentidos. Dispõe também de ampla oferta de serviços públicos e atividades comerciais, culturais e de lazer diversificadas. A análise ambiental resultou na não identificação de áreas de interesse ambiental protegidas por lei, considerando a não existência de árvores de porte do entorno, o que é importante para a manutenção dos ecossistemas de interesse ecológico e para a qualidade ambiental futura do empreendimento. Já o Estudo de Impacto de Vizinhança analisou os impactos ambientais e sociais durante as fases de planejamento, construção e ocupação do Residencial Parque Brasil e concluiu que suas edificações não causarão impacto ao patrimônio cultural ou patrimônio histórico da região, pois em seu entorno existem similaridades com o empreendimento do Parque Brasil - ou seja, vários condomínios – e jamais foram identificados danos ou comprometimento ao patrimônio cultural e histórico da área e de seu entorno. Entre os impactos positivos do empreendimento, o Estudo de Impacto de Vizinhança ressalta: a demanda por mão de obra semiqualificada (porteiros, domésticas, acompanhantes, zeladores, outros), que serão requisitadas da própria circunvizinhança, a valorização de seus imóveis e a sensação de segurança. No que se refere à habitabilidade, destaca que a verticalização dos apartamentos - a exemplo de outros existentes no mesmo perímetro ou áreas adjacentes - permitirá o sombreamento peculiar dos edifícios da região que serão benéficos e de agrado da vizinhança, bem como que a distância relativa entre os prédios (quadras) do não permitirá a formação de corredores e/ou a predominância de ventos comprometedores e, portanto, não haverá comprometimento desse fator climático na circunvizinhança. Entre os impactos negativos, menciona pequenas repercussões ou interferência no sistema viário e de ruídos e poeira fugitiva na fase construtiva, que serão temporárias e com cronograma definido. Para realizar o estudo de impactos na vizinhança foram feitas entrevistas com moradores da região, que demonstraram expectativa positiva e de ansiedade com respeito ao início e conclusão das obras e serviços. Essa ansiedade por sua conclusão se dá, em parte, pela situação original do terreno, que, embora cercado e desabitado, oferecia risco por ser objeto de uso por pessoas desocupadas e vândalos. 98 Em sua concepção, o empreendimento trará oportunidades de empregos para a população da circunvizinhança (portaria, vigilância, acompanhamento de crianças). Foi dada publicidade do empreendimento através de mídias (jornal local e televisiva) e até o momento não houve queixas ou qualquer tipo de manifestação contrária ao mesmo e ao longo dessas entrevistas, em nenhum momento a circunvizinhança, demonstrou qualquer “pessimismo” e/ou mesmo “preocupações eventuais” a respeito dessas intervenções. 7. INTERAÇÃO COM A COMUNIDADE RECEPTORA O reassentamento de pessoas de uma comunidade na área de influência para outras quando não trabalhado adequadamente pode gerar conflitos e dificultar o processo de adaptação à nova vizinhança. Como o PLN dispõe de diversas opções de compensação, sendo que tanto as indenizações quanto o reassentamento monitorado permitem a livre escolha do local de moradia e não transfere um número expressivo de pessoas para uma mesma localidade, e que em geral as famílias tem se mantido dentro do mesmo bairro preservando a manutenção das redes sociais, esse problema deverá ser minimizado. Este ponto é mais sensível para a opção de reassentamento para o residencial Parque Brasil. É importante considerar que a população reassentada é a que apresenta situação mais precária entre os moradores do bairro já consolidado, o que pode gerar reações negativas entre as vizinhas das áreas. A estratégia de atuação da minimização destes impactos será a realização de trabalho técnico social (PTS), principalmente nos eixos de mobilização e organização comunitária. O trabalho social deverá avaliar a situação particular do conjunto habitacional e desenvolver as ações preventivas necessárias para mitigar esse impacto e promover a integração entre os moradores. As unidades habitacionais do Parque Brasil serão distribuídas com vistas a garantir a manutenção dos vínculos e laços sociais e familiares (para aqueles que desejarem), além de atender requisitos como acessibilidade – distribuindo casas térreas para famílias com pessoas idosas e com deficiência, garante a oferta com área maior e com possibilidade de uso misto para aqueles que desenvolvem atividades econômicas. O PTS deverá conceber um modelo de intervenção pautado na gestão corresponsável do poder público e da sociedade organizada, alinhado com as diretrizes da Política Operacional de Reassentamento Involuntário do Banco Mundial (BIRD). O local da moradia é uma referência fundamental para o indivíduo em nossa sociedade, demarcando sua identidade e seu papel social. Para tanto, o trabalho social destinado às famílias reassentadas deve possibilitar a reconstrução dos laços familiares, comunitários e da capacidade produtiva, bem como o incentivo à criação de novos hábitos para a devida apropriação e uso dos bens individuais e coletivos, mitigando possíveis impactos decorrentes da intervenção. Sendo assim, as famílias optantes pelo residencial, no processo de compensação, externarão suas necessidades à equipe técnica, para que o reassentamento possibilite uma moradia que resguarde os direitos relativos à acessibilidade, situações de vulnerabilidades, manutenção de vínculos familiares ou de vizinhança, dentre outros. 99 Tanto o território de abrangência do PLN, quanto à áreas destinada à construção do Residencial Parque Brasil, contemplam uma rede de serviços disponibilizados à população. Oportunizando o acesso desses serviços às famílias (reassentadas ou não) que permanecem na área requalificada e às que optam pelo reassentamento no Residencial Parque Brasil, conforme as figuras abaixo. 100 Figura 20: Unidades de ensino da Rede Municipal na Região de Intervenção e de influência do Programa Lagoas do Norte. Fonte: SEMPLAN/SEMEC/PMT. Ano 2019 Legenda: Centros Municipais de Ensino Infantil Escolas Municipais de Ensino Fundamental 101 Figura 21: Unidades de saúde e de assistência social da Rede Municipal na Região de Intervenção e de influência do Programa Lagoas do Norte. Fonte: SEMPLAN/SEMCASPI/PMT. Ano 2019 Legenda: Unidades de Saúde Centro de Atenção Psicossocial – CAPS Centro de Convivência/Casa de Apoio e/ou Acolhimento 102 Figura 22: Equipamento de esporte, lazer da Rede Municipal na Região de Intervenção e de influência do Programa Lagoas do Norte. Fonte: SEMPLAN/SEMCASPI/PMT. Ano 2019 Legenda: Campo de futebol Complexo Esportivo Quadra Esportiva Mini Estádio de Futebol Centro de Esportes e Artes Unificado Ginásio Academia Popular 103 As áreas dos imóveis para reassentamento monitorado, em geral são no mesmo bairro ou em bairros próximos a área de origem, sendo bastante abastecidos com serviços públicos. De toda forma, quando a equipe técnica faz vistoria nos imóveis para o reassentamento monitorado a oferta de serviços públicos é verificada. 8. ESTRATÉGIAS PARA MINIMIZAÇÃO DOS IMPACTOS DURANTE AS OBRAS O Programa Lagoas do Norte dispõe de instrumentos de orientação para minimização dos impactos de obras, entre os documentos elaborados vale destacar: 8.1. Relatório de Avaliação Ambiental e Social (RAAS) PLN II 2014 Elaborado na Fase de Preparação do PLN. O RASS avalia de maneira global os impactos e medidas de mitigação que podem ser utilizados durante o Projeto. Este RAAS se encontra em fase final de atualização para incorporar os detalhes dos Projetos Executivos e demais estudos realizando durante os primeiros anos de implementação do Projeto. A versão atual do documento encontra-se na página do Programa.https://semplan.teresina.pi.gov.br/licitacoes-documentos-pln/ 8.2. Planos de Controle Ambiental (PCAs) referentes às Obras de Requalificação Urbana e Ambiental. Os PCAs foram elaborados para cada conjunto de obras a seguir: • Parque Encontro das Águas • Lagoa do Mocambinho - Segmento 1 • Canal Matadouro • Rua Manuel Aguiar Filho (Trecho 1), Lagoa do São Joaquim e Lagoa do Mazerine (referente ao Edital 1) • Região Leste da Lagoa dos Oleiros (referente ao Edital 2) • Região Oeste da Lagoa dos Oleiros (referente ao Edital 3) • Lagoa da Piçarreira (Leste) Estes documentos integram os respectivos editais de licitação de obras conjuntamente com os Requisitos Ambientais, Sociais e de Saúde e Segurança recentemente exigidos pelo Banco para obras de maior complexidade. Com parte do Plano de Controle Ambiental (PCA), o Plano Ambiental de Construção requer que as obras garantam o acesso de veículos e pessoas às casas, deve-se manter um caminho suficientemente amplo para passagem de um veículo e uma passagem de no mínimo 1,5 metros de largura para os pedestres. Já o Programa de Comunicação Social requer a comunicação prévia aos usuários, os usuários das vias próximas, por parte da Empreiteira, sobre o cronograma e planejamento da obra, informando, com antecedência, sobre interferências, desvios e pontos críticos, aumentando a segurança nos locais de intervenção. Devem ser utilizados para tal as redes sociais, websites, cartazes, folders e carros de som. 104 Os PCAs também estão disponíveis no site do Programa: https://semplan.teresina.pi.gov.br/licitacoes- documentos-pln/ Adicionalmente aos PCAs acima citados, previamente ao início das obras, a construtora deve apresentar o Plano de Gestão Ambiental e Social de Obras - PGASO. 8.3. PGASO – para cada Edital de Obra Os PGASOS contemplam informações referentes ao planejamento da obra (estrutura organizacional, cronograma de atividades, plano de ataque das obras, cuidados especiais/eventos críticos, canteiro de obras, jazidas e bota-foras, etc), licenças e autorizações ambientais, etc. e detalhamentos dos programas constantes do PCA em especial o Plano de Comunicação para ser realizado diretamente junto às comunidades e áreas impactadas com as obras. 9. ARRANJO E CAPACIDADE INSTITUCIONAL A execução dos Planos de Ação de Reassentamento requeridos pelo Programa Lagoas do Norte ficará a cargo da Unidade de Projeto Socioambiental (UPS), sob a supervisão da Unidade de Gerenciamento do Programa Lagoas do Norte (UGP). A UGP faz parte da Secretaria Municipal de Planejamento Coordenação e está organizada com um grupo técnico multidisciplinar composto pelo Diretor Geral do Programa e por profissionais das áreas de Engenharia, Arquitetura, Direito, Serviço Social, Ciências Contábeis, Comunicação Social e auxiliares administrativos e é responsável pelas seguintes atividades: gestão e planejamento de obras; análise de projetos; supervisão de contratos; produção de termos de referência e realização de licitações; articulação de políticas intersetoriais; supervisão do trabalho técnico-social e de engenharia. A Unidade de Projeto Socioambiental (UPS), criada em 2013 da Unidade de Projeto Socioambiental, por meio do Decreto Municipal 12.978 de 06 de fevereiro de 2013, funciona na sede Administrativa do Parque Ambiental Lagoas do Norte, a equipe é composta por um coordenador e técnicos das seguintes áreas: Serviço Social, Psicologia, Direito, Biologia, Educação Ambiental, Recursos Humanos, Engenharia e auxiliares administrativos. Esta estrutura é responsável pelo acompanhamento social às famílias da área de intervenção do Programa, educação socioambiental, mobilização e articulação comunitárias, ações de promoção da participação e organização social nas áreas de intervenção. A área socioeconômica e ambiental anteriormente integrada a UGP tem experiência com essas atividades e com a Política Operacional OP 4.12 Reassentamento Involuntário do Banco Mundial, adquirida durante a implementação da Primeira Fase do Programa Lagoas do Norte. Nesta fase o setor realizou com êxito o reassentamento de 475 famílias que foram direta e totalmente afetadas pelas obras do projeto. Destas, 327 famílias optaram pelo reassentamento em residencial do PLN (sendo 21 famílias em imóveis do tipo “misto” e 306 em imóveis do tipo “residencial”), 139 famílias optaram pela indenização. Implementou, também, o Plano de Reassentamento Econômico e Social dos Oleiros do Poti Velho. A avaliação final dessas atividades realizada por consultores independentes revela que, todos os 105 entrevistados informam que participaram dos entendimentos e negociações com os agentes comunitários do PLN. 81,4% manifestaram-se satisfeitos no que concerne ao tratamento que se lhes dispensaram os engenheiros, as assistentes sociais, os pesquisadores e outros representantes do PLN/PMT ao longo da “ação de reassentamento” e 76,7% manifestaram -se satisfeitos quanto aos resultados das negociações em torno das alternativas oferecidas pelo PLN e dos valores sugeridos nos “laudos de técnicos de avaliação dos imóveis”. Na fase 2 o Plano de Ação para execução dos reassentamentos involuntários envolve a equipe técnica da UGP/UPS e outros agentes públicos, garantido intervenções multidisciplinares no processo de negociação com as famílias. Tendo sido normatizado à condição de prepostos, servidores públicos municipais da área de serviço social conforme pelo Decreto Municipal N° 18.118 de 08 de novembro de 2018, para representar a PMT na consolidação das negociações através dos Termos de Ajuste. 106 PARTE 4 – PROCEDIMENTOS PARA PREPARAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO A implementação do Plano segue um fluxo de ações encadeadas que tem início definido a partir da Aprovação e Publicação do PRI. Porém cabe destacar ações prévias de consulta e de planejamento realizadas na fase de preparação do PLN e ações de preparação dos Planos de Reassentamento Involuntário, conforme demonstra fluxograma detalhado. Tabela 15: Ação Atividades Descrição Período Preparação Coleta de dados A coleta inicial de dados foi realizada pelo Consórcio 2014 a 2015 do PRI inicial – Cadastro “Teresina Sustentável”, composta basicamente por Atualizado em e Selagem assistentes sociais, engenheiros civis, estudantes de 2019 arquitetura e facilitadores da comunidade. Essa equipe de campo aplicou um cadastro, aprovado pela (ação UPS/UGP, em todos os imóveis passíveis de afetação concluída) pelo PLN, no período de 2014 a 2015. Porém, nem todos os casos cadastrados serão de fato afetados pelo Programa. A informação coletada serviu para caracterizar as famílias afetadas e traçar um panorama social, buscando, com isto, entender a realidade de cada uma e, atendê-la de melhor forma possível quando da execução do PRI. Os cadastros foram precedidos de comunicado de Cadastramento conforme modelo no Anexo 3. Para desenvolver o cadastro, o instrumento utilizado foi uma ficha denominada de Cadastro Imobiliário, aprovado pela UPS, também disponível no Anexo 3. Concomitantemente à aplicação do cadastro, foi feita a identificação de cada imóvel, através de um código específico (selo), sob o qual os imóveis estão organizados em um banco de dados. O selo aprovado pela PMT foi confeccionado de material autoadesivo e continha dados como área de intervenção, número do imóvel e data do cadastro, conforme modelo no Anexo 3. As atividades de cadastramento e selagem foram monitoradas pela equipe técnica social da UGP/UPS. 107 Nos casos de domicílios fechados, houve um novo agendamento para a execução do cadastro, conforme modelo no Anexo 3. Audiências/ Realizadas com o objetivo de apresentar e discutir o A partir de Consultas Públicas marco de reassentamento e de gestão socioambiental 2014 (em do PLN. Foram realizadas 12 (doze) reuniões na fase de andamento) preparação do Projeto junto às representações sociais, tais como: ONG’s, Ministérios Públicos, Conselhos de Classe, Entidades religiosas, Comitês representativos e comunidade em geral. Sempre que necessário o PLN realiza reuniões e audiências públicas. Elaboração Diagnóstico social A sistematização dos dados obtidos se deu a partir da 2017 a 2020 do PRI criação de um banco de dados georreferenciado, o que (em permitiu a análise e elaboração de gráficos e tabelas andamento) objetivando quantificação e a qualificação da informação. Com isto foi possível estabelecer um panorama social das famílias cadastradas e identificar o grau de afetação de cada uma, relacionando-o com a política de atendimento proposta no marco de reassentamento involuntário. Os Planos são elaborados por trecho de obras de forma participativa com reuniões setoriais, reuniões com o Comitê Lagoas do Norte e outros eventos públicos. O PRI do edital I foi revisado para incluir dados da atualização de cadastros realizado em outubro em 2019. Convocação para O procedimento operacional se inicia com a 2018 a 2020 reunião setorial convocação de reuniões setoriais por grupos de até 30 (em famílias afetadas por trecho de obra. A definição da andamento) ordem de convocação está alinhada com o planejamento de obras. Reunião setorial A reunião setorial constitui-se de um momento 2018 a 2020 coletivo, de caráter consultivo e informativo, em que (em todas as famílias incluídas na poligonal da obra são andamento) convocadas por categoria de afetação (não afetados, 108 parcial e total), seguindo a sequência física do projeto executivo do edital. Nesta atividade a equipe técnica do PLN apresenta às famílias o projeto da obra, as justificativas de afetação dos imóveis, as soluções de urbanização, os serviços e benefícios disponibilizados para a população, as diretrizes do reassentamento, bem como as opções de compensação das referidas categorias. As famílias têm a oportunidade de fazer quaisquer indagações e esclarecer possíveis dúvidas sobre o PLN. Coletivamente delibera-se sobre a aplicabilidade do plano. Essa atividade é registrada através de fotografias, lista de presença e relatório (elaborado pela equipe técnica social). O relatório descreve as informações apresentadas pela equipe, as dúvidas levantadas, bem como os encaminhamentos deliberados, constando a lista e os registros fotográficos como anexo. Na primeira versão deste PRI, as reuniões setoriais foram realizadas posterior a sua aprovação. Ao total, ocorreram 7 reuniões setoriais, com participação de mais de 145 famílias. Para a revisão deste PRI foram realizadas reuniões com moradores da “Fazendinha” e com famílias das novas ocupações identificadas em 2019 - ver relatório no anexo 4. Aprovação do Após reuniões com as famílias afetadas, a UGP solicita Fevereiro/2020 Plano de ao BIRD a aprovação para a realização de consulta Reassentamento pública ao documento final. Revisado Consulta Pública Para a realização das consultas o programa fará uma Fevereiro/2020 do PRI chamada pública na página oficial na Prefeitura de Teresina. A minuta do PRI revisado será disponibilizada no site oficial da PMT para consulta aberta à população. Não objeção do O PRI final, incorporando as modificações acordadas Março/2020 PRI no registro de consultas, deverá ser encaminhado para 109 não objeção do banco e, uma vez aprovado, deve ser disseminado no site e impresso na UGP e UPS. Execução Abertura do O processo administrativo social e individualizado é A partir de do PRI Processo Social e formalizado pela UGP para o reassentamento das 2018 Administrativo famílias afetadas (um processo por imóvel, podendo (em Individualizado contemplar mais de uma família). O processo contem andamento) expediente de abertura de processo, laudo de avaliação, cadastro socioeconômico e imobiliário da família, decretos e mapas, além dos dados do PRI com as soluções de reassentamento. O processo será, então, encaminhado para a UPS para o início do atendimento. A família atendida pode ter acesso ao seu processo a qualquer tempo. Os processos também são disponibilizados para vistas pelos órgãos de controle quando solicitados (Procuradoria Geral do Município, Defensoria Pública Estadual e Ministério Público). O acesso à informação atende aos princípios da Lei de Transparência- Acesso à informação – Lei 12.527/2011. Convocação para O procedimento de implementação se inicia com a A partir de o atendimento convocação domiciliar das famílias para os 2018 (em individualizado atendimentos individualizados. A ordem da andamento) convocação está alinhada com o planejamento de obras. Atendimento O atendimento individualizado constitui-se como A partir de familiar outro momento de interação entre o PLN e a família 2018 (em individualizado atendida, uma vez que nesta ação a equipe técnica da andamento) UPS, reforça as informações prestadas nos espaços de consulta pública, explica as opções de reassentamento e a metodologia da negociação aos responsáveis pelo imóvel e realiza a anamnese social. A anamnese social é uma escuta qualificada do profissional de serviço social, em que as famílias informam sobre suas situações sociais de renda, seus meios de vida, composição familiar, existência de riscos ou vulnerabilidades, relações familiares, como também sobre o imóvel objeto de intervenção e o nível de satisfação em relação ao PLN. A anamnese social é materializada através de um instrumental específico 110 (anexo 4) em que para além das informações objetivas, o profissional emite um parecer acerca da situação exposta no atendimento, podendo haver encaminhamentos diversos, tais como reunião de negociação, revisão de cadastro, acompanhamento psicossocial, encaminhamento à rede intersetorial, dentre outros. Ressalta-se que para além das informações relativas ao imóvel, deve-se ter atenção especial às situações que envolvem as atividades econômicas e culturais, o modo de vida das famílias. Estas informações adicionais corroboram com o monitoramento técnico específico, no decorrer do processo de reassentamento, fortalecendo o núcleo familiar para que este possa recompor sua forma de vida. Suporte Jurídico PLN oferece suporte jurídico gratuito às famílias por meio da disponibilização de consultor jurídico na equipe social. A Defensoria Pública Estadual tem orientado às famílias nos processos de negociação. Os casos são encaminhados pela equipe social (UPS/UGP) e agendados com os defensores responsáveis. Além disso, as famílias podem solicitar a presença de advogado, defensor público ou qualquer pessoa de sua confiança para acompanhar os atendimentos individuais. Nos casos em que forem identificadas situações de vulnerabilidades ou riscos sociais a equipe técnica do PLN também poderá acionar outros órgãos do poder público para atendimento às famílias (secretarias de habitação, educação, assistência social, políticas para mulheres, etc.), como também ao sistema judiciário. Atualização dos Durante o atendimento individual é verificada a A partir de dados cadastrais necessidade de atualização ou complementação de 2018 (em dados imobiliários relativos ao imóvel cadastrado. andamento) Os principais dados complementares obtidos nesta atualização se referem: tipo de uso dos imóveis (residencial, comercial, misto, institucional/religioso), 111 padrão construtivo e modificações nas dimensões do imóvel. Os meios de vida são levantados nesta etapa e são incorporados, se necessário, ao laudo de avaliação. Esta atualização ocorre mediante visita domiciliar da equipe técnica (social e engenharia) para nova coleta de dados, revisão cadastral, delimitação da afetação (se for o caso) e reavaliação. Compete à comissão de avaliação verificar o laudo inicial podendo fazer considerações em relação ao valor efetivo do laudo, realizar a inserção de complementações ao laudo existente ou a elaboração de um novo laudo, através de vistorias locais.27 Além das atualizações que ocorrem durante o processo de atendimento das famílias, um amplo processo de atualização foi realizado em outubro de 2019 com objetivo de identificar novas residências e usos de subsistência que se firmaram nas áreas do PLN após 2014/2015. Apresentação da Neste atendimento, a equipe técnica responsável pelo A partir de Avaliação e reassentamento (assistentes sociais, engenheiros e 2018 (em Opções de comissão de avaliação), apresenta o laudo de avaliação andamento) do imóvel e meios de vida, bem como reforçam as Atendimento opções de atendimento para as famílias. Na ocasião, realiza-se o agendamento para a reunião de negociação. Na ocasião os representantes da família afetada deverão assinar o Termo de Ciência das opções ofertadas (conforme modelo disponível no anexo 3). Cabe ressaltar que mediante os preceitos éticos de democracia, liberdade e respeito, o papel dos técnicos é explicar todas as opções que as famílias possuem, trabalhando o empoderamento delas no processo de escolha da sua solução. 27A Comissão de Avaliação é formada (três profissionais) 2 engenheiros e 1 arquiteto da PMT. Além da Comissão as avaliações também podem ser realizadas por consultor/ perito contratado na condição de consultor. 112 Reuniões de Atividade realizada entre a família (responsável pelo A partir de Negociação imóvel, que poderá ser acompanhado de outras 2018 (em pessoas de sua confiança, incluindo advogados, se andamento) julgarem necessário) e a PMT (assistentes sociais prepostos), com apoio de engenheiros do PLN, comissão de avaliação e procuradores municipais. Mais de uma reunião poderá ser necessária, para que se estabeleça um acordo entre os interessados. Nessa reunião a equipe técnica retoma as opções apresentadas à família, e a família apresenta qual opção lhe é mais conveniente. No processo de negociação, a comissão de avaliação poderá, baseando-se em justificativa plausível da família, reavaliar o valor estabelecido no laudo. Pode haver várias reuniões de negociações até que o acordo seja estabelecido. O acordo entre as partes (negociação frutífera) será Encaminhamento A partir de documentado em Termo de Ajuste. dos casos O Termo de ajuste da negociação frutífera é 2018 (em acordados – encaminhado à PGM para devida andamento) via administrativa validação/homologação. Encaminhamento Nos casos de negociação não acordadas entre as partes A partir de dos casos não (Negociação não- frutífera) será lavrado Termo 2018 (em acordados – específico de acordo infrutífero e o processo será andamento) encaminhado à PGM para abertura de processo via judicial judicial, podendo o valor de compensação definido na avaliação ser depositado em juízo para deliberação do Judiciário. Efetivação da Execução do Termo de Acordo A partir de Solução Acordada 2018 (em 1. Indenização andamento) Para os casos de compensação monetária, os recursos são disponibilizados em pagamento único realizado na conta bancária indicada pela família afetada. Pagamento de crédito indenizatório realizado pelo núcleo financeiro da Secretaria Municipal de Finanças na Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação. O prazo entre a realização do acordo e efetivação do pagamento pode levar até 4 meses. 113 No período entre o acordo até o recebimento da compensação ou outra solução a família se mantém em seu imóvel. Todas as soluções apresentadas só serão executadas mediante Termo de Ajuste ou decisão judicial. No caso de compensação de meios de vida (atividades produtivas, culturais e religiosas) que receberem indenização, serão acompanhados e apoiados pela equipe social para reinstalação dos meios de vida. 2. Reassentamento Monitorado Nos casos de Reassentamento Monitorado as famílias buscam no mercado, com apoio da equipe social do PLN, casas em condições de habitabilidade. Após a identificação do imóvel a equipe técnica do PLN realiza vistoria ao imóvel para verificação dos seguintes requisitos: ● Padrão construtivo do imóvel (no mínimo similar ou superior ao imóvel afetado) ● Estar localizado no município de Teresina ● Estar localizado em área passível de regularização fundiária e que não estejam em área de risco. A equipe orienta as famílias a darem preferência para imóvel regularizados. ● Estar localizado em áreas com prestação de serviços públicos – escolas, postos de saúde, equipamentos de lazer. Famílias Vulneráveis Famílias com casos de pessoas com deficiência e idosos – a equipe observa se o imóvel escolhido tem condições de acessibilidade para atendimento das necessidades identificadas. Imóveis para uso misto (meios de vida) A equipe apoia a família na busca por imóveis que consigam reestabelecer as condições e meios de vida, incluindo casos onde a família desenvolvia atividades produtivas/comerciais, religiosas ou tradicionais. Nestes casos a equipe verifica se o imóvel possui 114 condições / área para reestabelecimento das atividades.\ 3. Reassentamento Parque Brasil As famílias podem realizam visitas ao Parque Brasil para conhecer as tipologias ofertadas (apartamento, unidade habitacional ou unidade habitacional com espaço para comércio) e serviços disponíveis na área do entorno do Residencial. As visitas são agendas com a equipe social. 3.1. Aluguel Social Durante o período de obras do Residencial e até a entrega da unidade habitacional, proprietários/posseiros/detentores de imóveis com afetação total optantes pelo Residencial receberão aluguel social temporário previsto nesse PRI por um período de até 12 meses. O processo de aluguel social é descrito abaixo. As famílias optantes pelo residencial permanecerão em acompanhamento, sendo realizadas reuniões para prestar informações acerca das regras do programa habitacional, bem como para definir o local exato da moradia, resguardando as peculiaridades de cada família (atividade econômica ou cultura, acessibilidade, vulnerabilidades, vínculos familiares ou de vizinhança). As famílias optantes pelo Residencial que precisam aguardar a entrega da unidade, buscam no mercado um imóvel compatível com o anterior para alugar. Após a escolha do imóvel por parte da família, a UPS realiza visita ao imóvel e elabora a solicitações mensais de pagamento, realizadas em deposito bancário, diretamente ao beneficiário. Os valores do aluguel variam entre R$ 300,00 a R$ 700,00 de acordo com o perfil do imóvel anterior, conforme descrito no quadro de compensações. A família recebe apoio para mudança dos seus pertences tanto para imóvel alugado quanto para o residencial (quando a unidade for entregue). 115 3.2. Unidades ampliadas para atividades produtivas – uso misto Famílias que utilizavam o imóvel para atividades produtivas/comerciais, religiosas ou tradicionais receberão unidade habitacional diferenciada – com espaço externo para ampliação e reinstalação das atividades. Cabe ressaltar que nestes casos, além da unidade habitacional, a família recebe pecúnia em complementação pela compensação da atividade produtiva interrompida, conforme laudo de avaliação individualizada, para reinstalação dos meios de vida, conforme quadro de compensações. 1.1. Entrega das unidades Quando a unidade habitacional estiver pronta para a entrega as famílias realizam vistoria das edificações e assinatura do Termo de Vistoria. As famílias optantes pelo residencial serão foco das ações do Trabalho técnico social a ser executado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano da PMT. Este trabalho via o acompanhamento das famílias após o reassentamento e realização de ações para convivência e organização comunitária, incluindo a organização condominial, educação ambiental e geração de Renda 2. Auxílio Moradia O auxílio moradia se destina ao atendimento a famílias em situação de aluguel ou cessão (inquilinos, cedidos e coabitantes) residentes em imóvel com afetação total. As famílias nestas condições são informadas sobre a necessidade de desocupação do imóvel afetado e sobre a oferta de compensação que corresponde 12 meses de aluguel (R$ 6.222,77) – O valor da compensação é atualizado anualmente pelo IGPM28. O Processo Administrativo é aberto em nome do proprietário/posseiro/detentor e os casos de aluguel/cessão são incorporados ao mesmo processo, gerando mais de uma solução de compensação. 28IGPM- Índice Geral de Preços do Mercado. É calculado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e é uma das versões do IGP (Índice Geral de Preços) registra a inflação de preços de diversas matérias-primas, bens e serviços. A variação anual do IGP-M é utilizada, atualmente, para balizar reajustes de tarifas públicas e contratos como os de alugueis. 116 As famílias em situação de aluguel/cessão, recebem a compensação do auxílio moradia via deposito bancário em nome do responsável pela família. As famílias em situação de coabitação precisam optar entre o auxílio moradia ou unidade habitacional no Parque Brasil. As famílias em situação de aluguel (inquilinos) só fazem jus ao auxílio moradia ou encaminhamento atendimento para política habitacional do munícipio condicionado ao atendimento dos critérios de elegibilidade próprio. 3. Compensação por serviço A compensação por serviço se destina a imóveis afetados parcialmente. A família é informada sobre o valor de avaliação de compensação das perdas e faz a opção entre o recebimento do valor em deposito bancário ou permuta o valor em serviço para melhoria das condições de sanitárias do imóvel – banheiro/cozinha/área de serviço. Em geral a compensação por serviço ofertado pela PLN tem custo superior ao valor da compensação financeira, já que incorpora gastos com toda a mão-de-obra e materiais necessários para execução do serviço acordado, sendo em muitos casos, mais vantajoso para as famílias. Agendamento e Mediante o recebimento da compensação relativa à A partir de Mudança dos desapropriação do imóvel a família terá um prazo de 2018 (em Pertences e 15 dias úteis para liberação da área e poderá agendar andamento) a mudança de seus pertences e material remanescente Materiais de acordo com a data que melhor lhe convier. O prazo poderá ser prorrogado em situações analisadas pela equipe social. O transporte é custeado pelo PLN, quantos fretes forem necessários, inclusive para transporte de materiais retirados antes da demolição do imóvel, tais como janelas, portas e outros. A mudança da família ocorrerá em um turno em dia único previamente agendado. A família pode solicitar apoio para organizar seus pertences (desmontar seus móveis, embalar os materiais). As famílias acompanham o armazenamento e retirada do caminhão. A PMT disponibilizará o transporte em caminhão fechado (com um ajudante) para os 117 pertences, em quantas viagens forem necessárias, dentro do território urbano e rural da capital. O transporte de materiais remanescentes do imóvel desapropriado ocorre de forma similar, ou seja, a família se responsabiliza pela retirada do material, agenda o dia desejado dentro do prazo de quinze dias úteis (se precisar de mais prazo isso deve ser articulado com a equipe técnica) e a PMT disponibiliza o caminhão aberto para o transporte, em quantas viagens foram necessárias, dentro do território urbano e rural da capital. Autorização das As autorizações das obras de requalificação urbana e A partir obras ambiental deste PRI seguirão as definições das frentes novembro de de obras, anteriormente neste documento. 2019 (em andamento) As obras serão autorizadas quando todos os casos de reassentamento, afetação total tenham sidos compensados e as famílias tenham efetivado sua mudança do local. Nenhuma família sairá do seu imóvel sem que a solução escolhida e definida em termo tenham sido executadas. Para casos de afetação parcial que haja negociação por via judicial, poderá ser solicitado autorização das obras, desde que os casos atendam os seguintes requisitos: i) Casos de afetação parcial; ii) Realização de depósito no valor em juízo e emissão de decreto de desapropriação da área afetada; iii) Onde não há contestação do valor ofertado e que o pagamento esteja em processo interno, desde que esteja garantida a disponibilização orçamentária do recurso. Para esses casos, será obtido a autorização por parte do beneficiário para o início das obras. Os casos de exceção deverão ser devidamente autorizados pelo Banco. Os trechos para as obras serão liberados de acordo com a conclusão do reassentamento (quando a solução descrita no Termo de Ajuste foi executada) e 118 liberação da área pela família afetada com ciência (após a mudança e a retirada do material remanescente) e autorização prévia do Banco Mundial. Frentes de obras A Frente 1 corresponde à intervenção parcial na Lagoa Em andamento do PRI Mazerine, território liberado para o início da obra. Para esta frente o projeto prevê a urbanização da margem da lagoa, a reforma da quadra existente e equipamentos públicos diversos no seu entorno. A Frente 2 está dividida em 6 trechos independentes Não iniciada que poderão ser liberados para obra de acordo com a aguardando conclusão do reassentamento e liberação da área pela autorização família afetada, após autorização prévia do Banco Mundial. Esta frente inclui a lagoa do São Joaquim e áreas adjacentes. O projeto prevê obras de drenagem, viária, urbanização da margem da lagoa com acesso a pedestres e equipamentos públicos de convivência como ciclovias e passeios na orla da lagoa. A Frente 3 está dividida também em 6 trechos independentes com intervenções nas áreas de saneamento e urbanismo. As obras previstas no Não iniciada projeto preveem a construção de galeria, aguardando reconformação topográfica das margens da lagoa, autorização conectividade entre as ruas Jim Borralho com a Manoel de Aguiar, para acesso à rua Flávio Furtado e urbanização das margens da lagoa. Acompanhamento Acompanhamento ao cumprimento da solução, A partir de social ao processo expressa em Termo de Acordo, resultante da reunião 2018 (em de compensação de negociação. Em todos os casos, será realizado andamento) acompanhamento da família após a negociação, como estabelecido nos manuais operacionais do BIRD, apresentado no item Plano de Ação deste documento. Acompanhamento dos casos vulneráveis: Entende-se como famílias vulneráveis: 119 ● Famílias residentes na área de afetação com renda mensal per capta igual ou inferior a 1/2 do salário mínimo nacional; e ● que residam em moradia em condições precárias de habitabilidade/risco. As famílias vulneráveis serão acompanhadas pela equipe social da UPS que realizará os encaminhamento e tratativas para o atendimento pela rede sócio assistencial da PMT. Acompanhamento de reinstalação dos meios de vida: a partir da identificação dos meios de vida expressos em laudo de avaliação, as famílias são compensadas com valores equivalentes as suas respectivas atividades comerciais, produtivas e de prestações de serviços a fim de reproduzi- las e mantê-las em situação posterior ao reassentamento. Esse acompanhamento será realizado pela unidade técnica e social do Programa. Monitoramento Monitoramento de novas ocupações: as áreas de A partir de das áreas de intervenção do projeto serão sujeitas a ações de outubro de afetação controle de novas ocupações. Caso sejam identificadas 2019 (em novas ocupações ou construções irregulares inseridas andamento) na área após a data de corte do Programa (14/10/2019) serão aplicados instrumentos jurídicos cabíveis em cada área em função da situação fundiária de cada uma delas, descritos na Marco Legal deste documento. Nas áreas onde não há obras ou execução do PRI, o monitoramento será realizado de forma sistemática pela SDU, que informará a UGP quanto da ocorrência de novas ocupações. Monitoramento das áreas desocupadas/reassentadas: A supervisora das obras – Consórcio Nippon KOEI LAC A partir de – realizará o monitoramento sistemático das áreas fevereiro de 2020 (em desocupadas dos PRIs em execução e incluirá os dados andamento) de monitoramento nos relatórios mensais, o monitoramento verificará também quanto a ocorrência de focos de entulho e lixo nas áreas. Casos sejam verificadas novas ocupações nas áreas desocupadas o Consórcio notificará imediatamente a UPS/UGP para medidas cabíveis. 120 Monitoramento A empresa Supervisora contratada pelo PLN irá realizar A partir de abril da o monitoramento da implementação dos PRIs. O 2019 (em Implementação detalhamento deste processo está descrito na parte 6 andamento) dos PRIs deste documento (p.134) As famílias que foram reassentadas receberão uma visita da equipe social. A visita de verificação tem como objetivo o acompanhamento imediato das famílias após o reassentamento, como mecanismo de compreender como estão sendo estabelecidos os vínculos comunitários, bem como levantar situações que demandem intervenções da equipe técnica social, A partir de abril além de possíveis encaminhamentos à rede de 2019 (em políticas intersetoriais. andamento) Acompanhamento dos casos de reinstalação de meios de vida: A equipe técnica social do PLN fará visita de acompanhamento domiciliar e aplicação de um instrumental para a verificação da reinstalação dos meios de vida da família. Esse instrumental será elaborado pela empresa supervisora de obras, que realizará o tratamento dos dados. Avaliação do Considerando que um processo de remanejamento A partir de Reassentamento – não termina quando a população está fisicamente julho de 2020 Relatório de instalada em outras residências, existe a necessidade Implementação de contar com um período de adaptação e de do PRI reabilitação antes de dar por concluído o processo de intervenção. Coerente com esses requerimentos, o PRI estabelece a realização de uma avaliação “ex-post”, a ser realizada preferencialmente de forma independente, como por exemplo, por equipe designada na Gerenciadora do Programa, que poderá ser realizada no período entre 6 a 12 meses após concluídas todas as ações de reassentamento e da realização da visita de verificação de reassentamento e acompanhamento da reinstalação dos meios de vida. A avaliação final subsidiará a elaboração do relatório de implementação do PRI que apontará dados qualitativos e quantitativos do reassentamento, além dos dados obtidos no monitoramento. O 121 detalhamento está descrito na Parte 6 deste documento (p.135) 122 PARTE 5 - ESTRATÉGIA DE PARTICIPAÇÃO E ENGAJAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS 1. ESTRATÉGIA DE PARTICIPAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS A Estratégia de Participação do PLN ocorre de maneira sistemática e em fases, sendo que na fase de preparação o público-alvo mais geral participava por meio de reuniões e audiências públicas. A medida que o processo de intervenção vai se detalhando as famílias diretamente afetadas de cada área de atuação passa a ser o público-alvo prioritário da estratégia de participação. 1.1. Processo de consultas na fase de preparação do projeto Durante a preparação do Programa Lagoas do Norte foram realizadas mais 12 consultas e reuniões públicas reunindo mais de 900 pessoas. Foram realizadas consultas públicas dos instrumentos de salvaguardas socioambientais do Programa e dos demais documentos que o compõem, bem como do Marco de Reassentamento Involuntário. Figura 23- Foto da Consulta Pública 23/02/2015 Figura 24- Foto da Consulta Pública 04/11/2014 Os participantes foram convidados a apresentar sugestões sobre os referidos documentos; suas sugestões foram registradas e estão disponíveis no site do PLN: https://semplan.teresina.pi.gov.br/licitacoes- documentos-pln/ 1.2. Participação e consultas do PRI 1 - versão anterior Ao longo da execução do Programa, foram adotadas diferentes estratégias de divulgação, consultas e participação, que buscaram debater as intervenções e estudos de possibilidades de redução dos impactos, principalmente em relação ao número de reassentamentos. As reuniões públicas envolvem representantes e moradores das comunidades locais interessadas, órgão de classe e representantes do poder judiciário local, como Ministério Público Estadual e da União. 123 Quando o processo social e administrativo de reassentamento é iniciado as famílias afetadas são convidadas para reunião geral coletiva. Essa é uma importante fase no processo de participação onde os PRIs são debatidos com as famílias afetadas e acontecem antes que qualquer outra intervenção ocorra na área. O Relatório do Processo de Participação dessa fase do PRIs estão no Anexo 4 deste documento, ao total participaram mais de 145 famílias em 7 reuniões. Figura 25 – modelo de convite, visita para convidar a família e reunião setorial 1.3. Participação das famílias afetadas no processo de revisão do Plano de Reassentamento O processo de consulta diz respeito aos espaços de escuta junto à população e/ou as representações sociais (comitês de moradores, associações comunitárias, ONGs, conselhos de classe, dentre outras formas de organização). Diferentes consultas foram realizadas pelo PLN, através de reuniões comunitárias, audiências públicas e atendimentos individualizados realizados tanto nos domicílios como nos escritórios técnicos UGP e UPS do programa. Majoritariamente, as consultas ocorreram com o público residente na área do PLN, mais especificamente junto às famílias e representações sociais da área de abrangência dos PRIs em atualização. Na fase de revisão deste PRI foram realizadas escutas junto as 5 novas famílias identificadas no território na atualização de 2019, como também, por meio de reuniões em domicílios específicos (a exemplo da fazendinha), ver relato de reuniões em anexo 4 Nas consultas as famílias demonstraram interesse em encaminhar o processo de negociação para desapropriação total ou parcial e posterior implementação das obras de saneamento na área. 124 Figura 26 1.4. Estratégia de consulta pública do PRI revisado O PLN realizou consulta pública virtual deste documento revisado na página oficial na Prefeitura de Teresina (www. https://semplan.teresina.pi.gov.br/lagoas-do-norte/). O documento ficou disponibilizado para consulta virtual por 15 dias (entre 21 de fevereiro de 2020 à 06 de março de 2020). Na Consulta Pública Virtual os participantes tiveram a oportunidade de ter ciência dos ajustes realizados ao documento, podendo enviar comentários que seriam respondidos e incorporados ao documento final. 125 Chamada da consulta virtual no site do Programa 126 Plano de Reassentamento do Matadouro – disponibilizado para consulta virtual O documento revisado não recebeu nenhum comentário durante o processo de consulta pública virtual, muito provavelmente devido ao avançado processo de implementação. 1.5. Acompanhamento do PLN por representantes comunitários O PLN desde sua fase de preparação tem sido acompanhado pelo Comitê Lagoas do Norte. O Comitê é uma organização da sociedade civil composta por representação de 13 bairros abrangidos pelo PLN. O Comitê realiza acompanhamento das ações do PLN e apresenta suas demandas por meio de ofício e relatórios encaminhados à direção do PLN. Além do Comitê o PLN recebe frequentemente representantes auto identificados das áreas, como por exemplo os representantes dos moradores da área dos oleiros. 1.6. Relacionamento contínuo com as comunidades O PLN mantém o relacionamento contínuo com as comunidades por meio das suas Unidades do Projeto – UGP e UPS. A Unidade de Gerenciamento do Programa Lagoas do Norte (UGP) está organizada com um grupo técnico multidisciplinar composto pelo Diretor Geral do Programa e por profissionais das áreas de Engenharia, Arquitetura, Direito, Serviço Social, Ciências Contábeis, Comunicação Social e auxiliares administrativos e é responsável pelas seguintes atividades: gestão e planejamento de obras; análise de projetos; supervisão 127 de contratos; produção de termos de referência e realização de licitações; articulação de políticas intersetoriais; supervisão do trabalho técnico-social e de engenharia. A UGP está localizada: Rua Gabriel Ferreira 2130. Telefone: (86) 3215-7524 Para o nível da execução do PRI, as ações estarão referenciadas pela Unidade de Projeto Socioambiental (UPS) que funciona na sede Administrativa do Parque Ambiental Lagoas do Norte. A equipe da UPS é composta por um coordenador e técnicos das seguintes áreas: Serviço Social, Psicologia, Direito, Biologia, Educação Ambiental, Recursos Humanos, Engenharia e auxiliares administrativos. A UPS dispõe de serviço de Plantão Social que é responsável por atendimentos espontâneos, solicitação de informações, agendamento de atendimentos individualizados; registro de reclamações e elogios. 2. MECANISMO DE RECLAMAÇÕES E QUEIXAS Sabe-se que uma das maiores queixas da população é a dificuldade de acessar o processo institucional/burocrático das entidades envolvidas, e por isto mesmo sentem-se perdidas e lesadas. Ser acessível e dar respostas de forma concisa, clara, bem fundamentadas e em uma linguagem adequada é a função do grupo de reclamos. Para além do atendimento direto prestado pela UPS e UGP às famílias que serão reassentadas, a Prefeitura de Teresina disponibiliza uma ferramenta de participação da população utilizada através de um aplicativo de telefonia móvel, o COLAB. Por ele o cidadão faz reclamações diretas, que devem ser solucionadas ou respondidas pelo setor competente da gestão municipal. As demandas identificadas no sistema sem resolutividade são encaminhadas pelo ouvidor ao chefe do executivo municipal. Os reclamos também poderão ocorrer presencialmente, na ouvidoria do município situada na Casa da Cidadania, Rua Coelho Rodrigues, N° 954, Praça da Bandeira - Centro ou pelo telefone (86) 3232-3524/ 3216-3138. Esta ouvidoria estará preparada para não só captar as reclamações, mas, sobretudo para encaminhá-las aos setores pertinentes buscando obter soluções. As soluções obtidas serão, imediatamente, comunicadas aos reclamantes. O COLAB é o mecanismo preferencial de registro e encaminhamento das demandas, reclamações e pedidos de esclarecimentos. As pessoas podem acessar pessoalmente o COLAB por meio de aplicativo. 128 Figura 27: COLAB – Aplicativo para interações e reclamações Figura 28: Fluxo de atendimento 129 As pessoas que procurarem atendimento diretamente no Plantão Social terão suas demandas protocoladas no COLAB e poderão acompanhar por e-mail ou presencialmente a resposta a sua solicitação. A UGP/UPS fará o acompanhamento das respostas aos reclamantes até a finalização da demanda apresentada. A UGP incorporará nos relatórios de progresso do Programa o resumo dos atendimentos do período. 2.1. Procedimentos para registro e resposta a reclamações O procedimento de atendimento dos reclamos e queixas apresentadas pelas comunidades alvo das ações do Programa seguirá os seguintes passos e fluxo: Tabela 16: Fluxo para atendimento dos reclamos e queixas Passos Procedimento Prazo 1. Recebimento da As demandas poderão ser recebidas por diferentes canais de _ demanda comunicação (preferencialmente pelo COLAB) e também podem ser direcionadas tanto à UGP quanto a UPS, que farão o registro das demandas no COLAB. 2. Análise da O receptor da demanda deverá realizar a análise do teor da Até 3 dias úteis Demanda/ manifestação, verificar se há necessidade de encaminhamento para para triagem Triagem áreas especificas do Projeto ou outros órgãos municipais, ou ainda se a demanda pode ser resolvida sem a necessidade de encaminhamento, ou seja, casos de dúvidas simples onde o próprio receptor possa dar resolução à questão. A UGP deverá validar o encaminhamento da demanda. 3. Encaminhamento Após a análise, dependendo do assunto, a demanda que tenha dados Até 3 dias úteis -Confirmação e suficientes e específicos deverá ser encaminhada área responsável. para Aceite da Quando a área responsável aceita/ confirma a demanda o reclamante confirmação da demanda recebe a notificação de andamento da sua demanda. Esta notificação demanda é encaminhada via e-mail, ou pode ser acompanhada presencialmente pelo reclamante. 4. Acompanhament A UGP deverá acompanhar o trâmite da demanda específica (de - o maior grau de severidade) para agilizar e intermediar as ações deverá, também, avaliar a resposta dada pelas áreas responsáveis e, se não for satisfatória, buscar mediar nova forma de resolução da questão. 5. Respostaaodema O demandante/reclamante deverá ser informado sobre o trâmite da Até 20 dias úteis ndante/reclaman sua demanda. Essa resposta não deverá ultrapassar 20 dias úteis salvo para resposta te em casos de litígios extrajudiciais ou judiciais, nos quais dependerão dos prazos de cada processo. 130 6. Fechamento Uma demanda só pode ser fechada mediante uma resposta ao - demandante. O Reclamante deverá expressar se sua demanda foi satisfatoriamente respondia. Caso o reclamante entenda que sua queixa não foi atendida ele será orientado sobre os canais de apelação para questionar a resposta/solução ofertada. Os canais de apelação são a Ouvidoria Municipal, Procuradoria Geral do Município e Defensoria Pública. 7. Relatório de Quinzenalmente a UGP/UPS receberá o relatório do COLAB para Quinzenal Queixas acompanhamento das queixas 131 Além das Unidades do Projeto e o COLAB o PLN disponibiliza diferentes canais atendimento, quais sejam: ● Ouvidoria Municipal: A ouvidoria Municipal dispõe de atendimento presencial: Atendimento Rua Coelho Rodrigues, 954. Praça da Bandeira. Casa da Cidadania - Centro - CEP 64.000-080-Teresina-PI ● Atendimento por Telefone: Fala Teresina (86) 3232.3524 (86) 3216.3138. Atendimento por e-mail: ouvidoria@pmt.pi.gov.br. Atendimento pelo website: http://ouvidoria.teresina.pi.gov.br/ ● Redes Sociais: O Programa Lagoas do Norte dispõe de página do Facebook onde são publicadas diferentes materiais do Programa e também dispõe de aba de comunicação onde as pessoas podem 132 solicitar informações, reclamações, elogios e etc. As interações podem ser verificadas por meio de curtidas, e engajamento no compartilhamento de informações. ● Site: O Site do Programa Lagoas do Norte está disponível dentro do site da SEMPLAN e dispõe de diversos documentos e também uma aba do “Fale Conosco”, onde as pessoas podem enviar comunicação. https://semplan.teresina.pi.gov.br/lagoas-do-norte/ Os canais de relacionamento com as comunidades garantem o atendimento a legislação brasileira que define: • Direito à Informação: garantia do direito de acesso à informação, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão, nos termos da lei. • Canal de diálogo: manutenção de canais abertos com a imprensa, redes sociais e com os diversos segmentos da sociedade. 133 PARTE 6- ESTRATÉGIA DE MONITORAMENTO E DE AVALIAÇÃO EX-POST O monitoramento e a avaliação ex-post serão desenvolvidos num processo paralelo à fase de planejamento e execução do reassentamento, pois o monitoramento e avaliação visam verificar se os fundamentos, os objetivos, o plano de ação e a política de atendimento do PRI estão sendo alcançados. Caso se verifique que isto não esteja ocorrendo, o sistema de monitoramento deverá sugerir correções/adequações/ajustes. Desta forma, o monitoramento e a avaliação serão executados através da prestação de serviços de uma empresa contratada para este fim. O Monitoramento da Implementação dos PRIs ficará a cargo da Supervisora – Consórcio Nippon KOEI LAC. Para a avaliação e elaboração de relatório de implementação de Reassentamento será realizada preferencialmente de forma independente, como por exemplo, por equipe designada na Gerenciadora do Programa, uma vez que não se recomenda que a equipe envolvida no processo execute o monitoramento ou avaliação final – o desejável é haja um olhar “externo” ao processo. 1. MONITORAMENTO O monitoramento do PRI aqui proposto é um acompanhamento sistemático do processo de execução do reassentamento. Para isto é necessário identificar quais os aspectos que merecem acompanhamento específico, determinando-se os caminhos críticos do PRI e, a partir daí, estabelece-se os pontos a serem monitorados. Para isto é necessário que o processo se dê de forma dinâmica realizada de forma expressa e com frequência definida – que sugira correções de rumo – quase que imediatas, quando necessárias. A seguir apresenta-se uma relação de aspectos inicialmente previstos (indicados a partir de experiência de projetos similares) para serem monitorados, mas nada impede e é desejável, que a equipe gestora do Projeto no momento da contratação do sistema de monitoramento avalie a oportunidade de incluir algum outro aspecto ou excluir algum dos previstos por já ter sido superado. ● Identificar o andamento do Progresso do Reassentamento / Monitorar a adesão a opção de compensação - Soluções de atendimento oferecidas – total de opções por reassentamento e por indenização; Número de famílias e negócios removidos (meios de vida) ● Número de atendimentos realizados no Plantão Social/famílias orientadas; ● Reassentamentos realizados / frentes de obras liberadas; ● Números de termos de ajustes e formalizados / pendentes – monitoramento do tempo média de pagamento das soluções; ● Acompanhamento dos pagamentos de aluguel social’; ● Eventos e oficinas educativas realizadas pelo PLN; ● Atividades participativas – reuniões, consultas e outras ações realizadas; ● Fechamento do reassentamento – tabulação de dados da visita de verificação de reassentamento (incluindo os casos de reinstalação de meios de vida) ● Relatório das ações sociais e comunicação obra – acompanhamento dos casos de afetação parcial. A empresa responsável elaborará instrumentos de coleta de dados para o monitoramento. Estes instrumentos serão discutidos e acordados com a UGP e o Banco. Os dados coletados durante o monitoramento subsidiarão a elaboração de relatórios de progressos e serão utilizados para orientar as 134 ações durante a implementação do PRI. Caso o monitoramento identifique alguma lacuna significativa, principalmente no que se refere a recomposição dos meios de vida das famílias reassentadas, o PLN implementará medidas para alcançar os ajustes necessários. 2. AVALIAÇÃO EX-POST Considerando que um processo de remanejamento não termina quando a população está fisicamente instalada em outras residências, existe a necessidade de contar com um período de adaptação e de reabilitação antes de dar por concluído o processo de intervenção. Coerente com esses requerimentos, o PRI estabelece a realização de uma avaliação “ex-post”, a ser realizada de forma independente, que poderá ser realizada no período entre os 6 a 12 meses após concluídas todas as ações e da realização da visita de verificação de reassentamento/ acompanhamento da reinstalação dos meios de vida. A avaliação final subsidiará a elaboração do relatório de implementação do PRI que apontará dados qualitativos e quantitativos do reassentamento, além dos dados obtidos no monitoramento. A avaliação ex-post será realizada em etapas que possibilitem o alcance dos objetivos. Os objetivos são: ● Medir os resultados do PRI; ● Verificar o grau de satisfação das famílias optantes pelas diversas formas de atendimento do Programa; ● Identificar os fatores de satisfação/insatisfação; ● Verificar a adequabilidade das ações de atendimento. Por adequabilidade das ações de atendimento entende-se, como ter efetivamente minimizado o impacto ocasionado, ou seja, ter possibilitado a recomposição de vida; ● Avaliar a recomposição dos meios de vida, incluindo atividades econômicas e culturais; ● Acesso aos serviços após o reassentamento; ● Manutenção dos vínculos e laços sociais comunitários e familiares. A avaliação deve ser realizada por equipe independente, mas com comprovada experiência não só em processos de avaliação, mas também em processos de reassentamento. Os custos para realização da avaliação ex post estão previstos no Componente 1 do Programa. A empresa responsável elaborará instrumentos de coleta de dados para a avaliação. Estes instrumentos serão discutidos e acordados com a UGP e o Banco. Os dados coletados durante o monitoramento incluídos nos relatórios de progressos serão utilizados para compor o relatório de avaliação, assim como os dados coletados especificamente para a avaliação final. Caso a avaliação final identifique alguma lacuna significativa, principalmente no que se refere a recomposição dos meios de vida das famílias reassentadas, o PLN implementará medidas para alcançar os ajustes necessários. 135 PARTE 7: RESPONSABILIDADES, CRONOGRAMA E CUSTOS 1. RESPONSABILIDADES ORGANIZACIONAIS A Prefeitura Municipal de Teresina, através da UGP, com o apoio de especialistas, será responsável pela realização do conjunto de ações de remoção e reassentamento. A implementação do referido plano envolve diferentes órgãos cuja competência está especificada no quadro a seguir. Tabela 17: INSTITUIÇÃO SETOR COMPETÊNCIA ATIVIDADE RESPONSÁVEL BIRD – Banco Gerência de Análise e aprovação do Financiamento Mundial Contrato do BIRD PRI Caixa GIDUR/ Caixa Construção do Financiamento Econômica Residencial do PLN Federal – CEF SEMPLAN/ UGP Planejamento Análise do PRI das ações de reassentamento Prefeitura Municipal SEMPLAN Acompanhamento Execução do PRI de Teresina (UGP/UPS e negociação com ) as famílias SEMF SEMDUH Procuradoria Geral Aporte jurídico às ações Acompanhamento e do Município para desapropriação anuência às ações de desapropriação 2. CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO Conforme já mencionado, a execução das obras e os processos de reassentamento estão absolutamente interligados entre si, de modo que as obras somente poderão avançar sobre imóveis existentes uma vez que estes já tiverem sido devidamente relocados. O cronograma operativo anexo prevê o ordenamento dos prazos e serviços serem executados, sendo que as desapropriações de determinado local deverão estar concluídas antes da chegada daquela frente de obra. O cronograma encontra-se Anexo 6. 136 3. ESTIMATIVADE CUSTOS Tabela 18: Estimativa de Custo Descrição dos serviços/atividades Valor (R$) Pagamento de Créditos Indenizatórios por afetação 15.413.262,83 Total e Parcial Pagamento de Créditos Indenizatórios referentes ao 138.495,60 Auxílio Moradia Aluguel Social 24.000,00 Unidades Residenciais – Imóveis Remanescentes** -- Total = 15.575.758,43 Os valores dos imóveis foram estimados com base nas avaliações realizadas pelo Consorcio Teresina Sustentável, com base na metodologia descrita na NBR 14.653. As avaliações foram atualizadas em janeiro de 2019, com alteração nos valores dos padrões construtivos, assim como no fator de comercialização. Os valores estimados no decorrer do processo de reassentamento sofreram alterações devido a modificações realizadas pelas famílias seja: no padrão construtivo dos imóveis, na dimensão dos terrenos imóveis; ou na dimensão da área edificada. Estas alterações têm repercussão no valor estimado na fase de planejamento do referido PRI. Além das alterações nos imóveis a estimativa inicial do PRI para o atendimento no Residencial do PLN não alcançou a meta estabelecida. As alterações nos imóveis, deverão ser subsidiadas por novos laudos de avaliação e validados pela PMT. Para a realização das ações previstas neste plano está planejada a utilização dos recursos destinados ao Programa Lagoas do Norte. A despesa relativa às unidades habitacionais do Residencial Parque Brasil é contrapartida da Prefeitura de Teresina. 137 SUMÁRIO ANEXO 1. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA AVALIAÇÃO DOS IMÓVEIS ..................... 2 ANEXO 2: PROCEDIMENTO METODOLOGICO PARA AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE PSICULTURA SEMI-INTENSIVA EM VIVEIROS ESCAVADOS ............................................................ 10 ANEXO 3: INSTRUMENTAIS UTILIZADOS NO PROCESSO DE REASSENTAMENTO ..................... 12 ANEXO 4: RELATÓRIO DAS CONSULTAS PUBLICAS REALIZADAS ............................................... 20 ANEXO 1. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA AVALIAÇÃO DOS IMÓVEIS 1.1.1. METODOLOGIA ADOTADA Junto ao levantamento socioeconômico, realizado em todas as residências na área de abrangência do projeto, foram vistoriados os itens determinados pela NBR 14653-2:2004. Esses itens caracterizam a região, o terreno, as benfeitorias de um imóvel, sendo que estes atributos são utilizados para caracterizar e avaliar o valor do imóvel. Para adequada avaliação dos imóveis, a metodologia utilizada foi o método evolutivo, conforme preconizado na NBR 14653-1, onde se obtém o valor somatório de todos os itens que compõe a avaliação do imóvel. Como o objetivo é obter o valor de mercado, também deve ser levantado o fator de comercialização que correlaciona o somatório desses valores, com o valor atual de mercado. A composição total do imóvel avaliado se dá pelo valor do terreno somado ao valor das benfeitorias, e multiplicados por um fator de comercialização, ou seja: ������������ = (������������ + ������������). ������������ Onde: VI é o valor de imóvel; VT é o valor do terreno; VB é o valor da benfeitoria; FC é o fator de comercialização. A benfeitoria teve seu custo levantado pelo método comparativo direto de custo, uma vez que devido à grande quantidade de imóveis a serem avaliados torna-se quase impossível apreciação individual de cada imóvel. Neste método foram definidos cinco padrões representativos para a região de moradia, quais sejam: normal, normal/baixo, baixo, mínimo e abaixo do mínimo. Para cada padrão construtivo foram projetadas residências típicas e estas orçadas de acordo com valores SINAPI, gerando um valor médio por m2 para cada tipo. Posteriormente a área de cada residência avaliada é multiplicada por esse valor médio unitário gerando o VB. Ainda para complementar a avaliação dos imóveis, durante o levantamento cadastral foram consideradas benfeitorias como portões, muros e banheiros, dependendo do tipo do imóvel. O fator de comercialização relaciona o valor teórico do imóvel (VT+VB), estimado de acordo com sua tipologia e área construída, com o seu correspondente valor no mercado, aproximando, assim, o valor teórico à realidade mercadológica da região. O fator de comercialização é obtido a partir da média das razões entre preços anunciados de imóveis à venda (pesquisa de mercado) com os valores teóricos estimados. Por recomendação da PMT, para imóveis com valor de avaliação inferior a R$ 2.544,50, o valor considerado deve ser fixado justamente em R$ 2.544,50 – adotando esse valor como piso mínimo de avaliação – uma vez que esta é a referência da prefeitura para reconstrução emergencial de imóveis de taipa (padrão construtivo denominado “abaixo do mínimo”). Cabe ressaltar que em se tratando de imóvel de uso misto1ou comercial, o valor unitário do padrão construtivo desse imóvel é acrescido em 50% sobre área com utilização comercial, visando, com isso, mitigar a relocação do comércio existente. Além disto, em conformidade à Política de Reassentamento do Banco Mundial, não são consideradas depreciações sobre as edificações do imóvel. 1.1.2. GRAU DE FUNDAMENTAÇÃO A precisão da avaliação do imóvel será estabelecida quando for possível medir o grau de certeza e o nível de erro tolerável numa avaliação. Os graus de fundamentação e de precisão das avaliações serão definidos da seguinte forma: Durante a avaliação do grau de fundamentação, o atendimento a cada item do grau I terá um ponto; do grau II, dois pontos; e do grau III, três pontos. Sendo grau I de menor precisão e o grau III de maior. O grau de fundamentação do levantamento de custo da benfeitoria (VB), de acordo com a tabela 7 da NBR 14653-2, é dividido em três itens: a estimativa de custo direto, BDI e depreciação física. Conforme metodologia descrita na norma, temos as seguintes classificações: • Estimativa de custo direto, se enquadra no grau III definido pela norma como: Pela elaboração de orçamento, no mínimo sintético; • BDI se enquadra no grau III definido pela norma como: Calculado; • Depreciação física se enquadra no grau II definido pela norma como: Calculada por métodos técnicos consagrados, considerando-se idade, vida útil e estado de conservação. • No entanto, considerando que segundo a politica de reassentamento do Banco Mundial não são considerados depreciações sobre as benfeitorias do imóvel aplicou-se em todos os casos o valor de “construção nova. Para obter o enquadramento global do laudo deve-se considerar a soma dos pontos obtidos e enquadrar na tabela 8 da NBR 14653-2. Neste caso temos o somatório de oito pontos atingindo um grau III no método da quantificação de custo, conforme a norma. Na tabela 11 da NBR 14653-2, podemos classificar o grau de fundamentação do valor do terreno (VT) e do fator de comercialização (FC). Conforme metodologia descrita na norma, temos as seguintes classificações: • Valor do terreno se enquadra no grau II; • Estimativa dos custos de reedição se enquadra no grau III: Grau II de fundamentação no método da quantificação de custo; • Fator de comercialização se enquadra no grau III: Inferido em mercado semelhante. 1 Imóvel de uso misto é aquele que apresenta uso residencial e comercial. Para obter o grau de fundamentação global do método evolutivo utilizado, subsidiado pelo grau dos itens que os compõe, cruzamos o somatório de oito pontos obtido na tabela 12 da NBR 14653-2. Neste caso temos a somatório de oito pontos atingindo um grau III no método evolutivo, conforme a norma. 1.1.3. RESULTADOS Padrão construtivo e valor unitário da edificação As benfeitorias tiveram seu custo levantado pelo método comparativo direto de custo, uma vez que devido à grande quantidade de imóveis a serem avaliados torna-se quase impossível aprecificação individual de cada imóvel. Neste método foram definidos cinco padrões construtivos (Tabela 1) e, durante a fase de cadastramento das famílias, cada imóvel foi enquadrado em uma dessas cinco classes conforme suas características observadas. Tabela 1. Padrão construtivo dos imóveis Revestimento Revestimento Padrão Construtivo Laje de Forro Chapisco, Reboco Alvenaria Cerâmico e Pintura Normal Sim Sim Sim Sim Normal/Baixo Não Sim Sim Sim Baixo Não Não Sim Sim Mínimo Não Não Não Sim Abaixo do Mínimo Não Não Não Não O valor unitário de cada padrão construtivo foi definido a partir da concepção de um projeto típico para cada padrão, bem como pela composição de custo para sua respectiva execução (SINAPI)2. O resumo dos preços unitários de cada padrão construtivo é apresentado a seguir (Tabela 2), bem como o orçamento detalhado que resultou nos respectivos valores. Tabela 2. Resumo dos Preços Unitários. Padrão Código Custo Un. (R$/m2) Normal N 1234,06 Normal/baixo Nb 1229,17 Baixo B 748,72 Mínimo M 301,26 Abaixo do mínimo Mt 25,29 Muro - 69,15 Portão metálico - 229,50 Galpão - 666,10 2 Foi utilizado como referência os valores da tabela da SINAPI de janeiro de 2019. 1.0 CASA PADRÃO NORMAL ITENS SINAPI SERVIÇOS UNIDADE QUANT. V. UNITARIO V. TOTAL 1.1 74077/002 LOCAÇÃO m² 107,28 3,93 421,61 1.2 96521 ESCAVAÇÃO m³ 13,54 30,26 409,72 1.3 87475 ALVENARIA DE P ARGAMASSADA m² 13,54 56,89 770,29 1.4 92270 FORMA DE MADEIRA m² 20 40,14 802,80 1.5 92741 CONCRETO ESTRUTURAL m³ 1,2 445,70 534,84 1.6 92884 FERRAGEM kg 80 5,67 453,60 1.7 96385 ATERRO m³ 23,77 5,06 120,28 1.8 87622 PISO BRUTO m² 95,1 25,11 2387,96 1.9 87449 ALVENARIA DE ELEVAÇÃO m² 216 56,77 12262,32 1.10 92456 MADEIRAMENTO m² 145,04 71,25 10334,10 1.11 94204 TELHAMENTO m² 145,04 28,07 4071,27 1.12 74202/001 LAJE DE FORRO m² 120 135,59 16270,99 1.13 87888 CHAPISCO m² 528,38 4,71 2488,67 1.14 87788 REBOCO m² 528,38 63,06 33319,64 1.15 87265 REVESTIMENTO CERÂMICO m² 69,47 45,95 3192,15 1.16 90820 PORTAS un 8 290,71 2325,68 1.17 84844 JANELAS un 6 283,85 1703,10 1.18 88487 PINTURA PVA m² 520 7,56 3931,20 1.19 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS pt 42 44,69 1876,90 1.20 - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS pt 9 51,07 459,65 1.21 - INSTALAÇÕES SANITÁRIAS pt 9 63,84 574,56 1.22 74198/001 FOSSA-SUMIDOURO und 1 1247,84 1247,84 TOTAL 99.959,17 Custo Unitário (R$/m2) Área (m2) 81 1.234,06 2.0 CASA PADRÃO NORMAL / BAIXO ITENS SINAPI SERVIÇOS UNIDADE QUANT. V. UNITARIO V. TOTAL 2.1 74077/002 LOCAÇÃO m² 93,79 3,93 368,59 2.2 96521 ESCAVAÇÃO m³ 10,34 30,26 312,89 2.3 87475 ALVENARIA DE P ARGAMASSADA m³ 13,54 56,89 770,29 2.4 92270 FORMA DE MADEIRA m² 15 40,14 602,10 2.5 92741 CONCRETO ESTRUTURAL m³ 1 445,70 445,70 2.6 92884 FERRAGEM m³ 60 5,67 340,20 2.7 96385 ATERRO m³ 16,86 5,06 85,31 2.8 87622 PISO BRUTO m² 84,32 25,11 2117,28 2.9 87449 ALVENARIA DE ELEVAÇÃO m² 191,38 56,77 10864,64 2.10 92456 MADEIRAMENTO m² 118,82 71,25 8465,93 2.11 94204 TELHAMENTO m² 118,82 28,07 3335,28 2.12 87888 CHAPISCO m² 200 4,71 942,00 2.13 87788 REBOCO m² 382,76 63,06 24136,85 2.14 87265 REVESTIMENTO CERÂMICO m² 11,55 45,95 530,72 2.15 90820 PORTAS un 6 290,71 1744,26 2.16 84844 JANELAS un 5 283,85 1419,25 2.17 88487 PINTURA PVA m² 150 7,56 1134,00 2.18 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS pt 18 44,69 804,38 2.19 - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS pt 6 51,07 306,43 2.20 - INSTALAÇÕES SANITÁRIAS pt 4 63,84 255,36 2.21 74198/001 FOSSA-SUMIDOURO und 1 1247,84 1247,84 TOTAL 60.229,30 Custo Unitário (R$/m2) Área (m2) 49 1.229,17 3.0 CASA PADRÃO BAIXO ITENS SINAPI SERVIÇOS UNIDADE QUANT. V. UNITARIO V. TOTAL 3.1 74077/002 LOCAÇÃO m² 93,79 3,93 368,59 3.2 96521 ESCAVAÇÃO m³ 10,34 30,26 312,89 3.3 87475 ALVENARIA DE P ARGAMASSADA m³ 10,34 56,89 588,24 3.4 92270 FORMA DE MADEIRA m² 12 40,14 481,68 3.5 92741 CONCRETO ESTRUTURAL m³ 0,8 445,70 356,56 3.6 92884 FERRAGEM m³ 45 5,67 255,15 3.7 96385 ATERRO m³ 16,86 5,06 85,31 3.8 87622 PISO BRUTO m² 84,32 25,11 2117,28 3.9 87449 ALVENARIA DE ELEVAÇÃO m² 120 56,77 6812,40 3.10 92456 MADEIRAMENTO m² 70 71,25 4987,50 3.11 94204 TELHAMENTO m² 90 28,07 2526,30 3.12 87888 CHAPISCO m² 382,76 4,71 1802,80 3.13 87788 REBOCO m² 150 63,06 9459,00 3.14 90820 PORTAS un 6 290,71 1744,26 3.15 84844 JANELAS un 5 283,85 1419,25 3.16 88487 PINTURA PVA m² 100 7,56 756,00 3.17 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS pt 18 44,69 804,38 3.18 - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS pt 6 51,07 306,43 3.19 - INSTALAÇÕES SANITÁRIAS pt 4 63,84 255,36 3.20 74198/001 FOSSA-SUMIDOURO und 1 1247,84 1247,84 TOTAL 36687,23 Custo Unitário (R$/m2) Área (m2) 49 748,72 4.0 CASA PADRÃO MINIMO ITENS SINAPI SERVIÇOS UNIDADE QUANT. V. UNITARIO V. TOTAL 4.1 74077/002 LOCAÇÃO m² 41,6 3,93 163,49 4.2 96521 ESCAVAÇÃO m³ 5,67 30,26 171,57 4.3 87475 ALVENARIA DE P ARGAMASSADA m³ 5,67 56,89 322,57 4.4 92270 FORMA DE MADEIRA m² 10 40,14 401,40 4.5 92741 CONCRETO ESTRUTURAL m² 0,5 445,70 222,85 4.6 92884 FERRAGEM m³ 30 5,67 170,10 4.7 96385 ATERRO m³ 3,62 5,06 18,32 4.8 87622 PISO BRUTO m² 36,16 25,11 907,98 4.9 87449 ALVENARIA DE ELEVAÇÃO m² 70 56,77 3973,90 4.10 92456 MADEIRAMENTO m² 40 71,25 2850,00 4.11 94204 TELHAMENTO m² 51,6 28,07 1448,41 4.12 90820 PORTAS un 4 290,71 1162,84 4.13 84844 JANELAS un 3 283,85 851,55 4.14 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS pt 11 44,69 491,57 4.15 - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS pt 2 51,07 102,14 4.16 - INSTALAÇÕES SANITÁRIAS pt 4 63,84 255,36 4.17 74198/001 FOSSA – SUMIDOURO un 1 1247,84 1247,84 TOTAL 14761,89 Custo Unitário (R$/m2) Área (m2) 49 301,26 5.0 CASA PADRÃO ABAIXO DO MINIMO ITENS SERVIÇOS UNIDADE QUANT. V. UNITARIO V. TOTAL 5.1 PAU DE ESCORA P/PAREDES und 30 4,35 130,35 5.2 TALO DE COCO P/PAREDES und 300 0,61 181,56 5.3 BARRO carrda 1 69,52 69,52 5.4 BARBANTE novelo 2 6,95 13,90 5.5 MOURÕES und 7 8,69 60,83 5.6 CAIBROS DE PAU DE ESCORA und 30 3,48 104,28 5.7 RIPAS dz 3 33,02 99,07 5.8 TELHAS DE BARRO und 250 0,23 58,19 5.9 MÃO DE OBRA und 1 521,41 521,41 4.0 CASA PADRÃO MINIMO TOTAL 1239,14 Custo Unitário (R$/m2) Área (m2) 49 25,29 6.0 GALPÃO INDUSTRIAL ITENS CUB3 SERVIÇOS UNIDADE QUANT. V. UNITARIO V. TOTAL 6.1 2014-2018/PI GALPÃO INDUSTRIAL METÁLICO m² 1 666,10 666,10 TOTAL (R$/m2) 666,10 7.0 BENFEITORIAS 7.1 MURO (1,00m) ITENS SINAPI SERVIÇOS UNIDADE QUANT. V. UNITARIO V. TOTAL 7.1.1 96521 ESCAVAÇÃO m³ 0,06 30,26 1,82 7.1.2 87475 ALVENARIA DE P ARGAMASSADA m³ 0,06 56,89 3,41 7.1.3 92270 FORMA DE MADEIRA m² 0,2 40,14 8,03 7.1.4 92741 CONCRETO ESTRUTURAL m³ 0,02 445,70 8,91 7.1.5 92884 FERRAGEM m³ 0,02 5,67 0,11 7.1.6 87449 ALVENARIA DE ELEVAÇÃO m² 1,8 56,77 102,19 TOTAL 124,47 Custo Unitário (R$/m2) Área (m2) 1,8 69,15 7.2 PORTÃO METÁLICO ITENS SINAPI SERVIÇOS UNIDADE QUANT. V. UNITARIO V. TOTAL 7.2.1 68054 PORTÃO METÁLICO m³ 1 229,50 229,50 TOTAL (R$/m²) 229,50 Valor Unitário do Terreno O valor unitário do terreno foi obtido indiretamente a partir de pesquisas de mercado, sendo que do preço de venda anunciado descontava-se a parcela referente à edificação– que por sua vez teve o seu valor obtido a partir do preço unitário de padrões construtivos concebidos com itens da tabela SINAPI, como informado no item anterior. De posse de diversos valores unitários de terreno, fez-se a média e, então, obteve-se um valor único para o preço da terra. Adicionalmente, nos casos em que o imóvel não dispunha de comprovante de propriedade, considera-se- um abatimento de 30% sobre o valor da porção não edificada do terreno afetado. A expressão abaixo ilustra o cálculo mencionado (antes do abatimento por falta de comprovante de propriedade) e, a Tabela 3a seguir apresenta o conjunto de imóveis levantados durante a pesquisa mercado para obtenção do valor unitário da terra. Como essa pesquisa foi realizada em 2015/2016 e percebeu-se a necessidade de atualizar o valor unitário para um contexto mais recente. Onde: 3 O Custo unitário Básico de Construção (CUB) é um indicador de custo no setor da construção civil calculado e divulgado pelos Sindicatos de Construção Civil Estaduais e regido pela Lei Federal 4.591/64. O CUB Brasil refere-se a uma média ponderada dos indicadores de alguns dos principais estados da federação. O CUB do Piauí foi utilizado como referência para o valor do Galpão utilizado pelo Projeto, calculado por meio da média entre os anos de 2014 a 2018. = Valor do Terreno por m2 Vt= Valor do Terreno At = Área do Terreno Vp= Valor do Imóvel na Pesquisa Vi = Valor da Construção Ac= Área Construída Vm2 = Valor Médio da Área Construída por m²(padrão construtivo) Tabela 3. Valor Unitário do Terreno (R$/m²). Área Área Vl Unit. Valor de Valor da R$/m² Endereço Padrão Localidade Terren Construç Construç Venda Construção Terreno o ão ão Rua Alto Longá,6671 NB Cachorros 600,00 100,00 832,74 90.000,00 83.273,92 11,21 Avenida Barão de Campo M Campo Maior 96,82 71,32 280,51 35.000,00 20.005,71 154,87 Maior,1834 Avenida Barão de Campo M Campo Maior 56,96 50,98 280,51 15.000,00 14.300,21 12,29 Maior,1818 Rua Domingos Jorge Velho, 5890 N Cerâmica Poty 200,00 110,00 885,03 130.000,00 97.353,24 163,23 Av. João Isidoro França,6096 B Cerâmica Poty 247,20 128,89 584,46 160.000,00 75.331,32 342,51 Rua Rui Barbosa, 4908 NB Jacaré 200,00 75,00 832,74 80.000,00 62.455,44 87,72 só Rua Santa Helena, s/n Jacaré 245,00 0,00 0,00 25.000,00 0,00 102,04 terreno Rua Técnico Joaquim Soares, NB Jacaré 150,00 140,00 832,74 120.000,00 116.583,49 22,78 6022 Rua Minas Gerais, 534 N Matadouro 300,00 410,00 885,03 480.000,00 362.862,09 390,46 Rua Minas Gerais, 391 NB Matadouro 250,00 144,00 832,74 250.000,00 119.914,45 520,34 Rua Minas Gerais, 510 N Matadouro 250,00 181,00 885,03 290.000,00 160.190,34 519,24 Rua Minas Gerais, 839 NB Matadouro 250,00 142,00 832,74 150.000,00 118.248,97 127,00 Rua Minas Gerais, nº 215 NB Matadouro 110,00 90,00 832,74 80.000,00 74.946,53 45,94 Rua Bissal, 8213. Quadra B, Casa B Mocambinho 190,00 70,00 584,46 85.000,00 40.912,34 232,04 32 Rua Bissal, 8003. Quadra A, Casa B Mocambinho 160,00 72,00 584,46 70.000,00 42.081,27 174,49 28 Rua 8,3521 B Mocambinho 98,00 60,00 584,46 45.000,00 35.067,72 101,35 Rua 8,2537 B Mocambinho 128,00 65,00 584,46 45.000,00 37.990,03 54,77 Av. Boa Esperança, 5740 M Oleiros 90,00 45,00 280,51 20.000,00 12.622,79 81,97 Rua Manuel de Aguiar Filho, 602 B Oleiros 75,00 70,00 584,46 53.000,00 40.912,34 161,17 Rua Manuel de Aguiar Filho, 602 B Oleiros 75,00 70,00 584,46 53.000,00 40.912,34 161,17 Área Área Vl Unit. Valor de Valor da R$/m² Endereço Padrão Localidade Terren Construç Construç Venda Construção Terreno o ão ão Rua Manuel de Aguiar Filho, B Oleiros 180,00 100,00 584,46 80.000,00 58.446,21 119,74 1009 Avenida Barão de Campo M Pantanal 79,50 68,22 280,51 25.000,00 19.136,14 73,76 Maior,2790 Rua João Henrique Rabelo B Pantanal 90,00 60,00 584,46 60.000,00 35.067,72 277,03 Rua Santa Helena, 1044 M São Joaquim 399,00 100,00 280,51 70.000,00 28.050,64 105,14 Av. Cleanto Jales de Carvalho N Mocambinho 200,00 200,00 885,03 230.000,00 177.005,90 264,97 Média 172,29 Variação CUB Teresina/PI (2015 a 2018) +13,88% Valor atualizado 196,21 Fator de Comercialização O fator de comercialização consiste na média das razões entre os preços de venda de imóveis anunciados no mercado e o valor teórico estimado de acordo com sua tipologia e área construída. As pesquisas de mercado para este fim foram realizadas em momentos distintos ao longo da duração do projeto e, devido a defasagem de tempo entre as pesquisas de mercado iniciais e o momento atual de negociação com as famílias, fez-se necessária uma nova pesquisa mercado para atualização do fator de comercialização, tendo sido realizada em setembro de 2018. Tabela 4. Fator de comercialização médio para região do Programa Lagoas do Norte. Área Vl Unit. Fator Área Vl. Unit Valor de Valor Endereço Padrão Construçã Construçã de Terreno Terreno Venda Estimado o o Com. Qd 39 Casa 17, São B 160,00 52,78 196,21 748,72 85.000,00 70.911,04 1,20 Joaquim Rua Canidé Q-01 C-17 N 176,00 136,00 196,21 1.234,06 200.000,00 202.365,12 0,99 Rua Beco, 4297 N 176,00 72,00 196,21 1.234,06 130.000,00 123.385,28 1,05 Rua Atleta Pato Preto, N 240,00 60,00 196,21 1.234,06 100.000,00 121.134,00 0,83 283 Rua Atleta Pato Preto, B 200,00 108,00 196,21 748,72 160.000,00 120.103,76 1,33 442 Av. Boa Esperança, B 196,00 30,00 196,21 748,72 65.000,00 60.918,76 1,07 4160 Rua Atleta José Maria Sobrinho, entre os B 140,00 60,00 196,21 748,72 60.000,00 72.392,60 0,83 números 290/273 (28...) Média 1,042 ANEXO 2: PROCEDIMENTO METODOLOGICO PARA AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE PSICULTURA SEMI-INTENSIVA EM VIVEIROS ESCAVADOS 1.2. MÉTODO UTILIZADO Método da renda – modelo dinâmico com base no fluxo de caixa da atividade econômica desempenhada, através da quantificação das receitas e despesas ao longo do tempo (item 8.2.3 da NBR – 14.653-2). Para a elaboração desse trabalho através do modelo dinâmico com base no fluxo de caixa da atividade econômica desempenhada, através da quantificação das receitas e despesas ao longo do tempo. O valor máximo estimado é representado pelo valor presente líquido ao final da vida útil (20 anos) de um novo empreendimento similar ao que é desempenhado, descontado pela taxa mínima de atividade (ou taxa de juros), conforme recomenda o item 8.2.3 da NBR – 14.653-2, partes 1 e 2. 1.2.1. CÁLCULO DO VALOR DE RECOMPOSIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA Para se obter o valor referente à indenização, foi desenvolvida planilha com fluxo de caixa contendo custos para implantação e operação de novos tanques escavados, assim como receitas oriundas da atividade de piscicultura, conforme detalhado a seguir: 1.2.2. CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO CÓDIGO DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS UNIDADE 5501700 Desmatamento, destocamento, limpeza de área e estocagem m2 do material de limpeza com árvores de diâmetro até 0,15 m. 83338 Escavação mecânica, a céu aberto, em material de primeira m2 categoria, com escadeira hidráulica, capacidade de 0,78 m3 90084 Escavação mecanizada de vala com profundidade maior que m2 1,5 m até 3 m. 89800 Tubo PVC, série normal, esgoto predial, DN 100 mm, fornecido m e instalado em prumada de esgoto sanitário ou ventilação 89744 Joelho 90°, PVC, série normal, esgoto predial, DN 100 mm, un junta plástica, fornecido e instalado e em ramal de descarga ou ramal de esgoto sanitário. 72295 Cap PVC esgoto 100 mm (tampão) – fornecimento e instalação. un 1379 Cimento Portland composto CP II– 32 Kg 7260 Tijolo cerâmico maciço aparente 6x12x24cm Um 370 Areia media m3 88309 Pedreiro com encargos complementares Hora 88316 Servente com encargos complementares Hora 1.2.3. CUSTOS ANUAIS COM OPERAÇÃO 88316 Mão de obra auxiliar Hora MERCADO Alevinos Mil MERCADO Ração Kg MERCADO Fertilizantes- Uréia Kg MERCADO Calcário agrícola Kg 1107 Cal virgem Kg MERCADO Energia elétrica Kwh MERCADO Combustíveis Litro 1.2.4. RECEITAS ANUAIS - Comercialização de peixes kg 1.2.5. TABELA DE FLUXO DE CAIXA Para calcular o fluxo de caixa, foram calculados o valor futuro (VF) das receitas e custos para cada ano, aplicando taxas ao IGP-M sobre a receita de manutenção das estruturas sobre as despesas. Conforme NBR 14.653 (partes 1 e 2). A avaliação considerou todos os ativos para composição de compensação com valor de reposição da atividade. A avaliação deverá ser suficiente para recompor os meios de vida. ANEXO 3: INSTRUMENTAIS UTILIZADOS NO PROCESSO DE REASSENTAMENTO Figura 48:Modelo de Comunicado de notificação a população afetada sobre o início dos cadastramentos Figura 49:Ficha de dados sociais do cadastro Figura50: Ficha de Croqui Figura 51: Selo e Comunicado Figura 52- Modelo de Ficha para Anamnese Social OBS: A anamnese social é uma escuta qualificada do profissional de serviço social, em que as famílias informam sobre suas situações sociais de renda, seus meios de vida, composição familiar, existência de riscos ou vulnerabilidades, relações familiares, como também sobre o imóvel objeto de intervenção e o nível de satisfação em relação ao PLN. Para além das informações objetivas, o profissional emite um parecer acerca da situação exposta no atendimento, podendo haver encaminhamentos diversos, tais como reunião de negociação, revisão de cadastro, acompanhamento psicossocial, encaminhamento à rede intersetorial, dentre outros. A Prefeitura Municipal de Teresina convida você a participar de uma reunião para Apresentação e discussão das intervenções do Programa Lagoas do Norte, previstas para o seu bairro. Local: auditório da UPS Endereço:Rua 2, N283, Matadouro. Data:53 Figura / Modelo 17 - 07 / 2019de Convite para Reunião Horário: 15:00h Figura 54 – modelo de convocação para atendimento individual Figura 55 – Comunicado de Registro de Ocupação Consolidada ANEXO 4: RELATÓRIO DAS CONSULTAS PUBLICAS REALIZADAS RELATÓRIO DE REUNIÃO LOCAL: Auditório da UPS DATA: 17/07/2018 RESPONSÁVEL: Coordenação da UPS ASSUNTO: Reunião Setorial Comunitária para apresentação das intervenções previstas no Plano de Reassentamento Involuntário 1 – PRI 1 Frente 2. PONTOS DE PAUTA ✓ Propostas de intervenção do PLN para a área; ✓ Plano de Reassentamento Involuntário – PRI 1; ✓ Política de Atendimento. RELATO DA ATIVIDADE A reunião ocorreu no auditório da Unidade de Projeto Socioambiental – UPS e teve como público as famílias que não serão afetadas para o Trecho 2 do PRI 1. Nesta atividade foram apresentadas informações gerais do Programa Lagoas do Norte, situando as famílias no contexto atual da fase 2. O diretor do PLN com auxílio de recurso audiovisual (data show) apresentou as propostas de intervenções para a área do Edital 1, mostrando as três frentes de obra previstas e as obras que contemplam cada uma delas. Em seguida a coordenadora da equipe técnica social apresentou o PRI como documento que norteia as ações relativas ao reassentamento de famílias, na oportunidade também expôs a Política de Atendimento prevista para famílias cujos imóveis sofrerão afetação. Explicou as linhas de compensação previstas, Indenização e Reassentamento, bem como as opões ofertadas às famílias que a depender da afetação podem ser: Indenização, Reassentamento Monitorado, Auxílio Moradia, Compensação por serviço. Ao final da explanação os coordenadores afirmaram que o grupo ali presente se tratava de famílias cujos imóveis não tem previsão de afetação, contudo, ressaltou-se que quando a obra inicia pode ocorrer necessidade de afetação e por isso era importante informá-los acerca do processo de negociação. Em seguida os participantes fizeram indagações sobre o início da obra, foi respondido que as intervenções só iniciarão após as negociações com as famílias e a devida liberação da área. Questionaram sobre os impactos da obra em suas residências, os coordenadores informaram que os impactos temporários serão o barulho, a poeira, trânsito de maquinário dentre outros, mas que caso algum imóvel seja prejudicado em decorrência da obra a empresa se responsabilizará pelos reparos necessários. Os presentes assinaram lista da reunião e também houve registro fotográfico da atividade, os quais constam neste relatório em anexo. Teresina, 17 de Julho de 2018. REGISTRO FOTOGRÁFICO – REUNIÃO DE 17/07/2018 RELATÓRIO DE REUNIÃO LOCAL: Sala de Reunião da UPS DATA: 18/07/2018 RESPONSÁVEL: Coordenação da UPS ASSUNTO: Reunião Setorial Comunitária para apresentação das intervenções previstas no Plano de Reassentamento Involuntário – PRI 1 Frente 2. PONTOS DE PAUTA ✓ Propostas de intervenção do PLN para a área; ✓ Plano de Reassentamento Involuntário – PRI 1; ✓ Política de Atendimento. RELATO DA ATIVIDADE A reunião ocorreu no auditório da Unidade de Projeto Socioambiental – UPS e teve como público um grupo de famílias com previsão de afetação parcial para Frente 2 do PRI 1. Participaram desta reunião técnicos dos setores social, engenharia, arquitetura e coordenação do PLN. Na oportunidade, utilizando projeção de PowerPoint o diretor geral do PLN apresentou informações sobre o Programa e as intervenções previstas para a área, bem como as frentes de execução das obras do Edital 1. A coordenadora da equipe técnica social apresentou o Plano de Reassentamento Involuntário, documento que guia as ações referentes ao processo de negociação com as famílias. Foi enfatizada a Política de Atendimento que integra o referido Plano, expondo as linhas gerais de compensação ofertadas às famílias: Indenização e Reassentamento. Sendo que as opções dependem da situação da afetação, variando entre: indenização, reassentamento monitorado, auxílio moradia e compensação por serviço. As famílias começaram a intervir ainda durante a apresentação, indagando sobre suas situações específicas de afetação. Os coordenadores afirmaram aos presentes que seus imóveis possuem previsão de afetação parcial, com a necessidade de desapropriação de áreas nos fundos dos lotes. Foi reforçado que o Plano de Reassentamento Involuntário foi elaborado tomando por base as informações dos cadastros realizados em 2014, mas nos casos necessários a equipe fará atualização cadastral. As famílias questionaram quem será responsável pela construção dos novos muros após a obra. Os técnicos responderam que os muros serão construídos pela empreiteira da obra, e que as famílias poderão abrir acesso direto ao parque se assim desejarem. Algumas famílias perguntaram se houverem danos nos imóveis, quem se responsabilizará. Foi respondido que conforme o PRI, as afetações parciais não chegam à área edificada dos imóveis, mas tendo alterações no imóvel, haverá atualização. No caso de danos causados nos imóveis em decorrência das obras, a empresa deverá fazer a devida reparação, sendo que a equipe do PLN acompanhará todo processo. Após os esclarecimentos das dúvidas levantadas puderam agendar individualmente a data e horário de realização da anamnese com a Assistente Social responsável pelo seu acompanhamento. Esta reunião teve registro fotográfico e os presentes assinaram lista de presença, em anexo. Teresina, 18 de Julho de 2018. REGISTRO FOTOGRÁFICO – REUNIÃO DE 18/07/2018 RELATÓRIO DE REUNIÃO LOCAL: Sala de Reunião da UPS DATA: 19/07/2018 RESPONSÁVEL: Coordenação da UPS ASSUNTO: Reunião Setorial Comunitária para apresentação das intervenções previstas no Plano de Reassentamento Involuntário – PRI 1 Frente 2. PONTOS DE PAUTA ✓ Propostas de intervenção do PLN para a área; ✓ Plano de Reassentamento Involuntário – PRI 1; ✓ Política de Atendimento. RELATO DA ATIVIDADE A reunião ocorreu no auditório da Unidade de Projeto Socioambiental – UPS e teve como público um grupo de famílias com previsão de afetação parcial para Frente 2 do PRI 1. Participaram também os técnicos do setor social, engenharia, arquitetura e coordenação do PLN. A atividade iniciou com a apresentação de informações gerais sobre o PLN, realizada pelo diretor do Programa, que utilizou projeção audiovisual como suporte. Ele também expôs para as famílias as três frentes de obras do edital correspondente desta área. Em seguida a coordenadora da equipe técnica social apresentou as diretrizes do Plano de Reassentamento e suas linhas de compensação: indenização e reassentamento. No referido plano constam as opções disponibilizadas às famílias, que conforme a situação pode ser: indenização, reassentamento monitorado, auxílio moradia ou compensação por serviço. Após a exposição os coordenadores informaram às famílias que seus imóveis sofreriam afetação parcial, alertando para o fato de que quando a obra inicia poderá haver alteração. As famílias indagaram como seria essa situação. Foi respondido que o Plano de Reassentamento foi elaborado conforme informações do cadastro sócio-imobiliário de 2014, segundo o qual nos imóveis de afetação parcial as edificações não serão alcançadas, mas caso haja modificação a equipe técnica fará atualização da informação. Houve indagações acerca de atendimentos de outras famílias que residem no imóvel e sobre as situações onde existe comércio. A equipe respondeu que as afetações parciais estão previstas para áreas de fundo de lote, sem alteração na edificação, o que não compromete a dinâmica familiar existente, desta forma o atendimento a possíveis coabitações ou áreas comerciais, dependerá das peculiaridades identificadas em atendimento individualizado. Ao final da atividade os profissionais se serviço social agendaram com as famílias data e horário de realização dos atendimentos individuais. Houve assinatura da lista de presença pelos participantes da atividade, em anexo. Teresina, 19 de Julho de 2018. RELATÓRIO DE REUNIÃO LOCAL: Sala Anacília Dantas – Sede Administrativa do Parque Lagoas do Norte DATA: 16/01/2019 RESPONSÁVEL: Coordenação da UPS ASSUNTO: Reunião Setorial Comunitária para apresentação das intervenções previstas no Plano de Reassentamento Involuntário 1 – PRI 1 Frente3. PONTOS DE PAUTA ✓ Propostas de intervenção do PLN para a área; ✓ Plano de Reassentamento Involuntário – PRI 1; ✓ Política de Atendimento. RELATO DA ATIVIDADE A reunião ocorreu no prédio administrativo do Parque Lagoas do Norte, especificamente na sala Anacília Dantas. As famílias convidadas possuem imóveis na área de intervenção do Programa Lagoas do Norte, com previsão de afetação total. O Programa Lagoas do Norte estava representado por técnicos de suas diversas áreas: social, engenharia, arquitetura e coordenação. A atividade foi iniciada com a fala do diretor geral do PLN que apresentou informações gerais, sobre as intervenções na área enfatizando a importância das obras de macrodrenagem para garantir o nível de segurança das famílias. Apresentou também as três frentes de obra e os equipamentos públicos que serão instalados nesta área. Após a fala do diretor geral, a coordenadora da equipe técnica social do PLN fez uma contextualização situacional, retomando a realização dos cadastros em 2014 que resultou no diagnóstico utilizado como bando de dados para elaboração do Plano de Reassentamento Involuntário – PRI. O referido PRI foi apresentado, bem como a sua Política de Atendimento que define duas linhas de compensação: indenização e reassentamento. Foram apresentadas as opções disponibilizadas às famílias elegíveis para atendimento do PLN, que variam conforme a situação e podem ser: indenização, reassentamento monitorado, auxílio moradia, compensação por serviço. A coordenadora também apresentou como ocorre o processo de negociação com ênfase no sigilo das informações e no respeito às decisões das famílias. Em seguida informou que as famílias presentes residem em imóveis que estão na área de intervenção do PLN, com a previsão de afetação total. Em seguida a palavra foi facultada aos participantes que puderam levantar suas dúvidas, que giraram principalmente no que diz respeito às situações de coabitação. Foi explicado que estas situações serão melhor identificadas nos atendimentos sociais individuais, dadas às peculiaridades dessa questão, pois coabitação trata-se de famílias que dividem o mesmo imóveis mas com independência econômica e social, que muito se confunde com famílias extensa. Houve registro fotográfico e assinatura da lista de presença pelos participantes da atividade, em anexo. Teresina, 16 de Janeiro de 2019. REGISTRO FOTOGRÁFICO – REUNIÃO DE 16/01/2019 RELATÓRIO DE REUNIÃO LOCAL: Sala Anacília Dantas – Sede Administrativa do Parque Lagoas do Norte DATA: 08/01/2019 RESPONSÁVEL: Coordenação da UPS ASSUNTO: Reunião Setorial Comunitária para apresentação das intervenções previstas no Plano de Reassentamento Involuntário – PRI 1, Frente 3. PONTOS DE PAUTA ✓ Propostas de intervenção do PLN para a área; ✓ Plano de Reassentamento Involuntário – PRI 1; ✓ Política de Atendimento. RELATO DA ATIVIDADE A reunião aconteceu na sede administrativa do Parque Lagoas do Norte, na sala Anacília Dantas, as famílias compareceram majoritariamente. Também estavam presentes os técnicos dos diversos setores (social, engenharias, arquitetura e coordenação) do Programa Lagoas do Norte - PLN. O diretor geral do PLN iniciou a reunião com a apresentação do Programa e das intervenções previstas, mostrando quais são as frentes de obras e as melhorias advindas com a requalificação urbana e ambiental para área. Em seguida a coordenadora da equipe técnica social apresentou o Plano de Reassentamento Involuntário - PRI, bem como a Política de Atendimento nele prevista, documento que rege as ações relativas ao reassentamento das famílias que possuem imóveis na área de intervenção e que sofrerão afetação total ou parcial. As linhas de compensação previstas no PRI são indenização e reassentamento, sendo que as opções ofertadas dependem do tipo de afetação, podendo ser: indenização, reassentamento monitorado, auxílio moradia, compensação por serviço. Ao final da apresentação as famílias foram informadas que seus imóveis encontram-se na área de intervenção deste edital, com previsão de afetação parcial. Estando a palavra facultada aos participantes, alguns solicitaram que se repetissem as opções ofertadas nesses casos. Foi respondido que para esta situação oferta-se a indenização correspondente à área afetada e a compensação por serviço, que se trata de serviço de obra no respectivo valor, realizado no imóvel (na cozinha, banheiro ou lavanderia). Enfatizou-se que a opção é escolhida pela família no processo de negociação. Após o esclarecimento das dúvidas, a reunião foi encerrada. Houve registro fotográfico e assinatura da lista de presença pelos participantes da atividade, constam em anexo. Teresina, 08 de Janeiro de 2019. REGISTRO FOTOGRÁFICO – REUNIÃO DE 08/01/2019 RELATÓRIO DE REUNIÃO LOCAL: Sala Anacília Dantas, sede administrativa do Parque lagoas do Norte DATA: 09/01/2019 RESPONSÁVEL: Coordenação da UPS ASSUNTO: Reunião Setorial Comunitária para apresentação das intervenções previstas no Plano de Reassentamento Involuntário– PRI 1, Frente 3. PONTOS DE PAUTA ✓ Propostas de intervenção do PLN para a área; ✓ Plano de Reassentamento Involuntário – PRI 1; ✓ Política de atendimento. RELATO DA ATIVIDADE A reunião ocorreu na sala Anacília Dantas, na sede administrativa do Parque Lagoas do Norte. Foram convidadas para esta atividade as famílias cujos os imóveis possuem previsão de afetação total pelas intervenções da terceira frente de obras do Edital 1. Estavam presentes também os técnicos do PLN, em suas diversas áreas: social, engenharia, arquitetura e coordenação. A atividade teve início com a fala do diretor geral do Programa que fez uma apresentação do PLN, expondo as intervenções previstas na área do Edital 1, ressaltando as três frentes de obra. Em continuidade, a coordenadora da equipe social fez uma contextualização situacional, retomando o cadastramento realizado em 2014, o qual embasou a construção do Plano de Reassentamento Involuntário - PRI, documento que norteia o processo de negociação. Apresentou o PRI, a Política de Atendimento que nele consta, com duas linhas de compensação: indenização e reassentamento. A referida coordenadora explicou como se dá o processo de negociação e as opções que são ofertadas às famílias. Ao findar a apresentação, as famílias presentes foram informadas que seus imóveis estão situados na área de intervenção do PLN, com previsão de afetação total, reforçando que o processo de negociação é pautado no respeito às decisões das famílias, pois o objetivo é o acordo. Deu-se espaço de fala às famílias para comentários e dúvidas. Questionaram acerca da afetação total, se teria como reverter à situação, se o projeto poderia ser modificado. A equipe do PLN reforçou a informação de que o projeto executivo visa garantir a segurança das famílias e foi estudado com cuidado e responsabilidade para afetação do número mínimo dos imóveis, contudo algumas famílias realmente precisam ser relocadas. Algumas famílias demonstraram ansiedade por saber de imediato os valores de seus imóveis, a equipe respondeu que a reunião coletiva se destinava a explicar sobre os aspectos gerais do reassentamento e que as informações específicas serão tratadas de maneira individualizada. A reunião foi encerrada, em seguida as famílias puderam agendar individualmente a data e horário de realização do atendimento individual com a Assistente Social responsável pelo seu acompanhamento. Houve registro fotográfico e assinatura da lista de presença pelos participantes da atividade, anexos neste relatório. Teresina, 09 de Janeiro de 2019. REGISTRO FOTOGRÁFICO – REUNIÃO DE 09/01/2019 RELATÓRIO DE REUNIÃO LOCAL: Sala Anacília Dantas – Sede administrativa do Parque Lagoas do Norte DATA: 15/01/2019 RESPONSÁVEL: Coordenação da UPS ASSUNTO: Reunião Setorial Comunitária para apresentação das intervenções previstas no Plano de Reassentamento Involuntário– PRI 1, Frente 3. PONTOS DE PAUTA ✓ Propostas de intervenção do PLN para a área; ✓ Plano de Reassentamento Involuntário – PRI 1; ✓ Política de Atendimento. RELATO DA ATIVIDADE A reunião ocorreu na sala Anacília Dantas, na sede administrativa do Parque Lagoas do Norte, para a qual foram convidadas famílias com previsão de afetação total para terceira frente de obras do Edital 1. Também estavam presentes os técnicos do Programa Lagoas do Norte, com representantes dos diversos setores: social, engenharia, arquitetura e coordenação. O diretor geral do PLN iniciou a atividade com apresentação de informações gerais do programa e das intervenções previstas para a área, expondo por frente de obras as melhorias proporcionadas. O diretor reforçou a importância das obras de macrodrenagem para garantir a segurança das famílias. A seguir, a coordenadora da equipe técnica social fez sua apresentação contextualizando a situação inicial que demandou as intervenções do PLN, relembrou as famílias sobre os cadastros realizados para diagnóstico que subsidiou a elaboração do Plano de Reassentamento Involuntário - PRI. Logo depois, apresentou o PRI e sua Política de Atendimento, com ênfase nas linhas de compensação: indenização e reassentamento. Indenização e reassentamento monitorado foram apresentadas como opções para famílias com imóveis em situação de afetação total. Auxílio moradia e compensação por serviço foram apresentadas como opções disponibilizadas às famílias cujos imóveis sofrerão afetação parcial. A coordenadora também apresentou como ocorre o processo de negociação com ênfase no sigilo das informações e no respeito às decisões das famílias. Em seguida informou que as famílias presentes residem em imóveis que estão na área de intervenção do PLN, com a previsão de afetação total. A fala foi concedida às famílias que expuseram suas dúvidas, principalmente sobre como funciona do reassentamento monitorado. Foi reafirmado que esta opção consiste na modalidade de atendimento em que a família adquire um imóvel no valor de até R$ 77.000,00, com acompanhamento da equipe do PLN para garantir segurança habitacional no novo imóvel. Quando a reunião encerrou a equipe social agendou com as famílias, datas e horários dos atendimentos sociais individualizados, para realização da anamnese social. Houve registro fotográfico e assinatura da lista de presença pelos participantes da atividade, anexos neste relatório. Teresina, 15 de Janeiro de 2019. REGISTRO FOTOGRÁFICO – REUNIÃO DE 15/01/2019 RELATÓRIO DE REUNIÃO LOCAL: Sala de Reunião - Administração do Parque Lagoas do Norte DATA: 23/01/2020 RESPONSÁVEL: UGP/UPS ASSUNTO: Reunião Setorial para apresentação do PLN e Consulta da Minuta de atualização do Plano de Reassentamento Involuntário (PRI) para a área que abrange o Edital 1, Fase 2 do Programa. PONTOS DE PAUTA ✓ Informações gerais acerca do PLN; ✓ Apresentação sobre os objetivos do PLN: resolver enchentes, trazer saneamento e melhorar a qualidade de vida das pessoas; ✓ Apresentação e esclarecimentos das opções de compensação previstas no PRI: Indenização, Reassentamento Monitorado e Reassentamento no Residencial Lagoas do Norte. ✓ Apresentação e esclarecimentos sobre as etapas do processo de desapropriação; RELATO DA ATIVIDADE A atividade ocorreu na sala de reunião da Administração do Parque Lagoas do Norte, às 15:30h e teve como público-alvo as 05 (cinco) famílias com previsão de afetação total que residem na área do edital 1, Frente 3, e que foram identificadas como novas ocupações consolidadas. A Sub-Coordenadora da UPS Suelênia Barros, iniciou apresentando a equipe técnica da UGP e UPS que estavam presentes. Logo em seguida, Suelênia esclareceu que a finalidade da reunião consiste em realizar uma conversa informal (diálogo) para esclarecimentos sobre o PLN e sobre as informações que constam na Política de Compensação previstas no Plano de Reassentamento Involuntário – PRI. Em seguida, a Coordenadora Social da UGP Conceição Ferreira iniciou a conversa propondo aos participantes que ficassem à vontade pra fazer questionamentos e tirar dúvidas sobre o Programa e quais informações gostariam de ter nesta reunião. Na ocasião, os participantes Franklin dos Santos, Antônio Marques e Wellington Bezerra perguntaram quais são as opções de compensação que a Prefeitura Municipal de Teresina – PMT têm a oferecer para os mesmos. Já o participante Matheus Vinícius Silva, interviu perguntando quais os imóveis que permanecerão no local. Conceição Ferreira respondeu de forma geral que todos os cinco imóveis estão localizados numa área que não apresenta segurança para as famílias devido as cheias das lagoas (Piçarreira e Oleiros) no período chuvoso, não possui saneamento básico e, além disso, os cinco imóveis apresentam tipologia taipa/telha bastante precárias, onde algumas famílias já não permanecem morando no local devido a fragilidade da estrutura de pau- a-pique. Na sequência, o Arquiteto Sebastião Ferraz complementou a fala da Conceição Ferreira explicando sobre o estudo realizado para manter o controle das cheias das lagoas no período de chuvas intensas, para assegurar o nível d’água estável; drenagem das águas; moradias com tipologia precárias e impróprias; e a necessidade das intervenções no local. Dando continuidade à reunião, Conceição Ferreira esclareceu ainda que as 05 (cinco) famílias passaram a ocupar a referida área posterior ao recadastramento de 2014 e, portanto, as mesmas não foram atendidas juntamente com as demais famílias porque para a PMT não haviam os 05 (cinco) imóveis na data que ocorreu a identificação e selagem realizada em 2014 e que motivou o estudo para ser feita a intervenção nessa área. Em Outubro de 2019, o Banco Mundial – BIRD autorizou o cadastro das famílias como ocupações consolidadas. Com a utilização de um drone, foram identificados todos os imóveis na data limite de 14/10/2019 e, portanto, na referida data todos os imóveis com ocupações consolidadas seriam considerados como elegíveis, podendo ser atendidos dentro da política que está sendo adotada pela Prefeitura Municipal de Teresina e Banco Mundial – BIRD. Devido à existência desses 05 (cinco) imóveis é que o Plano de Reassentamento está sendo atualizado e apresentado para consulta às famílias para que as mesmas possam ser atendidas. Em seguida, Conceição Ferreira apresentou e explicou detalhadamente todas as opções de compensação proposta para as famílias (Indenização, Reassentamento Monitorado, Reassentamento em Residencial do Programa Lagoas do Norte, Aluguel Social), bem como o passo a passo do atendimento desde a abertura do processo até a negociação. Na oportunidade, o Engenheiro Civil Josenildes Cardoso, explicou também às famílias como é feito a avaliação do imóvel e caso tiver outras informações que não estejam contidas na avaliação, será feita uma nova reavaliação do mesmo. Após esclarecimentos sobre as propostas de compensação, todas as famílias presentes na reunião foram convidadas para conhecer o Residencial Parque Brasil (empreendimento do PLN) no dia 29/01/2020, sendo este uma das opções de compensação oferecidas dentro da política de atendimento do PRI. Ao final, Conceição Ferreira esclareceu aos participantes que posterior à autorização do Banco Mundial – BIRD será realizada uma consulta geral e em seguida será iniciado o atendimento de todas as famílias. Para concluir, foi perguntado para as 05 (cinco) famílias se todas as dúvidas foram esclarecidas e se as mesmas estão de acordo que seja registrado no presente relatório que todos concordam com o que foi apresentado para atualização do Plano de Reassentamento Involuntário-PRI, tendo o aceite das famílias. A reunião foi finalizada às 16h50min e consta a lista de presença com a assinatura dos participantes e registro fotográfico desta atividade. Teresina, 23 de Janeiro de 2020. REGISTRO FOTOGRÁFICO DA REUNIÃO SETORIAL PARA CONSULTA DO PRI ATUALIZADO 23/01/2020 Cronograma Operacional PRAZOS DE EXECUÇÃO (mês) AÇÃO/ATIVIDADE Situação Anterior a Jan-18 Feb-18 Mar-18 Apr-18 May-18 Jun-18 Jul-18 Aug-18 Sep-18 Oct-18 Nov-18 Dec-18 Jan-19 Feb-19 Mar-19 Apr-19 May-19 Jun-19 Jul-19 Aug-19 Sep-19 Oct-19 Nov-19 Dec-19 Jan-20 Feb-20 Mar-20 Apr-20 May-20 Jun-20 Jul-20 Aug-20 Sep-20 Oct-20 Nov-20 Dec-20 2018 Preparação do PRI Coleta de Dados inicial das Famílias- Cadastro e Selagem Identificação dos Imóveis em consonância com os projetos de engenharia Executado Planejamento do cadastro socioeconômico e Imobiliário Executado Aplicação do Cadastro socioeconômico e Imobiliário Executado Tabulação do Cadastro socioeconômico Executado Produção do laudo de avaliação dos imóveis afetados Executado Atualização dos cadastros de ocupações consolidadas Permamente Audiências /Consultas sobre o Programa Executado Elaboração e Revisão do PRI Diagnóstico Social Executado Elaboração do PRI versão 2018 Executado Aprovação do PRI versão fevereiro de 2019 Executado Revisão do PRI Executado Consultas da Revisão do PRI Executado Não Objeção do Plano de Reassentamento Revisado Executado Consulta Pública do PRI Revisado Aguardando não objeção Não-Objeção Final ao PRI Revisado Aguardando não objeção Execução do PRI Convocação para Reunião Setorial Em andamento Reunião Setorial com famílias afetadas Em andamento Abertura de processo administrativo individualizado Permamente Atendimento familiar individualizado Permamente Atualização dos Dados Cadastrais Permamente Apresentação da Avaliação e Opções de Atendimento Permamente Reunião de Negociação Permamente Encaminhamento dos casos acordos via adminstrativa Permamente Encaminhamento dos casos não acordados via judicial _ Efetivação das soluções acordadas (Pagamento das indenizações, pagamento da indenização monitorada, auxílio Permamente moradia, compensação por serviço, reassentamento em residencial) Agendamento da mudança dos pertences e materiais Permamente Autorização das obras de requalificação urbana e ambiental Em andamento Ordem de serviço para obras de infraestrutura (requalificação urbana e ambiental) Executado Autorização para frente de obra - M AZERINE (trecho único) Executado Trecho Único Obra iniciada Autorização para frente de obra por trecho - LAGOA SÃO JOAQUIM Aguardando autorização Trecho 01 Não iniciada Trecho 02 Não iniciada Trecho 03 Não iniciada Trecho 04 Não iniciada Trecho 05 Não iniciada Trecho 06 Não iniciada Autorização para frente de obra - M ANOEL DE AGUIAR (LAGOAS OLEIROS E PIÇARREIRA) Aguardando autorização Trecho 01 Não iniciada Trecho 02 Não iniciada Trecho 03 Não iniciada Trecho 04 Não iniciada Trecho 05 Não iniciada Trecho 06 Não iniciada M onitoramento e Avaliação Ex-Post Monitoramento das Áreas de Afetação Em andamento Monitormaneto de Implementação dos PRIs / Acompanhamento das famílias vulneráveis e reinstalação de meios de Em andamento vida Contratação da Empresas para Monitoramento e Avaliação Em andamento Elaboração dos instrumentos de monitoramento e avaliação Em andamento Avaliação Ex-Post Não iniciada